segunda-feira, 26 de março de 2012

Nos bastidores da Greve Geral...

O direito à greve, apesar, historicamente ter sido um direito mais necessário na manutenção da liberdade, é sem duvida um precioso direito que nos assiste, por isso quero deixar desde já claro a minha opinião, que para mim a greve faz parte dos Direitos Humanos e consequentemente da conservação da democracia.
Mas o país está em crise, ou pior, na bancarrota, e é com greves que resolvemos?
No dia 21, quarta-feira véspera do dia da Greve Geral, fui jantar com umas amigas, como é normal à quarta-feira. Quando estava a ir para casa, ia apanhar o meu habitual autocarro e deparei-me numa situação constrangedora, a Greve Geral do dia 22 de Março começa na véspera às 10h30 da noite e acaba somente na manhã do dia seguinte, dia 23!
Não foi porque demorei mais de 2 horas a chegar a casa, nessa noite, que a situação era constrangedora! Foi porque vi centenas, pessoas que estavam a tentar ir para casa depois de um dia de trabalho e não podiam, foi porque muitas dessas pessoas eram mães de família, que fizeram noite de trabalho nos restaurantes, cafés, lojas... elas não eram os gestores ricos das nossas empresas, que estes senhores estão a tentar atingir. Porque nenhuma dessas pessoas tinha dinheiro para apanhar um táxi. Porque tinham de acordar cedo no outro dia (mais do que o costumo pois iriam ficar no mínimo 30m/1h à espera de transportes) para poder trabalhar.
Cada vez mais, noto que as Greves Gerais mais do que aos gestores afectam verdadeiramente os trabalhadores, ou aqueles que querem e precisam de trabalhar.
PS: no dia antes, terça-feira tinha visto o carro do PCP a distribuir panfletos, na Baixa de Lisboa, acerca da greve, o carro era um alfa romeo novo em folha.

1 comentário:

Maria disse...

É porque somos nós que lhes pagamos os salários. Por mais prejuízos que estas empresas públicas tiverem, o Estado (leia-se: nós, os Portugueses) paga sempre e cobre os custos. E agora além disso: viciaram-se em greves.