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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Magna Cum Laude

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Hoje ao abrir a minha agenda, sim tenho uma agenda à moda antiga, percebi que faz 3 anos da entrega da minha tese de mestrado. Não foi nada de extraordinário, nada de especial, mas fui eu que fiz, e, digamos, eu não sou propriamente uma pessoa expedita, sou só dita! Um trabalho feito e sustentado com a saudade: é o que faz uma açoriana em Lisboa! Sim houve lágrimas, mas houve muita amizade... Ao reler os agradecimentos, não podia não partilhar aqui.... e voltar a encher o coração de muita gratidão, por cada amigo, por toda a família.

Aqui fica um pouco da minha soberba:






quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Aviso vermelho


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Hoje, quando cheguei a casa, trazia a notícia que está próximo da ilha uma tempestade, de facto já se sente o vento, estamos de alerta vermelho, a polícia marítima pediu para não nós aproximarmos da costa, mas a Terceira é uma ilha relativamente redonda, estar no centro da cidade, no meu trabalho, é estar ao pé do mar.
Comentava isto com a minha mãe, pois tinha sido tema no trabalho, talvez para desanuviar as conversas gastas sobre o Trump, eis quando a minha mãe me manda estender 2/3 peças de roupa, "podes por lá fora na varanda?"
Eu voltei a repetir: "esta noite vai estar uma tempestade em alerta vermelho", e a mãe responde: "então encosta as calças à parede..." Que indiferença, não sei se é o habito, se isto faz parte do nosso ser ilhéu ou se já temos tanto convívio com ciclones, tempestades e tremores de terra que não deixamos de fazer a vida normal.... gostei! Digo que até vou gostar mais de ter a roupa - seca não - mas arejada, para amanhã!

Algumas fotos dos meus lugares especiais, o mau tempo na minha ilha pelo António Araújo:
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Um tema que gostamos muito: a Família!!!


"Não há famílias ideais, mas há o ideal da família que não se perde e nos atrai como o cimo do monte atrai os passos do montanhista"

Um filme muito especial 
[vale a pena ver]



terça-feira, 12 de abril de 2016

HEart na comunicação social | Diário de Coimbra #2

   A nossa HEart Rita Gonçalves continua a dar que falar (ainda bem!!!)
Agora com o seu testemunho do dia da mulher.
"ganho um estatuto de loucura"
(para ler melhor clique na imagem)

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Tia

Árvores de Oliveira por Vicent Van Gogh
 
Hoje fazia anos uma pessoa importante para mim.
Importante porque foi graças a ela que eu sou quem sou.
Há pessoas assim, que nos ajudam a ser:
Com elas definimos gostos, aprendemos conceitos, interiorizamos a lógica das coisas.
Aprendemos a dar importância ao que é importante e aprendemos o que é importante.
O resto resolve-se.
Hoje fazia anos essa pessoa.
Que me ensinou sem palavras, com actos, com atitudes virtuosas, coerentes e corajosas.
É o primeiro aniversário que ela passa no Céu.
Mesmo com fé, custa tanto a distancia e a partida faz sofrer.
Hoje vou festejar.
Porque hoje fazia anos a pessoa que me deixou saudades, é tão bom e tão cruel deixar saudades.
Hoje vou festejar tal como estivesse cá.
Porque ela está mesmo aqui, dentro de mim, porque graças a ela sou quem sou.
Hoje na minha agenda está marcado os 82 anos que fazia.
82 era nada perante a sua juventude.
Hoje agradeço a oportunidade de ter lutado com ela, de ter vivido com ela, de ter aprendido com ela e de ter cuidado dela.
Hoje fazia anos uma pessoa que me ensinou o mais difícil de ensinar, o mais difícil de compreender e o mais difícil de Amar.
Hoje fazia anos a pessoa que me mostrou Deus.
Hoje não fazia anos, faz anos a minha Tia-avó que foi uma espécie de "Tia-mãe".
Parabéns minha querida Tia Alice Helena.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Não há argumentos para ter filhos

A propósito deste post, dei por mim a pensar “Porque é que eu vou ter uma filha?”
É uma pergunta meio ingrata, assim ao género prognostico no fim do jogo. Mas é relevante, porque não foi planeado-ao-milímetro.

