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terça-feira, 4 de abril de 2017

My body is not for sale | A prostituição é um trabalho? por Pedro Afonso

O psiquiatra Pedro Afonso falou-nos das consequências das medidas lunáticas ou ingénuos dos nossos insolentes políticos. Digamos, que ninguém melhor que um psiquiatra, para nos fazer reflectirmos sobre essas consequências:

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Já nos vamos habituando a assistir com regularidade a iniciativas legislativas, imbuídas de um certo “delírio de grandeza”, que prometem levar as massas a um caminho de felicidade e progresso. De tempos a tempos surge no palco mediático uma personagem política a proclamar, com o ardor próprio dos profetas, um pacote de medidas salvíficas destinadas a serem implementadas na sociedade. E foi o que aconteceu recentemente. De uma rajada, o Conselho Nacional do PS aprovou a legalização do suicídio assistido (eutanásia) e a criação de legislação para elevar a prostituição ao estatuto de “trabalho legal”.
Esta extraordinária hiperatividade legislativa, talvez sirva para para distrair o povo dos graves problemas que o país atravessa, mas não serve seguramente para melhorar a dignidade da vida humana. Os argumentos que suportam estas iniciativas legislativas estão repletos de eufemismos demagógicos: dignidade, liberdade individual, progressismo legislativo, etc. Mas se nos libertarmos desta “narcose demagógica”, percebemos que afinal estas medidas políticas, que nos tentam agora impingir, não servem o bem comum, nem tão-pouco irão ajudar a criar o tão desejado Paraíso terrestre.
Um dos argumentos usados para a legalização da prostituição assenta na opinião de que esta atividade deve ser considerada um trabalho; um “trabalho sexual”. Se julgarmos que a prostituição é uma atividade laboral, é legítimo que esta se legalize e que seja sujeita às regras do código do trabalho. Mas, convém sublinhar que, a prostituição não é um trabalho. A prostituição transforma o corpo de seres humanos em mercadoria transacionável, passando a ser objeto de aluguer de curta duração. A situação tem tanto de ridículo como de absurdo, já que um cliente insatisfeito com o serviço poderia usar o livro de reclamações, ou porventura pedir a devolução do dinheiro pago, alegando má qualidade do serviço.
A ideia de que a legalização da prostituição é uma forma de proteger a mulher e de lhe dar mais dignidade é falaciosa. A prostituição martiriza o corpo da mulher, corrompe a sua mente e rouba-lhe o futuro. Por razões profissionais, conheço algumas histórias de mulheres que passaram pela prostituição. Nunca escutei uma palavra que fosse no sentido de reclamar a legalização da atividade ­— essas encontram-se apenas nas cabeças de algumas luminárias políticas ­—, mas testemunhei vidas destruídas por um percurso que está muitas vezes associado ao consumo de drogas, aos abusos e maus-tratos, à perda da sanidade mental e à destruição da dignidade da pessoa humana. Por conseguinte, a legalização de uma atividade intrinsecamente má não vai fazer dela uma coisa boa ou respeitável. Do mesmo modo, a legalização do consumo das drogas não leva a que a sua utilização seja recomendável. Não serve de consolo para ninguém que um ser humano se autodestrua de forma higiénica e legal.
A iniciativa legislativa de elevar a prostituição ao estatuto de trabalho sexual revela ingenuidade política e uma grande falta de conhecimento das razões que levam as mulheres (e homens) à prostituição. Além disso, considerar a prostituição como uma via profissional seria um péssimo sinal para os mais jovens, já que são aqueles que estão mais expostos a este caminho, onde o corpo se transforma num mero instrumento de prazer sexual e nada de positivo se constrói. Os jovens ­— principalmente os provenientes de meios sociais mais desfavoráveis — ficariam mais vulneráveis aos abusos sexuais, e à manipulação por oportunistas perversos, já que passando a ser legal “vender serviços sexuais” a sua compreensão, sobre aquilo que é um comportamento ajustado, ficaria afetada por uma legislação imoral.
Vivemos uma época viciosa que, em nome da liberdade, consagra falsas virtudes. A prostituição não promove relações humanas saudáveis, fomenta uma visão distorcida da sexualidade humana, desumaniza as pessoas convertendo-as em objetos de uso, e alimenta uma cultura do descartável: “usar e deitar fora”. A legalização da prostituição é na verdade uma infâmia, configura uma desonra ao mesmo tempo que corrompe a civilização humana.

terça-feira, 14 de março de 2017

aprendi uma nova palavra #5


con·fi·an·ça sf
1. Coragem proveniente da convicção no próprio valor.2. Fé que se deposita em alguém.3. Esperança firme.4. Atrevimento.5. Insolência.6. Familiaridade.

