Felizmente nos EUA, ser uma stay-at-home-mom – ou uma
“homemaker” – é uma opção ligeiramente mais comum e não algo que seja exclusivo
de mulheres católicas. Desta forma, cresci com vários modelos à minha volta, de
como isto pode ser feito e o racional por detrás desse lifestyle.
Assim,
aqui ficam algumas ideias que podemos considerar e verificar como isto é uma
boa, e algumas vezes até a melhor, opção para as nossas famílias. Primeiro,
quando escolhes o casamento e desta forma, a maternidade, como a tua vocação,
deverás estar atenta à vontade de Deus para essa tarefa, de forma a remover
todo o orgulho egoísta e pressupostos enviesados, impedindo desta forma que
tomes opções que vão contra o verdadeiro crescimento da tua família. Devemos
ter cuidado, porque o feminismo moderno nos confunde
quanto à forma de pensarmos no nosso crescimento enquanto mulheres.
Antes
de mais, a ideologia feminista das décadas anteriores, desde os tempos de
Simone de Beauvoir, insistiu que a maternidade é algo que não preenche e que
chega a ser injusto, impedindo a mulher de alcançar o sucesso público (como o
homem) e limitando-a à esfera privada da sua família. Assim, muitas mulheres
atualmente, assumem que ficar em casa com os filhos é repressivo e que não tem
qualquer valor existencial, social ou pessoal, meramente pelo facto de não
envolver, necessariamente, reconhecimento público ou uma remuneração.
Mas
esta aparente superioridade do público sobre o privado é falsa, e está
interligada com o sucesso e o reconhecimento que sentimos dos outros e que se
encontra em tensão com aquilo em que acreditamos: que devemos fazer o que está
correto independentemente do que os outros poderão pensar. Ser mãe não traz
agarrado um cheque ou uma mega promoção profissional, mas tal como referi
anteriormente, o valor e o produto final do esforço e trabalho de uma mãe é
diferente, e não é pior do que todos esses “sucessos”.
Quando pensas no estilo
de vida que terias que suportar para sustentar a tua família, pensa antes se
são os teus futuros filhos que precisarão realmente desse nível de vida ou se
se tratam apenas dos teus próprios desejos de viver de uma certa forma, com
certos confortos, bens materiais, etc. Mais uma vez, será que deixamos as nossas
expectativas e desejos enevoar a forma de discernirmos quanto ao bem da nossa
família?
To be continued..
Eva Marie Haine is a recent
graduate of Princeton University, United States and was currently living and
teaching in Lisbon, Portugal. Traduzido por Ana Ulrich.
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