E a resposta que me veio imediatamente foi: Vou ter uma filha porque posso engravidar. Vou ter uma filha porque engravidei. Ainda antes de eu saber que era uma menina, ela estava lá. Já sabia que uma ou um podiam ser gerados, mas só vou ser mãe porque a vida se gerou efectivamente.

Não tenho argumentos para ter filhos. Também não tenho argumentos para NÃO ter filhos. Nunca tive um desejo desmesurado de ser mãe, como também nunca tive um medo irracional de o ser, até porque sempre suspeitei que viesse a acontecer. 

Na verdade, não vou ser mãe por isso. Nem eu andava em pulgas, nem ninguém me convenceu a ficar. É simplesmente uma consequência do meu casamento, da minha (nossa) entrega, e não é racionalizável nem "convencível". Vou ter um filho porque posso engravidar, porque engravidei e porque toda a gente já o fez e eu hei-de conseguir fazê-lo, melhor ou pior, aprendendo no caminho, mas sempre a pensar mais fora de mim que em mim. 

Mas então, há argumentos para ter filhos?
Ouvem-se regularmente pais que vêem os filhos como uma posse, como um direito, como uma "coisa" que lhes pertence e que lhes serve os seus propósitos. 
Com um filho eu ficarei realizado. Com um filho é que eu vou saber o que é amar. Com um filho eu prolongo a minha linhagem. Com um filho eu tenho a quem deixar a casa. Com um filho eu tenho quem me sustente. Com um filho eu serei feliz. Com gémeos eu fico "despachado".
E são isso razões para ter um filho? Se são, deixem que vos diga sem muita cerimónia que são razões bem egoístas. Reparem na utilização de pronomes pessoais na 1ª pessoa do singular! “Eu”, “minha”, “me”. Podem ser verdade – o nosso desejo de procriação é tão básico que sim, tem de haver motivos egoístas para termos filhos, senão a taxa de natalidade seria negativa! -, mas não há nada mais redutor.

Também eu terei as minhas fases em que verei vantagens pessoais em ter filhos, mas na teoria pelo menos vejo a falácia. Se eu tenho um filho por mim, estou a tê-lo pela razão errada. Um filho é um ser independente de mim – ainda que dependa muito de mim nos primeiros anos. Mas não é, nunca é, uma extensão de mim mesma.
É uma pessoa nova, única, irrepetível, com os seus próprios gostos, desejos, ambições. Não prometo olhá-la sempre assim (quando me disser que quer ser graffiter, acham mesmo que não a vou tentar convencer a ir para gestão?), mas a realidade não estará do meu lado. A realidade é que, desde a concepção, que a minha filha é algo distinto de mim, dentro de mim. E isso é tão bonito quanto é aterrador. Se eu pensasse nisso antes, secalhar não seria mãe*. 

Por isso não, não há argumentos para ter filhos. 

Os filhos têm-se e pronto.




*Nisso e nos enjoos. Ou só nos enjoos. Isso.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Dia de abrir a agenda

 
Quem me conhece sabe que gosto imenso de agendas, todos os anos tenho uma, mas é mesmo daquelas à moda antiga: confusa, escrita à mão, rabiscada, nela encontro o de essencial que fiz cada dia, podem acreditar que é uma boa experiência, ajuda a centrar o nosso tempo no que é importante, ajuda a perceber se perdi as horas preciosas, se deixei de fazer coisas boas, se me lembrei do aniversário e no final do ano ajuda no balanço.
 
(Vá converta-se à ideia, este ano compre uma agenda, esqueça a do i-phone, compre uma agenda verdadeira, onde pode desenhar, rabiscar nas reuniões mais maçadoras, onde pode estabelecer prioridades e até colar a fotografia da família, para não se esquecer que em 2016 o melhor e maior investimento que deve fazer é na sua família, essa é a grande empresa!)
 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Vamos defender os direitos das mulheres (mas a sério!)

