segunda-feira, 30 de novembro de 2015

#FazesFalta

Parece-me que este fim-de-semana foi à grande!
...Quem tem fome agradece...
 
 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

"Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem"

Todos os leitores que passam por aqui sabem a minha crença, não escondo, apesar de tentar não expor a minha intimidade, mas não resisti, este é um texto fruto da dor que sinto, um texto sobre a minha fé. Desculpem as minhas duras palavras, pois abusei delas.
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 Na semana passada um tipo que se acha muito artista cometeu um sacrilégio (do latim sacrilegiu, violação ou profanação de algo considerado sagrado) contra a Igreja Católica, na verdade este espanhol, Abel Azcona atacou o grande tesouro da nossa Igreja, roubou (termo utilizado pelo próprio) hóstias consagradas para serem um elemento da sua exposição - não é preciso de explicar a grandeza da fé em relação este Sacramento, mas acreditamos estar ali o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, por outras palavras este homem diz-nos que roubou e profanou o nosso Deus.

Se não fosse a minha boa educação, eu dizia a esse senhor, que se acha um artista mas não passa de um inapto, fruto do lixo que muitas vezes se autointitula arte contemporânea.
Sim Abel, não passas de um ignorante, na minha terra chamar-te-iam outra coisa e ainda te davam um bom par de chapadas! Precisaste de cometer um sacrilégio para chamar a atenção sobre a porcaria que fazes, deves ser muito bom artista (não sei até que ponto vai a tua imbecilidade mas isto é ironia), foi preciso de afetar milhões de crentes, de magoar o mais intimo da fé dos cristãos, para conseguires a tua fama? Convido-te a inscreveres-te na quinta das celebridades...
Leio, no teu Facebook, que tu estás revoltado connosco, mas que raio de liberdade é a tua, de cometeres um sacrilégio e ainda ficares revoltadinho por aqueles que se indignaram, sabes o que é gostar de alguém? então entende assim: se fossem a tua casa bater no teu pai ou na tua mãe, mas uma tareia de deixar no coma, ficavas chateado? Ficavas indignado? Espero que sim.
Entretanto percebi que tu não passas de um maricas, vá quero-te ver a cometer um sacrilégio contra Alá, ou mandares uma boquinha contra o Estado Islâmico! Tu não és um revolucionário, és um abusador da liberdade, um menino mimado, cria da nossa sociedade, filho da tolerância, filho da prostituta cultura vendida ao supérfluo e que tem uma necessidade de mostrar o que não têm. 
És um ingrato brincas com o Deus, o nosso Deus, o Deus que deu a liberdade à Europa, e que te deu a liberdade para mostrares o mau homem que és.
Já dizia G. K. Chesterton "A decadência da sociedade é louvada pelos artistas assim como a decadência de um defunto é louvada pelos vermes." Mas tu foste longe nesta máxima.
Acredita Abel, que apesar destas minhas palavras a única coisa que eu sinto por ti é pena, pena por viveres com ódio a Deus, pena por viveres nessa solidão, pois tu tens uma alma órfão, pena porque és um infeliz frustrado, mesmo que ainda não te tenhas apercebido disso, pena por seres um filho do pai da mentira, e sobretudo por seres um homem que não sabe o que é o amor de Deus.
Tenho mesmo pena de não sentires aquilo que sinto quando entro numa Igreja, quando rezo, quando me confesso, e sabes que mais apesar de eu condenar severamente o que fizeste, eu aprendi a perdoar-te, sim apesar do teres atingido a minha fé, o meu Deus, aquilo que é mais Sagrado para mim eu quero perdoar-te, foi Esse Mesmo Deus que tu meteste no chão que me ensinou a perdoar. 
O incrível neste acontecimento é que nos mostra a grandeza de Deus, no meio deste sacrilégio, no meio da dor dos católicos, Deus mostrou a fé de um povo, sim dizem que a nossa fé está em crise, mas com isto Deus mostrou a fé dos europeus, um abaixo assinado com 37557 assinaturas (também pode assinar Clique AQUI), os joelhos no chão de muitos homens e mulheres que passavam pela exposição, milhões de mensagens dos católicos de todo o mundo, a Santa Missa de desagravo do Arcebispo com centenas de pessoas, a concentração de jovens, vigílias noturna, incrível como somos muitos a acreditar em Ti, a lutar por Ti Meu Deus.

