domingo, 8 de maio de 2016

A propósito d´ "In vino veritas"!!!


Por detrás de um copo está todo um ramalhete de acontecimentos....




Antes de o vinho ser vinho, é videira, cresce com várias formas de ramificação (sistemas de condução), o fruto amadurece e passa ao néctar dos Deuses! Tudo acontece pela combinação das estações (Inverno-Primavera-Verão-Outono) e cada dia do ano.
Inverno, um rancho de trabalhadores e toda a panóplia de ferramentas fazem as operações de cabeleireiro ou melhor a poda de inverno! Vinha podada depois dos tempos de invernalização, rasga a Primavera com os primeiros dias de calor e anunciam-se as primeiras folhas; botões florais; borbotos; pâmpanossarmentos.
Como a vinha é uma Senhora muito bem cuidada, com a mudança da estação volta a urgência de uma ida ao cabeleireiro - a chamada intervenção em verde. Corte aqui, corte acolá, tudo para ter uma figura ou estrutura mais elegante e adivinhar fruta fresca e saborosa. Orienta os seus ramos com a ajuda dos arames e protege-se dos seus inimigos - com tratamentos eficazes.
Com a chegada do Verão cresce paulatinamente para atingir a sua maturidade. A uva que era verde, muda de cor expondo a sua luxúria cromática, a chamada fase do pintor.
A uva com notas de equilíbrio de açúcares e acidez anseia por chegar aos seus aposentos,i.e. a adega. Soma-se mais um rancho folclórico que faz a festa e prepara para a sua animada caminhada.
Na adega as uvas frescas recebem as últimas transformações para se tornarem em sumo (ou mosto). Como o sumo convertido é exigente no recurso ao descanso, repousa em modernas vasilhas ou estagia em magníficas barricas, para depois passar para a forma slim de uma garrafa. Por fim, a garrafa adorna-se com o seu nome de era uma vez uma uva para um in vino veritas ..................




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