Mais ou menos isto: AQUI






domingo, 29 de janeiro de 2017

Um pouco de introspecção politica para começar bem a semana:

O mistério do #SalárioMínimo. Outras perspectivas. Não será um problema de #Impostos? Quem dá, verdadeiramente, voz aos #TrabalhadoresPrecários


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"Não existe um salário mínimo nacional. Existem dois: o salário mínimo que os trabalhadores recebem e o salário mínimo que as empresas pagam. Esses salários estão muito longe de coincidirem, e numa economia com problemas crónicos de produtividade é fundamental sublinhar essa tremenda divergência. Por opção do governo e imposição dos seus parceiros parlamentares, o salário mínimo para os trabalhadores subiu para os 557 euros. Mas o salário mínimo para as empresas – aquilo que uma empresa paga por cada mês de trabalho efectivo do seu funcionário – subiu para os 877,3 euros.

As contas são fáceis de fazer. Em primeiro lugar, há que somar aos 557 euros a famosa TSU das empresas, que se situa nos 23,75%. Dá quase 690 euros mensais. Depois há que multiplicar esse valor pelos 14 meses de salário anual. São 9650 euros. De seguida, na perspectiva da empresa, esse valor tem de ser dividido por 11, porque qualquer trabalhador português que tenha a sorte de estar no quadro recebe mais três meses de salário por ano do que aqueles que trabalha. Resultado: por cada mês de trabalho efectivo de um funcionário a ganhar o salário mínimo, uma empresa paga exactamente 877,275 euros. Este número deveria ser tão merecedor de atenção quanto os 557 euros de que toda a gente fala. São 320 euros de diferença que explicam muita coisa: os problemas que as empresas mais frágeis enfrentam perante subidas consecutivas do salário mínimo; a necessidade de encarar o aumento da produtividade como prioridade do país; e o facto de a precariedade, essa grande bandeira de esquerda, estar a ser diariamente promovida e patrocinada pelos mesmos partidos que garantem combatê-la com afinco.

Esta, aliás, é a maior mentira do sistema político português: é pura e simplesmente ridícula a ideia de que o PCP e o Bloco Esquerda são os partidos que estão ao lado dos mais fracos. PCP e Bloco são partidos dos trabalhadores, de gente que está no quadro das empresas, que ganha 14 salários por ano, e que tem poder de mobilização e de reivindicação. Os precários a recibo verde e os desempregados são alvos da sua comiseração, mas não da sua acção. Bem pelo contrário. Medidas como a subida em quatro anos do salário mínimo do trabalhador até aos 600 euros (salário mínimo da empresa: 945 euros), apenas agrava a hipótese de algum dia virem a ter um emprego estável, estimulando o círculo vicioso da prestação de serviços e do falso recibo verde. A razão é óbvia. Há em Portugal milhares de empresas que podem dispor de 600 euros mensais para pagar a um trabalhador, mas que não têm 900. E com o salário mínimo artificialmente fixado nesse valor, só há duas hipóteses: ou não se dá emprego, ou pagam-se 600 euros por trabalho a tempo inteiro camuflado de prestação de serviços.

Esta tem sido a história da economia portuguesa ao longo das últimas décadas. Esta tem sido a história de pequenas empresas que todos conhecemos, e que não são geridas por opressores das massas trabalhadoras mas por gente que se esfalfa mês após mês para conseguir pagar as contas. Eu sei isto. Mário Centeno sabe isto – aliás, escreveu-o num livrinho chamado O Trabalho, Uma visão de mercado. Desconfio que até PCP e Bloco saibam isso. Mas, lá no fundo, no fundo, não querem saber, porque o seu mercado é outro. Não o dos precários e dos desempregados. Antes o mercado da classe média com emprego para a vida. Um emprego que pode ser mal pago, com certeza, mas que está lá – e raramente falta."



sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Don’t euthanize me

Nasceu um blog, que é mais uma plataforma multidisciplinar, criado por cidadãos portugueses preocupados, com a necessidade de esclarecer a cerca do tema que a gerigonça nos quer impor: a eutanásia.
Esta plataforma fala-nos dos números, conta-nos histórias que são consequências reais, transmite a opinião de médicos e doentes.

Num país em que o governo não apoia suficientemente os cuidados paliativos, torna-se "óbvio" que a resposta mais fácil é a eutanásia, mas será a mais digna e a mais humana?

Assim o blog HEart vem prestar o apoio:

STOP eutanásia



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Enquanto passeava pelos textos do blog encontrei uma história que me deixou-me inquieta.
Christine Nagel, uma cidadã idosa, que teve de tatuar um apelo que em tempos era senso comum: para que os médicos não a matem caso chegue ao hospital inconsciente.
Sim chegamos a este ponto de medo e de insegurança, a medicina para tratar tornou-se selectiva, pela idade e sei lá mais o quê...
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Depois de em Junho de 2016 ter entrado em vigor legislação federal no Canadá que cria um novo quadro regulamentar para assistência médica na morte, o suicídio assistido passou a ser legal naquele país. Foi então que a canadiana Christine Nagel, uma avó de 81 anos que vive em Calgary, se fez fotografar exibindo uma tatuagem no braço com a frase “Don’t euthanize me”, “Não me apliquem a eutanásia”. Em declarações à imprensa local, Nagel diz tratar-se de um "sério alerta" para evitar que a medicina "se furte ao cuidado dos doentes, deficientes e idosos".

