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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Nada de novo no "mundo dos artistas"


 "(...) E, de acordo com o que Bernardo Bertolucci admitiu numa entrevista em 2013, não estava no guião. Aliás, a forma como a cena desenrolou não foi consentida por Maria Schneider — atriz que viria a entrar numa profunda depressão depois do filme e morreu de cancro em 2011. O realizador de “O último Tango em Paris” afirmou que queria que a atriz “sentisse a humilhação e a raiva”, em vez de a representar. (...) Na mesma entrevista, a atriz afirmou que “se sentiu humilhada e um bocado violada” por Marlon Brando e por Bertolucci. “Depois da cena, o Marlon não me veio consolar ou pedir desculpa. Felizmente, foi só um ato”, disse. Depois de O Último Tango em Paris, a atriz francesa nunca mais apareceu nua em nenhum dos filmes em que entrou. (...)"



terça-feira, 30 de agosto de 2016

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena




Antes de mais convém fazer um pequeno parêntesis ou uma breve declaração de interesses, fazendo assim jus à minha veia de jurista que escreve, escreve, escreve...
[Sempre achei que tinha jeito para escrever (presunção e água benta cada um toma a quer!!). Fui assistindo de longe às publicações deste querido Blog e acabava sempre a pensar: ler isto faz tão bem! Um dia caí no erro (ou não) de comentar com a D. do meu coração (como sempre lhe chamo) que gostava de colaborar no Blog mas tinha uma falta de coragem enorme pois não sabia se o meu "estilo" seria aceitável e interessante o suficiente. Claro que a D. fez aquilo que sempre faz: reagiu com imensa alegria e passado um segundo tinha no e-mail um convite a participar no Blog SEM QUALQUER RESERVA. Passaram dias e até meses e o artigo nunca saía, tanto que convite passou o seu “prazo de validade”. As últimas conversas com a D. no whatsapp foram do género: D. não está esquecido! Vou de férias para o sossego dos montes e vales de Bragança e vou escrever. Até hoje: nada! Nota para a posteridade: “Amanha! Algumas vezes é prudência; muitas vezes é o adverbio dos vencidos!! (ups!)
Hoje o síndrome do “um dia…” está demasiado enraizado (contra mim falo!). Um dia começo a correr (está na “moda”, que me desculpem os corredores natos), um dia vou à Índia (forever alone, na tentativa – falhada ou não – de arranjar uma solução para o Coração), um dia sigo os meus “to do´s” à risca, um dia ligo-te querida L. porque sempre que te reencontro ou sei de ti prometo a mim própria que te vou ligar, sem falta!! Um dia dá-me um vipe e vou fazer o caminho de Santiago de Compostela, um dia faço-Te mais companhia,um dia escrevo um artigo para um blog maravilhoso.... Tenho a impressão que desde pequeninos somos habituados a esta premissa “um dia…” Um dia quando fores grande o que queres ser? Um dia que tenhas filhos como se vão chamar? Um dia que tenhas o teu salário milionário que vais querer fazer? E temos a resposta na ponta da língua para tudo. E hoje pergunto-me: então e o agora? Como dizia um Santo, muito humano: "hoje, agora”, ou então agora ou nunca! Prefiro as duas!
Hoje foi o dia, como dizia o outro. E de facto às vezes precisamos daquele incentivozinho para fazer alguma coisa (como a voz da mãe que sempre diz: filha coração ao largo, vai). No meu caso foi um encontro mais ou menos fortuito com um projeto chamado "Zizzi Art Gallery" (sigam AQUI e AQUI) - se lerem até ao fim prometo que vão ficar a saber o que é.]

Razões do coração (que a razão desconhece, literalmente) fizeram com que me cruzasse com a A. Detentora de um gosto incrível (a todos os níveis) muito calma e que ao primeiro contacto marca a devida distância, mas que depois nos faz sentir como família. Com uma fortaleza que leva todos a ela recorram para ser "salvos de uma aflição". Seguiu o seu sonho e estudou na área das artes. Após várias tentativas teve a coragem de arriscar num projeto próprio, contra tudo e contra todos. Entretanto, o coração foi traiçoeiro, mas a nossa ligação manteve-se e fui ajudando a A. em alguns aspetos jurídicos (e não só) do seu projeto.

