quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Despedida de solteira


Estes dias organizamos a festa de despedida de solteira (DdS) da M.
Eu gosto de uma boa festa de DdS, com histerismos à parte - é que nós somos miúdas! - é muito bom para a noiva estar com todas as amigas antes de casar e é muito bom para as amigas estarem com a noiva antes desta casar.
Estes dias também serviram para lembrar à M. as suas histórias mais divertidas, mais constrangedoras. Ali com o frio da Ericeira, à volta da lareira, ao lado de uma mesa cheia de queijos e vinho,  juntou-se um grupo de meninas a falar, a rir e a dançar...
Mas, infelizmente, o normal das DdS é serem festas invadidas de estupidez, de mau gosto e de brincadeiras ordinárias.
Mas, felizmente, a DdS da M. não foi isso.
Ali havia respeito, nós sabemos que o P. é o homem da vida da M., e que há um amor mútuo, e esse amor gera respeito.
Quando vejo aquele tipo de conversa:  " temos de ter um espirito livre; olha que não tardas a casar, aproveita esta noite, vai para os copos,  sê atrevida que estas no teu direito, aproveita a liberdade enquanto podes!" muito típica em DdS, dou por mim a perguntar "uma mulher que ame verdadeiramente o seu noivo submete-se a essas figuras? e o contrário um homem que ame a sua noiva?."
E por isso as DdS são na maior parte das vezes festas que se tornam um verdadeiro atentado ao amor do casal! E em nome de uma falsa liberdade que se diz perder com o casamento,  acaba-se com o verdadeira liberdade (aquela liberdade de seguir a minha/a nossa vontade e querer ser só tua).
Existem brincadeiras que nos fazem perder o pudor (e o pudor é uma coisa tão difícil de se recuperar!) e assim perde-se também o respeito pelo noivo/noiva, é uma triste forma de (pre)começar uma vida a dois.
Eu gostei da DdS da M. porque estes dias serviram para perceber que a M. está mesmo apaixonada pelo seu noivo e esse amor gerou respeito.


2 comentários:

AMG disse...

Ao ler isto lembrei-me de um exemplo muito bom, acerca da liberdade e em relação ao que dizias sobre "está no teu direito seres atrevida".
Quem é mais livre? (no verdadeiro sentido da palavra) um homem que pode escolher entre 10 raparigas fantásticas, ou um homem que escolhe de fato aquela rapariga que o escolhe também a ele, a rapariga que também o ama?

VDC disse...

Concordo no geral com o que dizes, mas tenho de fazer um comentário: as amigas também servem para ajudar em temas que a noiva não está à vontade (como por exemplo, e foi o meu caso, a relação sexual). Evitar estes temas a todo o custo, apenas porque podem descarrilar e passar a ser mais "brejeiros", também não ajuda a noiva! Poque é que não se pode arranjar um meio termo? Falar disso como uma coisa nova e excitante, mas sem histerias e porcarias. Mas falar. Porque para quem nunca passou por isso, acreditem que faz toda a diferença.