Deus no meio disto tudo mostrou que está vivo, Deus utilizou-se desta pobre alma, desta desgraça para dizer que precisa de nós do nosso amor e da nossa oração, dá que pensar, quantos sacerdotes dão a comunhão indevidamente? Quantos de nós deixamos Deus abandonado nas Igrejas? No Sacrário?  quantos de nós passamos por uma Igreja sem um olhar, sem uma genuflexão? Meu Deus perdão, perdão.
Deus utilizou-se disto para mostrar a sede que tem de nós homens e mulheres atarefados, para mostrar que está vivo, tenho a certeza que quando olhamos para as fotografias destes homens e destas mulheres de joelhos é impossível não acreditar que ali está Jesus no Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Que há gente que se converteu perante este sacrilégio.
Não será maior o mistério, maior a grandeza de Deus, mostrar que do mal pode tirar bem? Mais uma vez  Deus Humilha-Se.

Ajude-nos a ajudar

Está quase a começar mais uma campanha do Banco Alimentar! Não deixem de participar.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Da liberdade

Ana Moura, hoje nas Manhãs da Comercial, sobre o novo disco poder não superar o anterior:
"Eu por acaso não senti esse sentido de responsabilidade. Isto porque no Desfado [disco anterior da cantora], quando gravei, senti aquela liberdade de gravar um disco que eu não sabia como é que ia ser recebido pelo público, foi de tal forma importante para mim, que eu queria sentir a mesma coisa com este disco."
Obrigada, Ana Moura, por me relembrares que devemos sempre fazer aquilo que nos torna livres.

É agora que serei uma mulher realizada...

 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dieta do coração #1

Antes que acabe o Outouno - é impressão minha ou passou mesmo depressa? - juntem o útil ao agradável:

 As castanhas são grandes aliadas do coração 

Para mim, sai já hoje uma sopa de castanhas. Bon appetit!


Cautela Arménio:

Da série legislar o importante
 
 
 
 

(ouvindo no café #14)

(40 anos depois um 25 novembro igual aos outro)
- O que vais fazer hoje?
- Vou expropriar ali uma companhia de aviação e já venho....

Liga portuguesa Contra o Cancro

Recebi um mail de uma amiga - também leitora do <3 - este mail não me foi indiferente, já vivi de perto esta dura realidade do cancro, já vi partir gente a mais, já vi muitas lágrimas e muita dor..
Por isso decidi partilhar:

Queridos amigos,
Para que o acesso equitativo ao programa de rastreio de base populacional do cancro da mama em todo país seja garantido, para que exista acesso em tempo útil a um serviço hospitalar com capacidade, para que se garanta o acesso aos melhores tratamentos disponíveis, para que os doentes tenham acesso toda a informação existente sobre o cancro e para que os cidadãos, doentes ou familiares possam ter voz activa nas decisões públicas sobre o cancro assinem a petição disponível no site da LPCC (envio o link abaixo). 
 
 

#MomentoEmQueEsqueçoQueEstouAFazerDieta (I)



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Não fica no coração, fica no colchão!

Não que eu precise regularmente de 60€ em cash por dia, mas haver dinheiro para fraldas e Padaria Portuguesa dá-me alguma segurança. Chamem-me paranóica, pronto.