Hoje a capa do Jornal Publico trazia a notícia que as mulheres portuguesas que optam por sair do mercado de trabalho, para cuidar dos filhos, perdem grande parte da sua reforma, sendo as mais prejudicadas dos 34 países do OCDE, sim isso mesmo somos o país da OCDE que menos cuida da mulheres que são mães.
A esquerda que necessita de ostentar a unidade, mais aquelas cadeiraszinhas da direita, mostraram a prioridade de defender os direitos das mulheres, muito bem (palmas senhores deputados), prioridade legislativa, mas agora não sei se foi de mostrar a união ou se foi mesmo prioridade nos v-e-r-d-a-d-e-i-r-o-s direitos da mulheres. Parece que a luta é pela liberdade das mulheres, mas só no conceito de liberdade do BE, porque a liberdade da maternidade ou a liberdade de querer cuidar dos filhos continua a ser castradora, antiquada, má, e há que ensinar a essas senhoras que isso não é bom...
Só queria agradecer à minha avó, que por opcção, ficou em casa, criou uma família maravilhosa, ainda cuidou dos netos, sabia fazer o melhor gelado do mundo e apesar da família ser numerosa todos traziam os amigos para jantar na varada pró quintal nas noites de verão!
A noticia, também me fez lembrar do seguinte anuncio - to think seriously -sobre o tema:
 
 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

VÊM AÍ: #HEartYourFamily

 
O blog HEart vai lançar uma nova rubrica.
O tema é transversal, todos temos uma:
A FAMÍLIA
#HEartYourFamily
Um conjunto de textos, imagens e filmes sobre a família.
O melhor ainda está para vir.
Testemunhos de algumas famílias
...normais, diferentes, com lutas, com filhos especiais, dedicadas à musica, pequenas, grandes, estrangeiras, amarelas, brancas e pretas, ricas e pobres...
 
Se tens uma história para contar, não hesite manda-nos um email:
1 Família + 1 História + 1 Fotografia
 
 
 
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Saudade

 
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Já fez 3 anos, passou rápido, ou talvez não, mas ainda tenho na memória a sua voz e o seu cheiro, os seus conselhos, ainda o vejo na sua poltrona, ainda o vejo às voltas das suas antiguidades, ainda o vejo a comprar chocolates e, às escondidas, a dar aos netos "chiu... não digam nada aos pais", afinal de contas também é para isso que servem os avós, para fazer tolices.
Porque hoje faz 3 anos que o meu querido avô Francisco partiu.

Deixou-me muitas coisas, grandes coisas, coisas que não consigo explicar, coisas imaterializáveis, coisas que não são palpáveis, coisas eternas...
Deixou-me uma grande herança, desde a rebeldia como vivia o seu gosto pela arte sem presunções nem elitismos, a dedicação aos livros, a reverência ao cinema, à musica e as suas visões políticas, completamente anarquistas.
Deixou-me valores, mas daqueles valores que já são uma raridade. De caracter forte mas sempre carinhoso à sua maneira.
Deixou-me uma família e, que raro ter uma família, que extraordinário que riqueza, talvez a maior herança que nos podem deixar: uma família.

Em tua memoria; hoje vesti as riscas, que me ofereceste quando foste a Lisboa;
Em tua honra; hoje trabalho a ouvir Nino Rota.
Em tua vitória; hoje vou à Missa.
Em tua alegria; hoje deixo aqui a tua cena de cinema preferida, aquela cena que retratava a subtileza humana, a história da fragilidade e da grandeza do perdão. A conversão dos índios da Amazónias ao som do Ennio Morricone na flauta do Father Gabriel, o Jesuíta da Missão. Era o confronto entre dois mundos, entre duas culturas mas um só Deus e tu dizias-me sempre "é impossível não chorar ao ver isto":
 
 
 

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

saudade.