Agora sim e finalmente o motivo que me levou a escrever pela primeira vez no blog: há uns dias em conversa a A. confidenciou-me (espero que não leves a mal) que estava a surgir aquele "medo" de todo o trabalho ser em vão e o projeto não ter pernas para andar. É humano. Também eu estaria com um miaufa tal que acho que nem sequer tentava. Mas como a A. tem um coração grande arriscou e não desistiu. Sozinha fez tudo. Qual empreendedora! E eu que sinto o projeto um bocadinho meu disse-lhe que vale a pena. Fiz mal?! Qual era a outra hipótese? Não fazer nada? Não tentar? O mundo está cheio e farto de wannabes que nunca chegam a Ser. Farto de expressões do tipo: se eu fosse... Se eu pudesse, se não vivesse em Portugal, se tivesse dinheiro lalalalala. É mais fácil ficar parado. Temos de ser realistas com os pés bem assentes na terra, mas com o coração e a cabeça no imenso céu. “Podes tudo. Basta quereres”. Cada vez mais vemos surgir as tão conhecidas “startups” lideradas por jovens guerreiros que põem mãos à obra e criam uma “inveja boa” aos que assistem.

“Como custa – Bem sei. Mas para a frente! Só será premiado – e com que prémio – aquele que pelejar com bravura.”

A 8 dias da grande apresentação da Zizzi Art Gallery (galeria de arte online 3D com exposição de obras de artistas em emergência que nos levam a uma experiencia visual maravilhosa) achei por bem dar a conhecer o teu projeto querida A.

Caros leitores (soa muito bem escrever isto) e eu na primeira linha: “Não tenhamos coração provinciano – Dilatemos os nossos corações até que sejam universais, «católicos». Não voemos como ave de capoeira, quando podemos subir como águias”.

E como alguém que escreve muito melhor que eu afirmava: tudo vale a pena quando a alma não é pequena!


terça-feira, 19 de abril de 2016

Ser pai é...

Estas pinturas estão a encantar o mundo e encantaram-me.
Da a ilustradora Snezhana Soosh, ternurentas, simples e divertidas, são aguarelas que mostram a relação de pai-e-filha vale a pena ver: AQUI.
Um carinho que me fez despertar para o melhor que temos, para o tempo mais bem gasto,  para o maior tesouro: a nossa família.



quarta-feira, 2 de março de 2016

Quo Vadis?

A noite de anos acabou aqui, no Coração de Roma e do Mundo
 
Voltei!
Voltei mais velha, voltei mais rica, voltei mais feliz, voltei mais gorda!
Foi sem duvida uma grande oportunidade passar uma viragem de uma década numa cidade maravilhosa, incrivelmente bonita: R O M A!
Papa, fé, arte, pizzas, massa e gelados o aniversário não podia ser melhor. Neste Ano Santo do Jubileu da Misericórdia - manda a tradição nos Anos Santos irmos a Roma, tal como os meus antepassados foram eu também fui!
 
...e de repente ali estava ele, o Caravaggio
 
Como é bom celebrar com aqueles mais amamos ao lado de um Caravaggio, é impossível não ficarmos emocionadas ao ver a "Vocação de São Mateus" (imagem#2), a sensibilidade de Caravaggio é para mim uma das formas mais vigoroso de Deus mostrar a sua Misericórdia, utilizou-se daquele instrumento inútil e arrogante para revelar o melhor da Arte Sacra.
Em Roma a arte não é só arte, é vida, é fé, é amor e é muita paixão.
Como é bom poder estar ao lado de Francisco, o nosso Papa, ver a sua humildade, contagiar-se pela sua esperança, enquanto ele gritava na audiência: "O Amor de Deus é maior do que qualquer pecado!"
Nenhum chef de cozinha atinge a combinação de uma Pizza al Metro, de melanzana, acompanhado com uma Birra Moretti, enquanto comemos sentadas nas laterais da Cidade do Vaticano.
Bolo de anos: o melhor gelado do mundo, a trufa de chocolate do Tre Scalini, saboreado na Piazza Navonna ao lado de uma mais bela escultura de Bernini!



Esta luz, a Tua Luz



Em cada esquina um pormenor
 
Roma como eu gosto de ti.
Tudo em ti transpira paixão, não existe meios termos, tudo é vivido com intensidade, não existe hipocrisia e é isso que eu desejo para a minha nova década.
Tudo em ti é especial, os pormenores nas paredes mais gastas e mais velhas da Europa, a cor, o cheiro e a luz.
Berço de artistas, coração da minha fé. Roma!
 