Portugal dos Pequeninos #2


Caríssimos deputados, gostava de vos contar uma história, uma pequena história que se passou comigo, mas que também é habitual na vida dos comuns cidadãos que vós representais.
Fui uma estudante universitária deslocada, saída das ilhas. Frequente entre os açorianos que procuram novos horizontes.
Deixar a casa tem os benefícios, e Lisboa é uma cidade incrível, o encontro com grandes visões académicas, o conhecimento de outras realidades, poder viajar e frequentar lugares diferentes... A internet não nos basta é preciso viver. Mas tudo isso tem um preço, saudades, solidão, esforço...
Senhores deputados, durante a minha vida de estudante, trabalhei enquanto frequentava o ensino superior.
Foi nesses dias, enquanto estudante universitária deslocada, que descobri o que significa ter uma hérnia, não era uma hérnia qualquer, habitava nas minhas costas, mais propriamente na L5, mas também descobri o pior pesadelo de todos os cidadãos deste país: o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Posto isto, quero contar-vos a minha pequena realidade do SNS, pequena digo eu porque não falo de uma doença como o cancro entre outras terríveis situações que tanto afetam os portugueses.
Hospital do Santa Maria, mais 3h de espera no meio de tanta desgraça, tanto sofrimento à minha volta, fui atendida, num corredor, precisava de levar soro e a medicação pela veia, não havia espaço, fiquei no gabinete dos enfermeiros, onde vi vidas bastante duras. Lembro-me, até hoje, de uma senhora não sei o nome, mas sei o rosto, estava ali há espera de uma ambulância e ali ficou, provavelmente seria um dos últimos dias dela nesta terra, maltratada, abandonada....
No final,  paguei 20€ (taxas + exames) mais 10€ parque estacionamento (fui com uma amiga que me deu boleia, eu não estava propriamente capaz de andar), quero dizer que nessa altura trabalhava num restaurante de Sushi, algo que nunca me envergonho e que agradeço muito, mas ganhava somente 3€ p/ hora, feitas as contas precisei de trabalhar 10 horas para pagar um mau serviço.
Eu estou a falar de uma simples hérnia (o facto é que mais tarde tive que recorrer a outro médico e gastar mais dinheiro). Não, não me quero fazer de coitadinha, de vitimas da sociedade capitalista, tenho muito orgulho de ter sido uma trabalhadora-estudante, mas também tenho a certeza absoluta que existem pessoas que se esforçam mais do que eu, que têm vidas mais complicadas que a minha.
Mas quando vos vejo sentados na minha assembleia, a ganhar o meu dinheiro, agarrados ao meu microfone a discutir o fim da taxa de 7,50€ do aborto, que custa ao Estado entre 829,91 euros e 1074,45 euros, como prioridade para a vida dos portugueses fico revoltada. Desresponsabilizando deliberadamente e na totalidade quem faz um aborto (que é a matar a vida de um bebé, sei que muitos de vós não acredita que um feto com 11 semana  onde bate o coração, seja vida humana, contudo os nazis também não acreditavam que os Judeus eram humanos e a história encarregou-se desse assunto). Tornaram a prioridade de uma Assembleia, fizeram  do aborto algo banal normal, mais um método contracetivo oferecido pelo Estado, ainda por cima com a justificação que é pela minha dignidade feminina... Claro que fico revoltada, que sejam os meus deputados portadores de uma enorme desigualdade e de uma tremenda injustiça.
Não me venham é com bandeiras às cores a falar da igualdade, porque já percebi que há uns mais iguais do que os outros e os doentes de hérnias na L5 não fazem parte desse grupo de cidadãos, na verdade todos os doentes que procuram um hospital publico por doença não fazem parte desse grupo de cidadão. 
Só um conselho, ideologias à parte e ironias à parte, trabalhem em prol do nosso país e não do vosso partido.
Muito obrigada,
Uma cidadã.

Portugal dos Pequeninos

 
No meio de uma crise de identidade Europeia, tornando-se mais do que notório que a solução passa pela retoma dos valores cristãos, da dignidade da pessoa humana;
No meio dos ataques terroristas ao ocidente;
No meio de uma guerra;
No meio de uma crise económica, de um país a precisar de alento e de confiança;
Eis o nosso Portugal dos Pequeninos...
 
