Perante estes acontecimentos tenho me lembrado da história de quando estreou o filme Casablanca, no cinema açoriano. Era uma história, ou melhor era História, que o avô Francisco contava-me, sem se fartar de contar e eu sem me fartar de o ouvir.
Ele tinha uma grande admiração pelos franceses, "símbolo de liberdade", dizia-me, com o seu espirito revolucionário e o seu caracter de historiador, contava-me como o cinema fora um aliado nesta luta "eu vivi tempos de guerra, em que a história foi escrita não pelos vencedores, mas pelos corajosos, pelos mártires, pelos homens coerentes, incorruptos, que lutavam pela dignidade, pela vida, pela justiça e pela liberdade. No dia em que, nos Açores, chegou às salas de cinema o filme "Casablanca" isso não nos era indiferente, nós sabíamos o que era a guerra, nós sabíamos o valor da nossa liberdade, por isso, no filme, quando Victor Laszlo mandou tocar La Marseillaise, frente aos Nazis e, juntamento com aqueles dissidentes, todos nós, naquela sala de cinema nos levantamos, todos nós nos pusemos de pé e cantamos, ou melhor gritamos, com as lágrimas nos olhos, o hino da França, porque sabíamos que ali estava o sangue dos que morreram pela nossa liberdade... Naquele cinema podíamos ser um pequeno grupo de açorianos, homens e mulheres que aparentemente viviam isolados nas ilhas, mas tínhamos fé na humanidade."
Perante estes acontecimentos não me é indiferente ouvir La Marseillaise, afinal de contas, eu também tenho fé na humanidade.
Ele tinha uma grande admiração pelos franceses, "símbolo de liberdade", dizia-me, com o seu espirito revolucionário e o seu caracter de historiador, contava-me como o cinema fora um aliado nesta luta "eu vivi tempos de guerra, em que a história foi escrita não pelos vencedores, mas pelos corajosos, pelos mártires, pelos homens coerentes, incorruptos, que lutavam pela dignidade, pela vida, pela justiça e pela liberdade. No dia em que, nos Açores, chegou às salas de cinema o filme "Casablanca" isso não nos era indiferente, nós sabíamos o que era a guerra, nós sabíamos o valor da nossa liberdade, por isso, no filme, quando Victor Laszlo mandou tocar La Marseillaise, frente aos Nazis e, juntamento com aqueles dissidentes, todos nós, naquela sala de cinema nos levantamos, todos nós nos pusemos de pé e cantamos, ou melhor gritamos, com as lágrimas nos olhos, o hino da França, porque sabíamos que ali estava o sangue dos que morreram pela nossa liberdade... Naquele cinema podíamos ser um pequeno grupo de açorianos, homens e mulheres que aparentemente viviam isolados nas ilhas, mas tínhamos fé na humanidade."
Perante estes acontecimentos não me é indiferente ouvir La Marseillaise, afinal de contas, eu também tenho fé na humanidade.
(Santa Missa celebrada pelas vitimas dos ataques terroristas - Notre Dama Paris)
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