 
 
 
 
Tenores da Córsega cantam ao Papa
um hino à Nossa Senhora 
 
 
 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Balanços 2015

(O balanço é feito à nossa moda, sem padrões, não se consultou sondagens nem interesses públicos, simplesmente fizemos um pequeno resumo de acordo com os nossos interesses <3
 a humanidade, a arte e a solidariedade.)
 
 
 
 
Curtas
A direita ganhou as eleições, mas a esquerda é que está a governar.
O Chocalho é património da humanidade.
Jorge Jesus foi para o Sporting.
Sporting ganhou contra o Benfica.
Os cidadãos portugueses adquiriram mais um banco.
O Cristiano Ronaldo é o melhor do mundo.
Costa Neves foi Ministro durante 1 semana.
A Base das Lajes vai deixar de vender candys e chocolates americanos, com a possibilidade de meter lojas chinesas.
Paris a cidade da liberté, egalité, fraternité uniu mais a União Europa.
 
Figura do Ano
(porque é o símbolo de todos os refugiados que morreram no mediterrâneo em 2015, porque é o símbolo das injustiças feitas na Síria e o símbolo do silêncio dos ocidentais. Que a sua morte não seja em vão.)
 
Associação do Ano
(Quem acompanha os filmes, os relatórios e os testemunhos da AIS não pode ficar indiferente ao seu trabalho. Antes de se tornar um tema mediático com consequências mais expressivas aos ocidentais, a AIS já tinha mostrado ao mundo o que se vivia na Síria e em todo o norte de África. Obrigada!)
 
Campanha do Ano
(Portugal unido pela arte, muita gente a dar pouco faz muito, cada milímetro da Adoração dos Magos vale o esforço. Porque é História, a nossa História.)
 
Palavra do Ano
Corrupção.
(da banca, do mercado, da bolsa, dos interesses públicos, dos valores cristãos europeus, da origem dos géneros, do belo, do bem e da verdade.
Não é minha intenção ser pessimista, o bom de perceber que corrompemos muito em 2015 é a possibilidade de fazer o certo no próximo ano)
 
Músicos/as do Ano
(Ups não consegui escolher só um)
 
Mumford & Sons voltaram este ano com o álbum Believe, não é o meu preferido deles, contudo assisti ao concerto no Optimus Alive'15 e foi TOP.
George Ezra, comercial eu sei, mas acho incrível que um miúdo de 22 anos tenha juntado tão bem o folk, o blues e o rock.
Vance Joy, porque foi surpreendentemente divertido e acompanhou-me em muitos trabalhos de secretária.
Ana Moura, pelo o dia de folga.
Eagles of Death Metal, porque criou uma geração de libertários.
 
Fotografias do Ano
(Porque é a minha terra e a minha terra é parte de mim.)
 
Cor do Ano
Verde.
(Não pela estética da moda, apesar de eu achar um clássico vestido veludo verde-marinho, mas pela estética da verdade, despertar para uma ecologia-humana).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Pseudo-tolerância

Li no Delito de Opinião este caso que me impressionou:
escola Matteotti, em Florença, cancelou uma visita de estudo dos alunos do ensino básico daquele estabelecimento a uma exposição de arte sacra nesta cidade intitulada Beleza Divina por "compreensão pelas famílias muçulmanas tendo em conta o tema religioso" desta mostra. Entre os quadros expostos no Palácio Strozzi encontram-se A Crucifixão Branca, de Marc Chagall (o preferido do Papa Francisco), a Pietà, de Van Gogh,  A Crucifixão, de Renato Guttuso, e o Angelus, de Millet, além de telas de Matisse, Munch e Picasso.

Desde quando a educação deve ficar limitada àquilo que já conhecemos ou a que já aderimos? Será que eu não vou a templos budistas se viajar pela Ásia? Será que os chineses não vão à Basílica de São Pedro, quando em Roma? Ai vão sim, que eu bem os vi . E a julgar pelas filas em Florença, não só católicos vão ao Batistério, ao Duomo ou a exposições sacras...

Ainda mais consternação me causa, por se tratarem de obras de artistas de elevados reconhecimento técnico e importância histórica, independentemente das suas crenças e obras. Será impossível enquadrar este tipo de arte sacra com o ensino cultural sobre História ou sobre Arte? Será necessariamente ofensivo? Gostava tanto de ter uma conversa com muçulmanos que me pudessem explicar o seu ponto de vista... 