A Assembleia da Republica vai acabar com os 7,50€ de taxas moderadoras para as mulheres que querem abortar, ou na linguagem politicamente correcta e falsamente lógica, querem interromper (vou ali e já venho) a gravidez. Sim a nossa Assembleia, com poucos dias de serviço e muito histerismo, levantou o tema urgentíssimo, será que 7,50€ é preço elevado para matar um nascituro? (não me digam que aquele conjunto de células era uma alface?) É essa a urgência da extrema esquerda, legislar nos extremos. Pena que não tenham levantado as taxas moderadoras aos verdadeiros doentes, aqueles que recorrem ao hospital por doença.
 
 
Obrigada senhores deputados por mostrarem a inépcia que pode ser a democracia, é que faz bem lembrar, afinal de contas o Hitler também ganhou as eleições democraticamente.
Sim, ouvimos as vozes esganiçadas que põe em causa a dignidade da mulher pelo risco de pagamento de 7,50€. Mas onde estão os que não brincam às ideologias?
 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Como combater o Terrorismo #5

#family
 
 

Como combater o Terrorismo #4

#friendship
#music
 
“Um grande motivo por que tantos tenham sido mortos foi porque tanta gente não deixava os seus amigos. Tantas pessoas se puseram à frente de pessoas”
Eagles of Death Metal, na primeira entrevista AQUI

 

Como combater o Terrorismo #3

#education
#knowledge
#books
 
 



Como combater o Terrorismo #2

#faith
A maior e melhor arma da Europa:


 

Como combater o Terrorismo #1

#kittens
 
A combater terroristas islâmicos com gatinhos..... AQUI
(Sou fã do humor Inglês, mas este fim de semana o humor belga superou!)
 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Porque ontem nasceu o ZM

Ontem recebi um telefonema, o numero não era conhecido, ouvi do outro lado:
"É a tia dos Açores?"
"Sou dos Açores, mas não sou tia..." - respondi.
"Só para dizer que já é tia! Nasceu o ZM!"- Percebi que era uma avó babada, essa avó sabia que os Açores ficam longe demais e eu precisava daquele telefonema.
 
Incrível! Que emoção!
Ontem nasceu o filho dos meus grandes amigos!
 
"Bem-vindo ZM.
Bem-vindo a este mundo, a este mundo incrível. Acredita, não te deixes intimidar com as notícias, o mundo está repleto de coisas boas, de belezas naturais e de belezas humanas. Um dia vais conhecer grandes obras de arte, vais ler grandes livros e ouvir grandes musicas, vale a pena viver, acredita. Quem sabe vais até às cataratas da Nicarágua, quem sabe vais viajar até à  muralha da China, ou vais aqui ao lado, à Europa, a Roma ver o Caravaggio ao vivo, quando fui a Roma com a tua mãe ela gostava de ir a todos os museus, aposto que ela vai fazer o mesmo contigo.
Acredita que vais ser um rapaz alegre e, em muitos dias da tua vida, vais rir até rebolar no chão, eu conheço o teu pai ele é um homem feliz.
Não te deixes intimidar com as notícias, o terrorismo não perverte, nós somos mais, os bons podem não aparecer tanto na televisão mas eles são muitos, as nossas armas são as flores.
Não te deixes intimidar com as notícias, hoje os deputados da Assembleia da Republica Portuguesa, do teu país, acham que fizeram história, apetece-me ir lá dizer-lhes deturpar, adulterar não é fazer história é sim empobrecer a história, mas o tempo, que é duro, vai ensinar, a eles e a nós, porque nós vivemos numa democracia, sabes o que é a democracia? Vais perceber quando começares a ter irmãos.
Sabes  ZM, hoje quem fez história foste tu, foste tu que ao nascer mostraste que há vida depois da concepção, foram os teus pais que ao te terem mostraram que era preciso de um homem e de uma mulher, não, não é preconceito, não é discriminação, é a vida, é a beleza da vida.
ZM não te deixes intimidar pelas notícias, nasceste numa grande época, não há crise, não há terrorismo, não há despotismo que te tirem o amor dos teus pais.
Sabes o que é mais belo neste mundo, mais belo que todas as paisagens, mais belo que todos os quadros, que todos os romances e todas as musicas? É o Amor, é a bondade dos homens, é o saber perdoar, é a generosidade, é a misericórdia, e tu vais aprender tudo isso, porque nasceste na altura certa.
Com muito carinho e muita vontade de te ver, a tua tia Açoriana."
 

