quinta-feira, 2 de abril de 2015

Porque hoje é Quinta-feira Santa

(na Quinta-feira Santa, a Quinta-feira antes da Páscoa, há o costumo de meditar o mistério do Sacerdócio. Numa altura em que se vê tanto preconceito para com esta entrega, deixamos o testemunho, de quem vive e de quem se alegra:)
 


Ser mãe de um sacerdote, agora 
 
Hoje pensei que me competia dar um testemunho do que representa na minha vida, o facto de ser, desde o ano de 2000, mãe de um sacerdote.
É difícil transmitir, expressar, o que foi o dia em que soube da sua ordenação, e a maravilha da celebração, em Roma: olhá-lo com outros olhos, com respeito e carinho!
Alegria, gratidão e exigência foram, não sei se por esta ordem, os sentimentos que dominaram o meu coração nesse momento, simultaneamente, é claro, com as lágrimas que teimosamente corriam dos meus olhos. Também se chora de alegria!
Encheu-se-me o coração de alegria com duas facetas bem distintas: a humana e a  sobrenatural. Da humana não vale a pena falar. Da sobrenatural, dessa sim, falarei e associá-la-ei à gratidão.
Jesus, que alegria querer lembrares-te do meu filho para Te servir, para ser capaz de dizer não a tantas solicitações do mundo em que vivemos!
Jesus, que alegria pensar que, ao longo da sua vida, vai certamente ajudar tantas almas, corrigir os seus erros, trazer todos os dias ao altar o Teu corpo e sangue para nosso alimento, que ajudará a partir em paz tantas almas, desta vida para a outra, que não tem ocaso!
Jesus, obrigada, e que alegria pensar que sempre encontro no meu filho a Tua palavra serena, que traz Paz à minha alma e à de toda a família, e que sempre tem a dizer-nos aquilo que, nos momentos mais difíceis precisamos de ouvir.
Quando estou com ele, a alegria transborda, mas há também aquele respeito que é devido a um ministro de Deus. Será que isto se entende?
Rezo muito por ele, certamente, como as outras mães dos sacerdotes, para que seja fiel à sua vocação e ao compromisso que livremente assumiu com Jesus Cristo.
Ser mãe de um sacerdote obriga-me a ser melhor filha de Deus, a ser exigente no meu viver de cristã, no testemunho de uma vida autêntica e coerente, vivida com a fidelidade a Cristo e ao Evangelho.
Se uma ou outra mãe de um sacerdote, porventura, sentir alguma vez tristeza porque o seu filho, tendo recebido o sacramento da Ordem, veio desfazer os seus sonhos quanto a um futuro diferente, a ela, espero que estas palavras ajudem.
Ser mãe de um sacerdote leva-me a estar sempre numa contínua acção de graças, mais ainda hoje, agora, neste ano especial para a nossa Mãe, a Igreja, e neste tempo tão carenciado de testemunhos positivos e de valores!
Maria Rocha, Professora
Diário do Distrito
 

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