Estava a meio de uma conversa com uma pessoa que já não via há muitos anos. Conversa de elevador. Nenhum ouvia, porque falavam ao mesmo tempo. Querendo dizer tudo, diziam nada. Que o outro quisesse ouvir. De repente o despertador tocou. Acordou, para mais um dia. Um grande dia, como eram todos, desde há 23 anos. Começou o ritual da manhã. Ao fim de 1h estava pronta para sair.
E, ao olhar para o que ficava atrás, pensou que um dia, quando se casar, não terá os problemas de que a grande maioria das mulheres se queixa: a pasta de dentes estava expremida a meio do tubo, não na ponta; a tampa daquilo-que-não-fica-bonito-escrever-aqui estava para cima; a cama estava feita mas os lençóis ganhavam uma nova estética por insitirem em ficar não-entalados; não tinha falado até ao café gelado, quando os olhos passaram de toupeira -2 mood para toupeira -1 mood.
Pé fora da porta e lá foi ela, para aquele que era o emprego que lhe enchia a alma, o coração e a vida.
2 comentários:
Como sabia ela que não teria esses problemas quando casasse?
Estes não vai ter, porque nisto, "ela" é igual a "eles"..
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