Permitindo o mal menor

Vamos só pôr os pontos nos “i” para começar: eu não acho os homossexuais menos pessoas que os heterossexuais. Acho que somos matéria do mesmo balde e acho que temos os mesmos desejos de felicidade. Somos iguais enquanto indivíduos. 

Agora que isso está assente: isso não significa que as nossas relações sejam iguais ou que devam ser tratadas de forma igual. Eu, que me casei numa relação heterossexual e não sou infértil, vou ter um bebé. Ainda posso vir a ter mais um, dois, ou os que sejam. E eles vão ter uma mãe, eu, que os ajuda a estudar e lhes dá banho e veste as roupinhas que lhes comprou, e um pai, que as vai ensinar a andar de bicicleta e lhes vai arrancar os dentes quando tiverem por um fio, montar as caminhas que comprarmos no Ikea (ou na Area!) e levar as Estádio da Luz ver o Benfica jogar. Vão ter essa complementaridade que as gerou, e vão crescer com os olhos postos nela.

Não é impossível para os gays escolherem roupas (antes pelo contrário!), nem para lésbicas montarem camas – mas é impossível serem duas figuras autoritárias de dois sexos diferentes, tal como o é gerar bebés conjuntamente (pormenorzinho sem importância). E isto não me parece discutível.

Portanto, convenhamos: crescer num lar com dois pais ou duas mães é diferente de crescer com um pai e uma mãe (como o é crescer em famílias monoparentais, naturalmente!). A questão passa a ser então: mas será pior? A resposta fácil e politicamente correcta é "Não". Contudo, inúmeros estudos rebatem a no difference claim, vejam alguns exemplos aqui, aqui e aqui.
Mas descansem, pessoas iradas, porque, aparentemente, nem todos os homossexuais o almejam, tal como nem todas as crianças de casais homossexuais o recomendam, ainda que adorem os progenitores do mesmo sexo.

Penso que há muita hipocrisia no argumento de quem diga que o que importa é o amor e o afeto e o “querer” a criança (e não me venham acusar de insultar os gays, eu disse que o argumento era hipócrita, não as pessoas). Não só pelos estudos que o coprovam, mas em especial porque se cada um de nós pudesse escolher, escolheria sempre uma família dita tradicional para educar uma criança. Ora vejamos:

Entre um casal homossexual com a sua casa em Cascais e o seu Mercedes, e o casal heterossexual da casa da casa ao lado que tem um BMW, onde é que preferiam ter sido educados? Onde é que preferiam que os vossos filhos, se vos acontecesse alguma coisa (knock knock), fossem educados? O mesmo é válido para dois casais que vivam no bairro social, entre ter uma mãe e um pai versus duas mães nas mesmíssimas circunstâncias, não prefeririam a primeira hipótese?
Caetris paribusall else equal, não acredito que alguém com o mínimo de seriedade intelectual possa dizer em consciência que o ideal não é ter um pai e uma mãe, mas dois pais ou duas mães. 

Então, quando se dizem defensores da coadoção por homossexuais, estão a falar sempre em termos relativos: é melhor estar numa casa com dois gays que numa instituição; é melhor estar numa casa com dois gays que amam a criança que numa casa com um casal em que a criança é abusada ou maltratada. Isto é equivalente a preferir que a criança coma McDonalds a um banquete, se o banquete estiver envenenado! Se o banquete for “normal” e saudável, então aí é sempre melhor que a criança possa comer dali que do McDonalds, certo? 

Daí que surja a pergunta: queremos baixar a fasquia do que é o ideal adequado para as nossas crianças para o “mal menor”? E legislamos para permitir os males menores? Aparentemente, sim.


