sábado, 17 de novembro de 2012





   Lá estavas tu, tão absorto nos teus pensamentos. Tão calmo, tão triste, como se nada mais interessasse senão os botões que trazias cosidos ao pullover. 

  O que te vai na alma? Fala. Exprime! Mostra-me o teu mundo, deixa-me conhecer-te. Trazes um muro agarrado ao peito e não o queres arrancar. Deita-o ao rio, chora nele. O rio é tinto. Tinto e cúmplice. O rio absorve as lágrimas de novos e velhos e toma-as como suas. Pensas que toda aquela água não vem de dentro de pessoas como tu? 

 (... Não? De onde vem, então?)

   Fala-me. Conta-me. Deixa-me fazer parte. Não me deixes de lado...


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