quinta-feira, 12 de julho de 2012

Mulheres do Séc.XXI

“Mulheres do sec. XXI, em busca dos valores” Crise, Troika, desemprego, saúde, educação, politica, etc. etc. e andamos todos cansados porque parece não vermos uma luz ao fundo do túnel!! Um túnel que se tornou um labirinto, sem saídas à vista, com muros intransponíveis e entupimentos. Que está a acontecer? Porque está a acontecer? Para que está a acontecer? Ninguém tem respostas cientificas, nem truques de magia. Mas cada uma das perguntas atrás mencionadas, tem pontos de partida. O que nos está a acontecer é o acordar de um sonho e o confronto com uma realidade que escondemos no escuro das nossas vidas, consequência de um mau uso da liberdade, da nossa humanidade. Está a acontecer um “tsunami” humano, porque descuidamos quem somos e quem são os outros. Está a acontecer para sairmos mais fortes, mais verdadeiros, mais humanos. Cada um falará do que é viver este tempo nas suas circunstâncias. Pessoalmente embora reconhecendo que a realidade está ser duríssima para muito e que muito do que acontece, também é “mea culpa”, assisto ao renascer, a um tempo de ceifa de trigo e de queima do joio. Uma poda necessária. Dói ao cortar, mas retoma a sua pujança! Um exemplo: Como já falei noutros artigos, há dois anos exatamente, começamos com uns encontros/almoços de mulheres do século XXI que preocupadas com a confusão de valores, procura num ambiente simpático, à hora do almoço ouvir, debater e refletir sobre assuntos que tivessem a ver com a sua identidade feminina. Reconheceram em primeiro lugar que aquilo que alguns pretendem impor como ser “Mulher” seria uma falsa igualdade, uma irresponsabilidade naquilo para que ela foi realmente criada e concebida. A identidade femina entrou numa esquizofrenia existêncial. Depois de muitas excelentes conquistas, em que conseguiu provar que a sua dignidade era em tudo igual ao homem, “endeusou-se” e … Em primeiro veio a mulher “faço o que quero, o corpo é meu!” com a emancipação sexual, tornando a maternidade um “fardo” com direito a sim ou não, quando eu quiser! Depois veio a mulher “executiva” ( não sou contra isso) mas que numa suposta igualdade com os homens, masculinizou-se e deixou para último lugar a construção de uma família, esquecendo por isso o Futuro. E hoje vemos muitas que estão triste e arrependidas, porque sós; não menos grave e muito banalizado, a mulher “divorciada” e o que temos são pessoas que não têm famílias naturais, mas famílias enredadas, com irmãos dum lado, do outro, que por sua vez também tem irmãos dum lado e do outro…. Chamamos maridos aos que não o são, e filhos e netos aos que são de outros…. Muito confuso. Veio ainda a mulher “abusada”, a mulher sexualmente escravizada, porque metida numa teia destas, não sabe de onde é, nem quem é a sua família!!! E cada vez há mais histórias de violência. Chegou agora uma modernice: a “mulhomem” (lésbica), nem mulher nem homem e então entraram a “matar” os lobbies gays, com falsos direitos de … (já todos estamos cansados de saber); acabou-se com a maternidade e paternidade para se chamar progenitores!!! E por aí fora… Como disse, estes almoços estão a ser um fenómeno, porque aquilo que era para algumas amigas(começamos 3), tornou-se um movimento nacional (com almoços em Évora e a começar no Porto, em Coimbra, no Algarve), e até em Bruxelas chegaram ecos do se tem falado e querem muito conhecer-nos. E as perguntas que fazemos são: 1 .Porque estão a ser um sucesso estes almoços? R1. Têm sido um sucesso porque não roubam tempo à família (não se fazerm à noite, nem ao fim de semana), são pontuais (podem organizar-se no trabalho), tem um preço acessível e sobretudo abordam temas que estão implícitos na identidade da mulher. Servem como formação e são oportunidades de convívio e de encontro com mais que pensam como nós. 2 .Que tipo de mulheres vão? R2. Vão todo o tipo de mulheres, mas o que mais espanta é que 99% destas mulheres eu nunca as tinha visto na vida! São donas de casa, advogadas, médicas, enfermeiras, juízas, engenheiras, professoras universitárias e do liceu, estudantes universitárias, artistas, escritoras, jornalistas, decoradoras, comunicadoras, presidentes de associações como o Cancro, cientistas, da área da bioética, bancárias, executivas, dos 16 aos 85 anos, casadas, solteiras, viúvas, divorciadas, mas todas com uma coisa em comum: a busca de valores que sabem fundamentais para a reconstrução da sua família, da sua sociedade. 3 .Que temas têm atraído tantas mulheres? R3. Os temas têm vindo num crescendo e procuramos ter oradoras á vontade nos temas e já refletimos sobre os seguintes: 1º almoço – “politicas de família; e educação sexual obrigatória na escola” (ninguém faz ideia do que se ensina!!!) – Ana Cid e Alexandra Chumbo (Vice- pres. Da APFN e psicóloga clinica respectivamente) 2º almoço – “Moda e comportamentos” – Roberta Resende (consutora de moda) 3º almoço - “conciliação Família/Trabalho” – Fátima Carioca (professora na AESE) 4º almoço – “ a Mulher numa sociedade sustentável” – Isilda Pegado (Pres. FPVida) 5º almoço – “ educar no sec. XXI” – Alexandra Chumbo (psicóloga clinica) 6º almoço – “ Maternidade e ética, um desafio para a mulher” – Marta Mendonça (filósofa, prof. universitária) 7º almoço – “ na Família, a solução” – Fátima Fonseca (CENOFA e professora de inglês) Escrevo isto porque mesmo para nós católicas, peregrinas temos sempre muito a aprender. Peregrinar mais longe, ousar olhar e ver outros horizontes. Temos e devemos falar mais vezes destas coisas, suportadas com bons fundamentos. Esta é uma forma de não sermos moralistas ou beatas, mas apostolas dos valores. Esta é na verdade a Nova Evangelização. Sofia Guedes Julho 2012

2 comentários:

CM disse...

Ao ler aqui e já também noutros sítios, pergunto-me porque não ousei em ir.
Vamos ver se vai ser no próximo!
Porque gosto tanto do que vocês dissem e seria tão bom ouvir mais a dizer/fazer.
Beijinhos

alexandrachumbo disse...

Ahhh tens mesmo de vir Cláudia! Tenho a certeza que vais gostar! No próximo não podes faltar!!!