A notícia é esta, da RTP, e relata o desespero de muitos pais que levam os seus filhos ao Hospital de Santa Maria porque as crianças choram de fome. De muitos pais que não sabem o que fazer porque têm os filhos doentes ou internados, estão ambos desempregados e não têm como pagar os medicamentos aos filhos.
Oiço e leio esta notícia e não consigo parar de chorar.
A inimaginável dor que estes pais devem sentir por quererem dar aos seus filhos o mundo, mas não terem sequer como lhes dar de comer. O sofrimento que deve ser pensar que o amor não chega para que eles sobrevivam. E as crianças, que não percebem o porquê da crise, da troika, das dívidas e dos juros, choram e sofrem com as dores que a fome faz ao corpo. E à alma.
Oiço e leio esta notícia e não consigo parar de chorar.
A inimaginável dor que estes pais devem sentir por quererem dar aos seus filhos o mundo, mas não terem sequer como lhes dar de comer. O sofrimento que deve ser pensar que o amor não chega para que eles sobrevivam. E as crianças, que não percebem o porquê da crise, da troika, das dívidas e dos juros, choram e sofrem com as dores que a fome faz ao corpo. E à alma.
Está na hora de parar, pensar seriamente como é que podemos ajudar, cortar as nossas correntes, arregaçar as mangas e lançarmo-nos ao Amor.
7 comentários:
Que tristeza, que horror. Tb chorei
Nem quero acreditar.
Que notícia triste, que triste me deixa ler estas notícias! Sou como a Catarina, fico bastante sensível quando leio este tipo de notícias. Contudo, não posso deixar de alertar para algumas questões: a primeira prende-se com o sensacionalismo jornalístico! Cuidado com as noticias e como a forma como estas muitas vezes são dadas... Nem tudo o que parece é!!! E podia estar aqui horas a escrever sobre isto...horas!!
O segundo ponto prende-se com o facto de que estamos em crise! Pois estamos e que ninguém o negue!! Contudo esta crise não é apenas financeira. Nos tempos dos nossos pais e avós também havia crise. Graças a Deus nunca a minha família passou dificuldades e por viver bastante bem, e com Deus no coração, sempre deram muitas ajudas aqueles que menos tinham! E sempre ouvia pessoas dizerem "antigamente era uma sardinha para todos..." Antigamente não íamos de férias"... e por aí fora. Contudo não havia tanto consumismo nem tanta crise de valores como existem agora! :( Ainda outro dia estava num centro comercial e já via as pessoas "malucas" a comprarem prendas de Natal e a embrulharem... Quero eu dizer com isto que as pessoas não se privam de certas coisas em prole dos filhos! Os pais (atenção, não quero generalizar) dessas crianças que vão para o Hospital com fome, têm Iphones, carros bons (Ou maus), nãos dispensam um jogo do Benfica / SCP /FCP (...) no estádio... e claro que o dinheiro não dá para tudo! ~
As pessoas (sem generalizar, mais uma vez) não fazem uma sopa em casa - fica baratissímo!!!!!!!- mas compram tudo feito!
O não ficar parado a ler estas noticias implica uma educação para, uma prevenção de, uma luta de valores... isso sim!
E por acreditar que há muitas pessoas que mesmo sem luxo algum não conseguem comer, vou ajudar o BANCO ALIMENTAR este fds!
Um beijo
Querido Anónimo,
Esta foi uma entrevista feita pela Antena 1 à Directora do Serviço Social do Hospital de Santa Maria, Conceição Patrício. A entrevista, na íntegra, pode ser ouvida aqui:
http://www.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Conceicao-Patricio.rtp&article=5879&visual=11&tm=16&headline=13.
Por isso, descarto a hipótese de sensacionalismo jornalístico, neste caso. Muitas vezes também é um véu que colocamos facilmente à frente da realidade que nos custa.
Concordo 100% consigo quando refere a má gestão dos rendimentos e o egoísmo que muitas vezes encontramos em muitos pais, lamentavelmente. Aliás, eu mesma já referi essa realidade nalguns textos publicados neste blog.
Neste caso, em particular, julgo que falamos em pais desesperados. Que choram tanto de dor, como as suas crianças de fome.
Pais sem Iphones, sem carros, que têm duas mudas de roupa, dadas em 2ª mão. Já tive a oportunidade de contactar com famílias assim e a realidade é muito dura. A boa gestão é impossível, simplesmente porque não há o que gerir.
Soube recentemente da história de uma mãe que o melhor pequeno almoço que conseguia dar aos filhos era leite aquecido com açúcar. E pelos vistos é prática comum nestas famílias, pois são os alimentos que lhes chegam através das instituições, e que têm que fazer render.
Lançarmo-nos ao Amor é precisamente reeducarmo-nos nas nossas necessidades, nos nossos valores e fazer da entrega de nós mesmos aos outros o nosso modo de viver.
Sem dúvida que também ajudarei o Banco Alimentar, que ajuda tantos portugueses a sobreviver!
Um beijinho e muito obrigada pelo seu comentário,
Catarina
Cara Catarina, agradeço a sua resposta! Antes de mais, não desvalorize todo o meu trabalho voluntário que faço junto de famílias (tb não lho tinha dito)... e olhe que já há muitos anos que as acompanho! Não sou nem menos nem mais sensível a esta matéria que a Catarina. Contudo dizer que "Muitas vezes também é um véu que colocamos facilmente à frente da realidade que nos custa." nem sempre é bem assim!!
Fique a saber minha estimada senhora que faço voluntariado há muitos anos, muitas famílias me passam pelas mãos e MUITO desperdício vejo! E atenção... crianças que vão sem tomar o pequeno almoço para a escola? Sim, há muitas, de classe baixa, média e alta. O que está em causa são acima de tudo crise de valores (também).
Mais uma vez não quero generalizar mas muito contribuo para que as pessoas se sintam melhor. Arregaço as mangas e vou à luta, não me sento a ouvir estes jornalistas que manipulam como querem as notícias!! =(
Desculpem lá lançar a confusão nesta conversa. Mas não podemos esquecer que temos ali um maravilhoso aeroporto em Beja que é muito utilizado, aliás, sobre utilizado: média de 4 passageiros por dia que saem baratinhos, tal é a sobrelotação e a necessidade premente. Auto-estradas. Sem ninguém, mas lindas e arranjadinhas. Submarinos que são uma necessidade básica sem a qual não vivemos. Essenciais mesmo para afundar os políticos e deixá-los por lá uns anos largos. Carros dos mais caros para os deputados e os outros políticos que não se sentam em qualquer banco. É só de poltrona para cima. E como 2 mais 2 são 4, vá de buscar IRS aos que ganham +/- 700 € que ainda levam troco para casa que, por mero acaso, ainda dá para uma compritas no super com IVA a 23%. Lá está: 2+2 são 4. Aqui e na China, Vítor Gaspar incluído. E como a grande maioria dos políticos não tem curriculum, ser político não faz parte do curriculum (que não têm) mas do cadastro. O problema é que não sabem que o seu papel é concretizar o bem comum e eles mesmos estão no centro da crise de valores. "O vento nunca é favorável para um barco que não sabe qual é o seu destino". Depois não há dinheiro para os remédios e para o leite.
Nem mais
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