De tão "tolerantes", acabaremos segregados pelas nossas tradições familiares, isto se as houver sequer. O diálogo entre etnias, crenças e opiniões parece cada vez mais difícil. Triste Europa.


Piazza Duomo, Florença
6 de Dezembro de 2015
(c) HEart Blog

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Je suis Paris

 
 
13 de Novembro 2015
Preferia que tivesse sido um dia banal, que fosse uma sexta-feira como as outras sextas-feiras, mas há dias que marcam a nossa história, e que história é esta?
Apercebi-me, as coisas que mais gosto de fazer são as coisas normais: gosto tanto de ir a um concerto com os meus amigos, confesso que não aprecio o heavy metal, mas gosto daquela adrenalina de estar aos saltos numa plateia, gosto de passear nas ruas, de jantar fora, como é bom ir a um restaurante na sexta à noite, de beber um copo, como gosto de viajar e de viajar pela Europa ... Não me tirem isso, por favor, não me tirem o quotidiano, não me tirem a liberdade de fazer as coisas normais da vida, não me tirem a liberdade de passear, de estar com os amigos, de ouvir musica, de ir ao futebol... Não me tirem a liberdade de ser livre.
Recordo-me tão bem quando fui pela primeira vez a Paris, já passou alguns anos dessa viagem em família, mas lembro-me de passear nas ruas da cidade da luz, ver aqueles quiosques, os artistas sentados nas calçadas à espera da sua sorte, ou de um mecenas rico, lembro-me dos jardins cheios de gente diferente, uma ode ao multiculturalismo, lembro-me das farturas e das batatas fritas.
Paris era como estivesse dentro de um romance, afinal de contas Paris é também cidade luz na literatura oitocentista, e os seus filósofos, não, eu não sou discípula de nenhum, mas em Paris imaginava Voltaire ou Rousseau a descerem la rue Saint-Jacques.
Respira-se arte em Paris, Louvre, Versalhes.
Cidade de Reis despóticos, "le etait ce moi" le Roi Louis XVI,  le roi soleil, e de Reis santos, Louis IX de France. País do Robespierre e da Sainte Thérèse de l'Enfant-Jésus.
Paris coração da Europa.
Não, eles não conseguem derrubar a minha cidade de Paris, é história, é arte, é democracia e é liberdade. Nenhum terrorista consegue extinguir a verdade, as bombas não destroem o pensamento e as ideias, tal como as balas não atingem os nossos valores.
Fiquei horrorizada, chocada, triste com as imagens que vi daquela sexta-feira à noite.
(Todos os meus problemas, que naquele dia invadiram a minha agenda, tornaram-se pequenos, esta vida é curta de mais, é boa de mais para estarmos a perder tempo com as nossas coisinhas, que egoísmo perante as atrocidades. Os problemas passaram rapidamente a não ser problemas e as ofensas foram esquecidas, naquela sexta-feira não queria deitar-me sem pedir desculpas.)
Agora só me resta rezar. Paris se tu tivesses mais fé, se tu te agarrasses aos teus valores cristãos, se tu rezasses, acredita essas são as armas contra ao terrorismo, um cristão coerente é o soldado mais temido do Estado Islâmico.
O mais difícil é perdoar, mas só assim teremos paz. Perdoa-lhes Paris.
 
 
"Contre nous de la tyrannie
L'étendard sanglant est levé,
Entendez-vous dans les campagnes"
La Marseillaise

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Saudade

 
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Já fez 3 anos, passou rápido, ou talvez não, mas ainda tenho na memória a sua voz e o seu cheiro, os seus conselhos, ainda o vejo na sua poltrona, ainda o vejo às voltas das suas antiguidades, ainda o vejo a comprar chocolates e, às escondidas, a dar aos netos "chiu... não digam nada aos pais", afinal de contas também é para isso que servem os avós, para fazer tolices.
Porque hoje faz 3 anos que o meu querido avô Francisco partiu.

Deixou-me muitas coisas, grandes coisas, coisas que não consigo explicar, coisas imaterializáveis, coisas que não são palpáveis, coisas eternas...
Deixou-me uma grande herança, desde a rebeldia como vivia o seu gosto pela arte sem presunções nem elitismos, a dedicação aos livros, a reverência ao cinema, à musica e as suas visões políticas, completamente anarquistas.
Deixou-me valores, mas daqueles valores que já são uma raridade. De caracter forte mas sempre carinhoso à sua maneira.
Deixou-me uma família e, que raro ter uma família, que extraordinário que riqueza, talvez a maior herança que nos podem deixar: uma família.

