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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Porque somos todos Emigrantes

Os Emigrantes, Domingos Rebelo
 
Com os refugiados estamos a ganhar uma visão sobre a imigração, infelizmente muitos caíram no erro da arrogância e, ouso em dizer, da estupidez, do discurso racista. Afinal de contas nós também somos um povo de emigrantes. Sempre cresci com a máxima, há mais açorianos na América do que nos Açores, isso ajudou-me a ser uma pessoa aberta: muito patriota e pouco nacionalista.
Os Açorianos são um povo de aventureiros e por vezes as ilhas tornaram-se pequenas, a ida para os EUA era não só uma fuga para a aventura como uma tentativa de melhorar a vida das suas famílias.
Hoje li a histórias de Evaristo Gaspar e de Vítor Caetano e não consegui deixar de ver algumas histórias contemporâneas de quem foge do seu país e de quem é bem recebido.

#OrgulhoDeSerAçoriana #OrgulhoDeSerUmPovoDeEmigrantes
 
 
 
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Açoriano Oriental,


Dois açorianos construíram há 65 anos um barco para emigrar para os Estados Unidos da América (EUA), conseguindo obter a cidadania deste país com a ajuda de John F. Kennedy, que viria a tornar-se presidente.
"John F. Kennedy tinha-se empenhado na construção da igreja portuguesa de Cambridge e promoveu uma grande festa para assinalar o aniversário da instituição, num dos maiores hotéis de Boston, onde também estive presente e lhe fui apresentado", disse à agência Lusa Vítor Manuel Caetano (na foto), de 91 anos, o único sobrevivente desta aventura.
Evaristo Gaspar, já falecido, e Vítor Caetano, partiram de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, a 28 de junho de 1951 e chegaram a 23 de agosto aos Estados Unidos, onde foram recebidos como heróis, depois de terem sido dados como mortos.
Os dois foram recolhidos ao largo das ilhas Bermudas por um navio, quando a sua embarcação se encontrava à deriva e estavam sem alimentos há cerca de uma semana.
Vítor Caetano, que tinha 26 anos, afirmou que quando se encontrou com John F. Kennedy este encontrava-se de muletas na sequência de uma cirurgia à coluna, da qual "muito se queixava".
Segundo o açoriano, John F. Kennedy, à data congressista pelo estado de Massachusetts, ficou fascinado com a sua aventura marítima e assegurou-lhe que iria empenhar-se na sua legalização para ficarem no país.
"Ele ficou admirado com a nossa história. Ele próprio contou-me como ficou ferido durante a II Guerra Mundial, num barco de patrulha. Todos os anos, graças a JFK, eu renovava os meus documentos e, quando faltavam sete dias para os cinco anos (período necessário para obter a cidadania), tornei-me cidadão americano", declarou Vítor Caetano, recordando que o congressista "mandava sempre cumprimentos" por via de um português que trabalhava numa das residências do clã Kennedy na Nova Inglaterra.
Quando o político de origem irlandesa chegou à presidência dos EUA, Vítor Caetano enviou-lhe uma carta a dar os parabéns "por ser presidente de um grande país como a América", tendo este retribuído com um agradecimento.
John F. Kennedy, cuja relação com a comunidade de emigrantes açorianos na costa leste dos Estados Unidos é conhecida, foi um dos responsáveis pelo 'Azorean Refugee Act', em 1958, a par de outro senador, John Pastore.
Esta foi uma legislação aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos que permitiu às vítimas do vulcão dos Capelinhos, ocorrido na ilha do Faial em 1957, emigrarem para os Estados Unidos.
Vítor Caetano teve de abdicar do seu barco quando foi recolhido pelo navio, mas não antes de retirar de bordo a bandeira portuguesa, uma imagem da Virgem de Fátima e outra de São José, nome com que foi batizada a embarcação.
Mais tarde construiu uma réplica em miniatura, que ostenta "com orgulho" na sua residência.
A aventura dos dois açorianos inspirou uma obra de ficção do escritor Manuel Ferreira, denominada "O barco e o sonho", que foi adaptada para televisão
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Podem ver o filme: "O Barco e o sonho" AQUI

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

"A nossa misericórdia tem que exceder sempre o nosso juízo"

Excelente artigo de Laurinda Alves no Observador.

Francisco e o lenço branco pendurado na macieira

Tornemos estas interpelações nossas:
♥ Perdoo quando e quanto devo? Ou mantenho-me firme e irredutivel no meu orgulho, certo de que ter razão será o meu consolo?

♥ Peço perdão quando sei que magoei alguém ou que procedi de forma incorrecta? Sei reconhecer os meus erros humildemente?

♥ Aconselho os outros a pedir perdão e a perdoarem? Ou encorajo-os a preservar rancores?

Se nesta Quaresma não nos dispusémos a nada mais, não é tarde para tentarmos pôr em prática os conselhos do Papa e rodearmo-nos de lenços brancos erguidos. E se falharmos uma vez, voltaremos a tentar. Não é isso a reconciliação misericordiosa?

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

o orgulho dos amigos.

 
Sentir orgulho de si próprio é normalmente uma tontice, mas sentir orgulho de um amigo é muito bom.
Fiz a minha pausa a meio da manhã para ir tomar café, e como é comum passo os olhos na televisão, estava num canal de notícias e aparecia numa faixa vermelha com letras gordas: Última hora: prémio Leya entregue ao mais jovem escritor Afonso Cabral.
Eu conheço o Afonso, eu sou amiga do Afonso, naquele momento não tinha ninguém com quem partilhar isso, mas senti orgulho: porque é sempre bom ver o trabalho dos amigos reconhecido, porque eu já passei férias naquele lugar que está descrito no livro, porque temos um outro amigo em comum que orgulhosamente fez a correção daquele texto, porque faz bem ao país ter jovens escritores.
Hoje o Afonso é capa do Jornal Público e da Revista Ípsilon.
Com o seu livro Meu irmão conquistou o júri, ao contar as vivências e o amor entre dois irmãos, um deles com síndrome de Down, uma história que talvez para o Afonso seja muito real.
O lançamento do livro está marcado para o dia 21 de Novembro, e eu aguardo na distância.
O Afonso é um amigo reservado, fala muito mas fala pouco sobre si, conheço mais da sua vida profissional do que da sua vida familiar. E tal como tem aparecido nas entrevistas, é uma rapaz  envergonhado, mas descontraído, simples e muito convicto no que diz. É aquele amigo que ganha sempre nos jogos de caça palavras, pois usa vocabulário que ninguém domina.
O Afonso é o nosso amigo escritor e que por acaso ganhou o prémio Leya.
Parabéns Afonso pois deixaste os teus amigos com orgulho.