(ouvindo no café #13)

"Vamos criar um tag que seja viral: #FartosDeOuvirAquelasVozesEsganiçadasNaAssembleiaDaRepublica"

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

VÊM AÍ: #HEartYourFamily

 
O blog HEart vai lançar uma nova rubrica.
O tema é transversal, todos temos uma:
A FAMÍLIA
#HEartYourFamily
Um conjunto de textos, imagens e filmes sobre a família.
O melhor ainda está para vir.
Testemunhos de algumas famílias
...normais, diferentes, com lutas, com filhos especiais, dedicadas à musica, pequenas, grandes, estrangeiras, amarelas, brancas e pretas, ricas e pobres...
 
Se tens uma história para contar, não hesite manda-nos um email:
1 Família + 1 História + 1 Fotografia
 
 
 
 

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Carta aos terroristas que mataram a sua mulher

A demonstração da superioridade de um povo está  no perdão, em não deixar que o odeio nos domine.
Li aqui: Sábado. A carta de um viúvo aos terroristas. A original está no Facebook de Antoine Leiris.
Só me resta agradecer a este senhor por mostrar a nobreza da Europa.
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O jornal Libération divulgou uma carta de um recém-viúvo francês aos terroristas que mataram a sua mulher, nos atentados de 13 de Novembro de 2015. Foi escrita por um jornalista da France Bleu, Antoine Leiris, e está a tornar-se viral.

"Vocês não terão o meu ódio
Na noite de sexta-feira vocês acabaram com a vida de um ser excepcional, o amor da minha vida, a mãe do meu filho mas vocês não terão o meu ódio. Eu não sei quem são e não quero sabê-lo, são almas mortas. Se esse Deus pelo qual vocês matam cegamente nos fez à sua imagem, cada bala no corpo da minha mulher terá sido uma ferida no seu coração.
Por isso eu não vos darei a prenda de vos odiar. Vocês procuraram-no mas responder ao ódio com a cólera seria ceder à mesma ignorância que vos fez ser quem são. Querem que eu tenha medo, que olhe para os meus concidadãos com um olhar desconfiado, que eu sacrifique a minha liberdade pela segurança. Perderam. Continuamos a jogar da mesma maneira.
Eu vi-a esta manhã. Finalmente, depois de noites e dias de espera. Ela ainda estava tão bela como quando partiu na noite de sexta-feira, tão bela como quando me apaixonei perdidamente por ela há mais de doze anos. Claro que estou devastado pela dor, concedo-vos esta pequena vitória, mas será de curta duração. Eu sei que ela nos vai acompanhar a cada dia e que nos vamos reencontrar no países das almas livres a que nunca terão acesso.
Nós somos dois, eu e o meu filho, mas somos mais fortes do que todos os exércitos do mundo. Eu não tenho mais tempo a dar-vos, eu quero juntar-me a Melvil que acorda da sua sesta. Ele só tem 17 meses, vai comer como todos os dias, depois vamos brincar como fazemos todos os dias e durante toda a sua vida este rapaz vai fazer-vos a afronta de ser feliz e livre. Porque não, vocês nunca terão o seu ódio."




segunda-feira, 16 de novembro de 2015

"Play the Marseillaise! Play it!"

Perante estes acontecimentos tenho me lembrado da história de quando estreou o filme Casablanca, no cinema açoriano. Era uma história, ou melhor era História, que o avô Francisco contava-me, sem se fartar de contar e eu sem me fartar de o ouvir.
Ele tinha uma grande admiração pelos franceses, "símbolo de liberdade", dizia-me,  com o seu espirito revolucionário e o seu caracter de historiador, contava-me como o cinema fora um aliado nesta luta  "eu vivi tempos de guerra, em que a história foi escrita não pelos vencedores, mas pelos corajosos, pelos mártires, pelos homens coerentes, incorruptos, que lutavam pela dignidade, pela vida, pela justiça e pela liberdade. No dia em que, nos Açores, chegou às salas de cinema o filme "Casablanca" isso não nos era indiferente, nós sabíamos o que era a guerra, nós sabíamos o valor da nossa liberdade, por isso, no filme, quando Victor Laszlo mandou tocar La Marseillaise, frente aos Nazis e,  juntamento com aqueles dissidentes, todos nós, naquela sala de cinema nos levantamos, todos nós nos pusemos de pé e cantamos, ou melhor gritamos, com as lágrimas nos olhos, o hino da França, porque sabíamos que ali estava o sangue dos que morreram pela nossa liberdade... Naquele cinema podíamos ser um pequeno grupo de açorianos, homens e mulheres que aparentemente  viviam isolados nas ilhas, mas tínhamos fé na humanidade."
Perante estes acontecimentos não me é indiferente ouvir La Marseillaise, afinal de contas, eu também tenho fé na humanidade.
 