 
"Luz terna e suave / no meio da noite / leva - me mais longe / não tenho aqui morada permanente /
leva - me mais longe"
 
 

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

#HEartYourFamily

Porque ontem não foi só dia de eleições. Para os mais distraídos, ontem começou a IIª parte do Sínodo dos Bispos sobre a Família. Ou seja o Papa Francisco convidou toda a Igreja, ou melhor, todo o mundo a pensar na Família.
Nós no Blog HEart acompanhamos à distância, mas acompanhamos. Iniciamos também uma rubrica sobre a Família:
#HEartYourFamily
 
Haverá algumas surpresas no Blog. Não nos deixe de acompanhar e de participar.
Pequena, grande, de sangue, espiritual, amarela, longe, distante, perto, em casa, biológica ou adoptada...Porque toda a gente tem uma família.
 



não se fala de política à mesa.


Não se fala de política à mesa: é expressão bastante utilizada cá em casa. Nós somos muitos, e somos muito diferentes entre nós.
Porque eu tinha um avô de um partido e outro avô de outro partido.
Porque no antigo regime salazarista tinha gente escondida cá em casa e no 25 de Abril também.
Porque somos muito teimosos, achamos que temos sempre razão, nem vale a pena discutir sobre isso.
Não se fala de politica à mesa: vivemos assim em paz e amamo-nos uns aos outros, como manda o Mandamento. Sabemos das nossas diferenças politicas, ideológicas e até espirituais e aguentamos com elas, mas aguentamos de verdade, sem tolerância nem concordância, simplesmente aguentamos com compreensão. 
Não se fala de politica à mesa:  foi esta a expressão que me fez criar um blog, "ai não falo à mesa, então falo aqui."
 
 

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O-filho-do-meio

Hoje quando abri o computador, percebi que era o meu dia, graças à Rádio comercial.
O dia do irmão sandwich, o filho que não tem nada de novo, nem é o primeiro, o mais velho, nem é o mais novo, o mais protegido, é mesmo o coitadinho do filho-do-meio!
Aqui ficam 19 situações comuns para o irmão do meio: Clique AQUI
Mesmo assim é tão bom ser irmão-do-meio, porque é sinal que temos irmãos!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

É Verão!


 
Começou o Verão. Por aqui, começou também a época balnear. Montámos a piscina que o tio F e a tia T ofereceram ao afilhadito, arranjámos um belo tapete de relva sintética para cobrir um pouco da calçada e comprámos um rádio baratinho, porque o antigo sofreu uma pequena queda de uma altura suficientemente grande para lhe provocar danos irreparáveis.
Nós, por cá, gostamos muito de música. Alguns já tocam umas coisinhas. Fora isso, com o rádio, preparada a nossa playlist preferida, já podemos cantar e dançar até cair. Muitas vezes, cair literalmente!
Com isto, inicia-se também a fase culinária que eu mais gosto que é a época das sandes com alface e tomate, as tostas mistas, os sumos de fruta e, claro, de vez em quando tem de ser, os gelados. Para além disso, claro está, os belos churrascos marcam lugar e deixam-me a cozinha bem mais arrumadinha que os outros menus.
É uma época maravilhosa porque estamos na rua até às dez da noite e nem nos apercebemos que o dia terminou. Ao olhar os miúdos a brincarem uns com os outros, na água, com grandes gargalhadas e alguns pirolitos, o mundo parece perfeito. O 4º começa agora a aguentar os pirolitos sem desatar a fugir da piscina. Olha para mim, sorri e sente-se vitorioso  por conseguir libertar-se da água que teima em entrar pela boca dentro.
Hoje, para além disso, recebemos a visita de amigos e uns estiveram no faz-de-conta, outros mantiveram-se no bem bom da piscina e outros participaram numa pintura conjunta que resultou em dois quadros muito engraçados.
O lado bom de se estar 100% dedicada à família é o ter tempo. Ter tempo para fazer grandes trapalhadas, dizer tontices, perder as estribeiras, mas também o ter tempo para pedir desculpa, falar, esclarecer, ensinar e rir em conjunto.
Tenho a certeza que os meus filhos conseguirão tirar muitas coisas positivas das minhas tontices. Para mais, tenho a certeza  que, se não fossem eles, eu seria praticamente intragável de tanta soberba.
Estamos agora na fase das férias escolares. Uma época bem difícil, sobretudo quando ainda não se pode recorrer aos planos de férias de que falei anteriormente (os meus ainda não tem idade de acesso), de grande resiliência para aguentar um non-stop, um show must go on em permanência. Ainda só passou uma semana e meia  e já me parece que fui ligeiramente atropelada por camião.
Os mais velhos estão a aproveitar esta fase das férias para aprender a nadar, numa espécie de curso intensivo de natação. O primeiro está em grande. O segundo foge a sete pés do treinador, como se fosse possível aprender a nadar com água pelo tornozelo. Quando levo a terceira para assistir à aula é um corropio porque fala que se farta  e está sempre a queixar-se de alguma coisa, pois o mundo inteiro insiste em contrariá-la. Quando levo o quarto, inicialmente, temos uma fase de encantamento, em que olha para tudo o que é sítio, completamente especado, depois, entramos no momento do “quero fazer chichi”, do “quero água” e depois “o que é isto?”, “os manos?”.
No final do dia, uns adormecem na sopa e os que não adormecem pedem para ir para a cama ainda antes de terminar a refeição. Eu? Eu estou de rastos e até adormeço no computador.


