Será que alguma vez paramos de crescer? Ficar crescidos mesmo, adultos responsáveis e sem medos, confiantes em qualquer ocasião, sem espaço para "ai, e agora...", senhores de nós próprios?
Eu acho que não. Lembro-me de andar no 6.º ano e olhar para os do 9.º a achá-los super crescidos. Então as miúdas! Elas era roupa diferente, elas era olhares ultra confiantes de quem já tem todo um leque de vivências que eu ainda tinha que descobrir, adultas no seu mais alto nível. Depois, quando cheguei ao 9.º ano, pensei: "Cadê a confiança e todas as vivências que, por esta altura, deviam constar de já tão longa existência?".
Hoje, longe desses tempos de escola, vejo que o crescimento não acaba nunca, que nunca "já se é crescido", vai-se crescendo sempre. E que, embora muitas vezes seja preciso vasculhar um bocadinho, sempre encontraremos uma criança dentro de nós, que não nos deixará nunca. A criança que é rabugenta porque não aprendeu a dar a volta, ou a criança que tem medo de estar sozinha (mesmo no topo dos seus 40 anos), ou a criança que veste uma roupa nova e se sente insegura porque não recebe das amigas o feedback que lhe daria essa confiança.
E pensar que somos todos assim - todinhos, não me venham com histórias - dá-me alguma tranquilidade ao olhar para o futuro. Saber que um dia vou ser casada e não vou saber tudo, que um dia vou ser mãe e não vou saber tudo, que já sou mulher e não sei tudo. E mostra-me que talvez tenhamos muito a aprender com as crianças que são assim chamadas, sem encobrimentos.
E pensar que somos todos assim - todinhos, não me venham com histórias - dá-me alguma tranquilidade ao olhar para o futuro. Saber que um dia vou ser casada e não vou saber tudo, que um dia vou ser mãe e não vou saber tudo, que já sou mulher e não sei tudo. E mostra-me que talvez tenhamos muito a aprender com as crianças que são assim chamadas, sem encobrimentos.
4 comentários:
Teresinha, nem imaginas o quanto me sinto criança...tantas vezes!! Ainda hoje passaram na televisão uma série de músicas dos anos 90, a fazer lembrar a infância e comentei com o miguel que, para mim, ainda ontem tinha quase a idade da Pilar. Lembro-me de tudo tão bem, que custa a acreditar que já se passaram 20 anos. Precisamente porque ainda me sinto frágil.
Teresocas..é mesmo!
Obrigada pelo post!
Parabéns pela imagem! Giríssima e muita bem apanhada!
É tão, mas tão verdade... e olhamos para os outros e achamos que eles já cresceram, que são confiantes. Mas cá no fundo, dentro da nossa caixinha, pensamos, somos frágeis, temos dúvidas e inseguranças.
O importante é vivermos e avançarmos sem medo. =)
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