 
 (Santa Missa celebrada pelas vitimas dos ataques terroristas - Notre Dama Paris)

Marca n'Agenda | Lisboa reza por Paris

7 dias depois dos atentados
 

Je suis Paris

 
 
13 de Novembro 2015
Preferia que tivesse sido um dia banal, que fosse uma sexta-feira como as outras sextas-feiras, mas há dias que marcam a nossa história, e que história é esta?
Apercebi-me, as coisas que mais gosto de fazer são as coisas normais: gosto tanto de ir a um concerto com os meus amigos, confesso que não aprecio o heavy metal, mas gosto daquela adrenalina de estar aos saltos numa plateia, gosto de passear nas ruas, de jantar fora, como é bom ir a um restaurante na sexta à noite, de beber um copo, como gosto de viajar e de viajar pela Europa ... Não me tirem isso, por favor, não me tirem o quotidiano, não me tirem a liberdade de fazer as coisas normais da vida, não me tirem a liberdade de passear, de estar com os amigos, de ouvir musica, de ir ao futebol... Não me tirem a liberdade de ser livre.
Recordo-me tão bem quando fui pela primeira vez a Paris, já passou alguns anos dessa viagem em família, mas lembro-me de passear nas ruas da cidade da luz, ver aqueles quiosques, os artistas sentados nas calçadas à espera da sua sorte, ou de um mecenas rico, lembro-me dos jardins cheios de gente diferente, uma ode ao multiculturalismo, lembro-me das farturas e das batatas fritas.
Paris era como estivesse dentro de um romance, afinal de contas Paris é também cidade luz na literatura oitocentista, e os seus filósofos, não, eu não sou discípula de nenhum, mas em Paris imaginava Voltaire ou Rousseau a descerem la rue Saint-Jacques.
Respira-se arte em Paris, Louvre, Versalhes.
Cidade de Reis despóticos, "le etait ce moi" le Roi Louis XVI,  le roi soleil, e de Reis santos, Louis IX de France. País do Robespierre e da Sainte Thérèse de l'Enfant-Jésus.
Paris coração da Europa.
Não, eles não conseguem derrubar a minha cidade de Paris, é história, é arte, é democracia e é liberdade. Nenhum terrorista consegue extinguir a verdade, as bombas não destroem o pensamento e as ideias, tal como as balas não atingem os nossos valores.
Fiquei horrorizada, chocada, triste com as imagens que vi daquela sexta-feira à noite.
(Todos os meus problemas, que naquele dia invadiram a minha agenda, tornaram-se pequenos, esta vida é curta de mais, é boa de mais para estarmos a perder tempo com as nossas coisinhas, que egoísmo perante as atrocidades. Os problemas passaram rapidamente a não ser problemas e as ofensas foram esquecidas, naquela sexta-feira não queria deitar-me sem pedir desculpas.)
Agora só me resta rezar. Paris se tu tivesses mais fé, se tu te agarrasses aos teus valores cristãos, se tu rezasses, acredita essas são as armas contra ao terrorismo, um cristão coerente é o soldado mais temido do Estado Islâmico.
O mais difícil é perdoar, mas só assim teremos paz. Perdoa-lhes Paris.
 