Em tua memoria; hoje vesti as riscas, que me ofereceste quando foste a Lisboa;
Em tua honra; hoje trabalho a ouvir Nino Rota.
Em tua vitória; hoje vou à Missa.
Em tua alegria; hoje deixo aqui a tua cena de cinema preferida, aquela cena que retratava a subtileza humana, a história da fragilidade e da grandeza do perdão. A conversão dos índios da Amazónias ao som do Ennio Morricone na flauta do Father Gabriel, o Jesuíta da Missão. Era o confronto entre dois mundos, entre duas culturas mas um só Deus e tu dizias-me sempre "é impossível não chorar ao ver isto":
 
 
 

terça-feira, 21 de abril de 2015

beijos e fotografias

Por estes dias, na minha pequena cidade do Heroísmo há uma exposição fotográfica, intitulada "A Magia de um beijo" (o que é que eu podia estar à espera... só o nome arrepia o bom gosto).
Desta forma na Praça Velha, centro histórico, estão espalhadas algumas fotografias de beijos
Desde que me conheço por gente, gosto muito de fotografias, foi o meu avô que me ensinou a mexer na máquina fotográfica, explicou-me o que era a luz e a contraluz, a importância de carregar no botão no momento certo sem hesitar e sem medo, também tivemos a sorte de conviver com uma das grandes fotógrafos, Ana Esquivel, e ainda em nova viajei nos livros de Sebastião Salgado. Colecionava as melhores fotografias do século XX, cheguei a aprender a revelar manualmente, entre muitos não saia de casa sem a máquina. 
Mas nesta dita exposição, entre algumas chapas pode-se ver um quase beijo na boca de dois homens e um beijo na boca entre duas crianças com 12 anos no máximo, o que me irrita é que estas fotografias não têm valor artístico nenhum, zero, a única razão para lá estarem é para chocar e isso chateia-me, estes pequenos ditadores modernos que acham que são artistas, já não se contentem com o facebook onde podem publicar todos os seus disparates e autointitular arte, porque que os tipos têm que vir para cima de nós?
Como aquele "pintor" que mandou a filha pequenina pintar um quadro e meteu todos os críticos a elogiar: A arte moderna gosta de chocar e eu gosto que a arte choque, mas por favor tenham técnica, tenham alma e sobretudo tenham a beleza, a irreverencia por si só deixa de fazer sentido depois da adolescência.
Por fim, estas exposições "rebeldes" é nada mais do que assassinar o trabalho de Robert Doisneau ou Alfred Eisenstaedt... 
É por eu gostar muito de fotografias e por gostar muito de beijos, que não gostei desta exposição.
Querem beijos a sério, espontâneos, sem agendas ideológicas, somente com paixão? Querem fotógrafos a sério, artistas que procuram ser originais sem forçar as opiniões?
Aqui ficam alguns:
 





 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Duvidas do pôs-modernismo #3

 
Por vezes não sei se gosto mais de Vhils ou de Banksy?
(depois também há momentos que não gosto de nenhum)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Duvidas do pôs-modernismo:

Não sei se tenho mais dificuldade em apreciar a nouvelle cuisine ou um quadro de Kandinsky?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Arte Urbana: Muro da felicidade em Lisboa



Diz-nos a história que os muros não são coisa boa. Mas este muro é diferente, é o "muro da felicidade"!
Com o Lema:  A arte pode mudar o mundo, ou seja fugiu-se ao ambiente de crise, com simples sorrisos em plena Lisboa!
Só de olhar dá esperança (ou pelo menos vontade de rir!) pode ser que estes sorrisos sejam contagiosos e sejam levados para cada casa, cada trabalho ou até mesmo para a hora do café juntamente com o nosso obrigada ao empregado do bar, mas bom, bom, era sorrir nas aborrecidas compras do supermercado, ou nas horas de estudo, ou quando arrumamos o quarto...

Uma ideia que o HEart neste novo ano já tinha apelado (ver imagem)!
Escreveu Guerra Junqueiro:
"O Sorriso que ofereces, a ti voltará outra vez".