sexta-feira, 12 de junho de 2015

"Lérias de mãe "


Ainda não tive oportunidade de escrever por aqui, depois do novo look. Estou um pouco inibida porque, francamente, o que posso eu dizer perante melhorias tão substanciais e com gente tão interessante a escrever por aqui. Lérias de mãe. Ou melhor, lérias de mãe de 5 que é filha única e que não estava nada habituada ao caos e ao desconcerto.
Entre estas lérias da vida familiar, terei de escolher as que tiverem mais estilo e piada, o problema é que, no momento em que ocorrem não tenho tempo para tomar nota e depois é um bico de obra para puxar pela memória. É uma aventura vasculhar por entre ementas, festas de anos, horários de aulas, telefonemas inadiáveis e os tais episódios de que gostava tanto de vos falar.
Os acontecimentos mais divertidos são protagonizados pelo meu quarto porque é o que está mais livre para tal. De manhã, muito cedo, abre os pacotes de bolachas, aquelas melhorzinhas que uma mãe tem sempre escondidas para uma ocasião especial, e vai comer para debaixo da mesa da cozinha. E depois, claro, não é nada com ele.
Eu estou numa de lhe seguir o seu exemplo e esconder-me por aqui uns tempos a deliciar-me com os textos deliciosos que por aqui vão aparecendo.

Estou a brincar… era só para ver se a “mamã” estava atenta.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Eu sou do tempo em que não havia babysitters, havia avós

Hoje não é só a Ni que faz anos, a minha avó, de quem eu herdei o nome, faz 80 anos.
Estava aqui a pensar que 80 anos são mais ou menos 29 200 dias e 420 759 01 minutos... depois pensei que desses 29 200 dias foram passados comigo 105 85, mas o que eu não tenho noção é de outras contas, não posso contabilizar a quantidade de abraços, a quantidade de beijinhos, de rebuçados, de histórias, de conselhos, de birras abafadas com musicas cantadas ao ouvido, a quantidade de pequenos almoços, almoços, jantares e ceias, a quantidade de raspanetes dados carinhosamente, a quantidade de bolinhas de puré-de-batatas fritas feitas ao domingo, a quantidade de bolos, de limonadas, de passeios...
Por isso hoje há mais de 420 759 01 motivos para agradecer a Deus, porque todos os minutos da vida da Avó Minha foram passados com muita generosidade, de uma enorme doação, que faz com que 1 minuto seja mais do que 60 segundos.
Com a minha avó aprendi muitas coisas, mas sobretudo aprendi as duas coisas mais importantes da minha vida, aprendi a nadar e a atirar-me ao mar sem braçadeiras ou boias e aprendi a rezar o terço.
Talvez um dia não seja só o seu nome a minha herança, mas seja também o seu caracter.
Ainda bem que eu sou do tempo em que não havia babysitters, mas havia avós.