 
"Contre nous de la tyrannie
L'étendard sanglant est levé,
Entendez-vous dans les campagnes"
La Marseillaise

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Saudade

 
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Já fez 3 anos, passou rápido, ou talvez não, mas ainda tenho na memória a sua voz e o seu cheiro, os seus conselhos, ainda o vejo na sua poltrona, ainda o vejo às voltas das suas antiguidades, ainda o vejo a comprar chocolates e, às escondidas, a dar aos netos "chiu... não digam nada aos pais", afinal de contas também é para isso que servem os avós, para fazer tolices.
Porque hoje faz 3 anos que o meu querido avô Francisco partiu.

Deixou-me muitas coisas, grandes coisas, coisas que não consigo explicar, coisas imaterializáveis, coisas que não são palpáveis, coisas eternas...
Deixou-me uma grande herança, desde a rebeldia como vivia o seu gosto pela arte sem presunções nem elitismos, a dedicação aos livros, a reverência ao cinema, à musica e as suas visões políticas, completamente anarquistas.
Deixou-me valores, mas daqueles valores que já são uma raridade. De caracter forte mas sempre carinhoso à sua maneira.
Deixou-me uma família e, que raro ter uma família, que extraordinário que riqueza, talvez a maior herança que nos podem deixar: uma família.

Em tua memoria; hoje vesti as riscas, que me ofereceste quando foste a Lisboa;
Em tua honra; hoje trabalho a ouvir Nino Rota.
Em tua vitória; hoje vou à Missa.
Em tua alegria; hoje deixo aqui a tua cena de cinema preferida, aquela cena que retratava a subtileza humana, a história da fragilidade e da grandeza do perdão. A conversão dos índios da Amazónias ao som do Ennio Morricone na flauta do Father Gabriel, o Jesuíta da Missão. Era o confronto entre dois mundos, entre duas culturas mas um só Deus e tu dizias-me sempre "é impossível não chorar ao ver isto":
 
 
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Como assim?

"Esta é, sobretudo, uma luta pelo papel da escola pública consagrado na Constituição de Abril, um pilar do regime democrático, a escola pública gratuita, democrática e para todos e não a escola pública que este Governo quer, uma escola que sirva apenas para aqueles que não têm condições de pagar a escola privada. A escola pública e a luta que os professores estão a travar é a luta pela democracia e é desse lado que estamos, com os professores e com os estudantes." Intervenção da deputada do PCP Rita Rato na AR
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É mais importante ter sido ministro do que sê-lo(*)

jobs for the sir?
 
 
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(*) Caso para dizer ao Costa Neves que não se preocupe.

(ouvindo no café #12)

(dizia o José enquanto bebia o seu café com cheirinho)
- Eu gosto dos comunistas na política, mas não no governo. Agora eles vão gritar contra quem? Só digo uma coisa a  festa do Avante perdeu o seu carisma.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PAPA FRANCISCO e o CASAMENTO | É Possivel

"(...) É importante perguntar se é possível amar “para sempre”. Hoje, muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas, para toda a vida, parece impossível. Hoje, tudo muda rapidamente, nada dura muito tempo. Essa mentalidade leva muitos, noivos a dizer: “estamos juntos enquanto durar o amor.” Mas o que entendemos por “amor”? Apenas um sentimento, uma condição psicofísica? Certo, se é isso, então os noivos não podem construir algo sólido.
Mas se o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, nós podemos ter como exemplo o modo como é construída uma casa. Uma casa constrói-se em conjunto, e não sozinhos! Construir aqui significa favorecer e ajudar o crescimento. Caros noivos, vocês estão numa preparação para crescerem juntos, para construírem esta casa, para viverem juntos para sempre. Não queiram fundá-la sobre a areia dos sentimentos que vêm e vão, mas sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus.
A família nasce desse projeto de amor que quer crescer como se constrói uma casa, que seja lugar de afecto, ajuda, esperança e apoio. Como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também o amor que funda a família queremos que seja estável e para sempre. Não devemos deixar-nos vencer pela “cultura do provisório”! (...)"

Diálogo do Papa Francisco com os Noivos, Praça de São Pedro 14 Fevereiro 2014