terça-feira, 29 de maio de 2012

Cromos

Há uns dias ouvi na rádio uma reportagem muito interessante, era acerca de um senhor que pelas ruas de Lisboa, troca e vende cromos. É uma pena não poder reproduzir as palavras exactas dele, mas era qualquer coisa muito parecida com isto "Tou no subsidio de desemprego, mal dá para pagar a renda e as despesas, assim com o negócio dos cromos dá para ter mais algum" "Há muitos clientes que já têm o meu telefone, ligam para mim e dizem, olha lá, quanto é que vendes a caderneta do futebol completa? O puto já me anda a chatear, na escola todos têm, vê lá se me arranjas isso ao puto pá" "E eu vendo, por 120, 150 euros, conforme a caderneta (...) há cromos muito difíceis de arranjar, né?" A reportagem era em si muito séria e profissional, penso que era na TSF se não estou em erro. (Admito no entanto que me fartei de rir sozinha no carro, o que já não é novidade nenhuma...).
Achei curioso esta ocupação e dei comigo a lembrar-me da minha infância, as cadernetas eram algo muito engraçado de facto, era o máximo poder fazer uma colecção, vê-la crescer, ter oportunidade de trocar cromos com os amigos e de dar também alguns sem receber nenhum em troca. Nestas memórias lembrei-me do meu pai me levar a um senhor que tinha uma maleta numa mesa ali no centro de Almada, perto do café central (Almada está tão diferente...) que também trocava cromos. Ao contrário das trocas com os meus amigos, ali, salvo o erro, cada cromo era trocado por 3 ou por 5, conforme a "dificuldade" em encontrá-lo. Os cromos mais difíceis eram sempre os mais cobiçados, e eu, sinceramente acho que nunca cheguei a completar nenhuma caderneta :( Actualmente também há cadernetas, e consequentemente cromos... E que cromos!

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu gostava tanto de cromos! E no meu tempo havia folhas para troca, também!! Lembram-se? ;)
Beijinho e obrigada por me ter feito ir até à minha infância.