Somos mulheres e homens do séc.XXI. Vivemos num mundo de sobre-informação, e por isso não há desculpas.
O que eu hoje vos proponho, é falar do Halloween. Da sua história, a verdadeira e não a que é apregoada nalguns livros e sites, e desmistificar alguns mitos.
Porque somos pessoas interessadas, informadas, e com sentido crítico. Assim:
1. A festa do Halloween vem da celebração cristã do All Hallow's Eve(ning), Véspera de Todos os Santos.
Nestas festividades as populações encenavam a passagem do Purgatório para o Céu.
O Purgatório é o estado de purificação que prepara as almas para o Céu. Está associado à purgação dos pecados cometidos na Terra e das consequências desses actos, e por isso, associado também a um eventual sofrimento. Assim sendo, as encenações relativas a esta fase retratavam os mortos com dor e o conflito na Terra entre as escolhas boas e as tentações. Mas logo de seguida, celebrava-se a sua passagem para o Céu, e para o estado máximo de felicidade, festejando os santos, no Dia de Todos os Santos.
2. A festa Samhain vem da celebração pagã do fim do Verão, e acontecia entre 30 de Outubro e 7 de Novembro. Esta celebração do fim do Verão foi-se misturando, a pouco e pouco, com as celebrações druidas que coincidiam nas mesmas datas e que exaltavam a festa dos mortos: para o druidismo, os mortos estariam num lugar de perfeição, sem dor nem pena, e por essa razão, durante estas festividades, acreditava-se que a actividade mediúnica traria os espíritos dos mortos, para que estes se pudessem reencontrar com as suas famílias, trazendo-lhes paz, e levar consigo aqueles cuja hora
teria chegado.
3. Assim como quem conta um conto acrescenta um ponto, a proximidade temporal destas festas gerou a confusão que hoje ainda perdura, inclusivé na fiável wikipédia.
O problema é que esta confusão não foi só a nível literário, mas também, e sobretudo, a nível prático.
Por essa razão, hoje temos um Halloween que não é mais do que uma amálgama non-sense de tradições de origens díspares. Uma festa dos mortos, de bruxas, zombies, vampiros, sustos, abóboras, teias de aranha absolutamente desprovida de sentido, mas que ao nosso espírito crítico não podia escapar.
Umas culturas foram absorvendo outras e o que temos hoje é um Carnaval de mau-gosto.
Aliás, "Dia das Bruxas" é um termo puramente latino, que não tem par na cultura anglo-saxónica. Ou seja, achamos que celebramos o mesmo em Portugal que nos EUA, quando na verdade até lhe damos nomes completamente opostos.
Nalgumas regiões do Mundo tem-se tentado um regresso às origens, celebrando o Halloween como se fosse um Carnaval de Todos os Santos, ou seja, as crianças também batem à porta a pedir guloseimas e o "Pão por Deus", mas mascaradas de Santos. O que até é bem engraçado e talvez torne as nossas crianças mais cultas do que as tornam os fatos de bruxas, demónios, vampiros e múmias ensanguentadas.
O que acham? Eu estou ansiosa para fazer isto com os meus filhos no próximo ano!! Ficam tãaao giros!
E esta Madre Teresa?? |
Santa Teresinha amorosa! |
Reparem neste S. Francisco de telemóvel... Lá se foram os votos de pobreza |