Na mesma linha, em Dezembro passado, a Associação Americana de Psiquiatria (APA) tomou posição contra a eutanásia, sustentando que "um psiquiatra não deve prescrever ou realizar qualquer intervenção que conduza à morte uma pessoa não-terminal. Isto implica considerar não-ético para um psiquiatra ajudar uma pessoa não-terminal a cometer suicídio, quer fornecendo os meios, quer por injecção letal directa, como é actualmente praticado na Holanda e na Bélgica". A APA teme que o Canadá e vários estados dos EUA estejam a caminhar naquela direcção. Vários pacientes psiquiátricos estão a ser ajudados a cometer suicídio por organizações activistas como a Final Exit.
Fonte: Aleteia.org

quarta-feira, 16 de março de 2016

A Assembleia, o IVA e o copo menstrual

 
A saga "legislar no que é importante" continua...
Quando vemos que o nosso parlamento legislou sobre o IVA nos copos menstruais é impossível não sentir um certo desconforto - é para rir ou para chorar? - perante um cenário de crise (...na pecuária), entre urgentes politicas publicas... foi mesmo sobre copos menstruais.
Imaginar os deputados a debaterem o tema, com aquela autoridade de quem está a salvar o planeta, homens e mulheres a votarem sobre tão pertinente legislação, batendo palmas a si próprios pelo seu feito.... e no outro dia percebem que afinal legislaram por uma medida que já existia.
Mais uma vez o PAN demonstra no parlamente uma falta de seriedade e uma tremenda imaturidade politica, querem mudar à força, mudar só por mudar, por pretensões revolucionárias e mudam o que está mudado...
Está na altura de 1) sentar e ler um pouco da história (nunca fez mal a ninguém); 2) estudar as politicas publicas do país; 3) perceber quais são as verdadeiras necessidades do povo.
Enquanto isso o PAN não vai deixar de ser uma espécie - daquele funcionário da monarquia, que estava encarregado de entreter o rei e a rainha, fazê-los rirem, conhecidos pelo  - bobo da corte.
 
 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O que é que eu tenho a ver com o orçamento?

Assim de repente, a resposta para a maioria das pessoas podia ser: nada.
Não temos de o elaborar, não temos de o executar, nem temos de o perceber.

Mas... e se tiver alguma coisa a ver connosco? Imaginemos os seguintes 3 exemplos:

  • Impostos sobre o combustível
- Se eu tiver carro, vou pagar mais? 
- Parece-me evidente.
- Ah mas como não tenho... 
- Alto e pára o baile! Quando compras a merenda na escola, de onde vem?
- De onde vem? Ora, vem da senhora atrás do balcão...
- Sim, mas quem lho entrega a ela?
- Ah, então o Sr António que vem naquela camioneta grande entregar os produtos...
- Pois, porque a merenda é feita em Almeirim, e tem de vir ter à escola num transporte, que por acaso usa combustível.
- Oh mas vai ficar mais cara a merenda?!
- Possivelmente. Ou então o Sr António ganha menos dinheiro. E o mesmo para os chocolates, as frutas e legumes, até a roupa que a mãe te compra.

  • Fim do quociente familiar
Cada filho adicional vai ficar mais caro ao casal, porque em vez do quociente haverá um valor fixo por filho.
Qual é o mal?
Depende: Se achamos que a sociedade ter filhos, multiplicar-se, formando-os e tornando-os capazes de trabalhar (e contribuir para a Segurança Social) é uma coisa boa, então um desincentivo económico é mau. 
Se achamos que o ideal é haver pouca gente a ter filhos, idealmente só os mais ricos, porque as crianças fazem barulho e ranho e não acrescentam nada para a sociedade (talvez nem aos próprios pais), então nesse caso acho que esta medida pode ser aplaudida.

  • Imposto sobre as transacções
O senhor do café, o senhor do chinês, a senhora da mercearia (e também os senhores da Zara) - todos vão pagar mais por cada vez que nós pagarmos com cartão.
E então?
Bom, sabem aquelas raras vezes em que ainda ouvem "Não temos multibanco"? É provável que aumentem.
Ou quando dizem "Só aceitamos multibanco para valores superiores a 542€" - porque nesses valores em principio o que pagam a mais por uso do cartão é menos do que o que a loja ganha com uma venda desse valor. (Não esquecer que ambos os casos podem resultar em perda de vendas - mas isso é problema do dono da loja).
Se o comércio ainda tiver MB, para não perder vendas, como vai pagar mais por cada utilização, acham que os preços vão
(a) aumentar?
(b) manter-se?
(c) diminuir?
Pois, provavelmente é (a).

Então, no orçamento estão coisas que podem de facto tornar a minha vida mais cara? Pois. É exactamente isto que eu tenho a ver com o orçamento. Raios m'apartam!



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

família. maternidade. vida


Para chegarmos às 35 mil assinaturas, legalmente exigidas para que o parlamento seja obrigado a apreciar e votar a proposta de lei , é preciso que cada um de nós faça a sua parte recolhendo uma, poucas ou muitas. + infos: AQUI