Somos donos das nossas vidas. Somos livres, todos nós, embora muitas vezes não saibamos usar essa liberdade ou qualifiquemos de livres as opções que são tudo menos isso. E é através do uso - sério, real, verdadeiro - da liberdade que tomamos as opções de todos os dias, de toda a vida.
É no expoente máximo da minha liberdade que decido passar o resto da minha vida ao lado de alguém. Ou que decido não me meter nisso.
É no expoente máximo da minha liberdade que decido passar o resto da minha vida ao lado de alguém. Ou que decido não me meter nisso.
Sendo algo tão grandioso, é normal que não gostemos que se intrometam nas decisões que, pessoalmente, queremos tomar. E faz sentido que assim seja. Ouvir conselhos é muito bom, ajuda a pensar e a decidir talvez mais conscientemente. Mas quem aconselha não pode nunca achar que a sua opinião é superior à de quem ouve, sob pena de este último já não estar sequer a ouvir quando aquele começa a falar.
Percursos de vida. Cada um faz o seu. Cada um olhará para trás, mais tarde, e confirmará se tomou ou não as opções certas. Se há espaço para arrependimentos? Há, claro que há. Não vou na cantiga do "só te arrependes daquilo que não fizeste" porque claro que há sempre coisas que, veremos mais tarde, poderíamos ter feito melhor. Mas, se são os outros que vivem as vidas por nós, o único arrependimento que podemos sentir é o de não termos deixado a nossa marca em tudo aquilo por que passámos.
2 comentários:
Obrigada!!
Teresa concordo com tudo o que disseste no post. Hoje em dia as pessoas, mesmo as mais próximas, não se escusam de dar a sua "opinião pessoal" (coisa que, por orgulho ou talvez não, sempre me irritou solenemente) sobre todas as coisas das nossas vidas. O problema está quando estes conselhos/ opiniões, na minha visão a maioria das vezes, não são dados nem de forma gratuita, nem de forma desinteressada, mas sim como uma imposição do que deve ser feito, e diria até como um julgamento aos nossos actos. Gratuitos não são, porque caso não abarquemos a opinião e as coisas corram mal lá vai aparecer o sempre simpático "eu avisei-te, agora aguenta-te à bronca".
Talvez seja o meu orgulho que fica ferido com tantos opinadores experientes da vida, com tantos especialistas do sentimento e da vida, com tantas pessoas que viveram realmente a vida, e só este pacóvio que sou eu é que não percebe nada disto, ou talvez seja a forma e o conteúdo dos conselhos dados, mas a verdade é que os conselhos dados em direcção espiritual não ferem nem magoam pois têm um fundo e um objectivo intrinsecamente bons, qual será então a diferença?
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