Os piores intolerantes que conheço são aqueles que se autoconsideram tolerantes a toda a hora, são aqueles que só falam de tolerância e justificam os seus ideias com a tolerância, "eu penso assim, eu falo assim porque sou uma pessoa tolerante", é que eu não tenho noção quantas vezes já ouvi esta justificação para se defender a ausência de valores.
(Já há muito que queria escrever um artigo sobre isto, com a polémica da casa D&G fiquei mais entusiasmada.)
Antes de mais começamos pela morfologia da palavra tolerância, para quem não sabe tolerância tem origem do latim tolerare que significa sustentar ou suportar. No meu ver à partida a tolerância não é de todo a melhor forma de estar na sociedade, porque não provem do amor, é sempre numa ultima instância: "olha lá como tu és insuportável, mas nós vivemos em sociedade eu vou ter que tolerar, mesmo que eu acho que tudo o que tu fazes está mal e podes mudar a tua vida, mas isso vai dar-me muito trabalho a mim!"
Assim sendo a tolerância também é uma postura muito comum nos preguiçosos, daqueles que abominam as outras ideias, mas são capazes de suportar para não ter que discutir, a tolerância está a dar cabo da discussão filosófica, e está a criar uma massa acrítica, os tolerantes não discutem, os tolerantes suportam.
Não gosto de tolerar os meus inimigos, gosto de amar os meus inimigos com as devidas diferenças que temos, talvez seja por isso que tenho muitos amigos que pensam de maneira diferente da minha, porque eu não os suporto como fim ultimo, eu discuto com eles porque gosto deles, tolerar é não se importar com o outro nem com a sociedade, é não amar o outro é não achar que o outro pode ser melhor. O tolerante contemporâneo é um preguiçoso.
Gosto de pessoas que sabem estar, que são educadas e que sabem respeitar e o respeito é diferente do sustentar é diferente de suportar, por isso muitas vezes utilizo a palavra respeito em vez de tolerância.
Mas para mim o pior defeito do tolerante contemporâneo é ser intolerante com tudo aquilo que ele acha que não é tolerável, redundante?
Então os estilistas Dolce & Gabbana deram a sua opinião sobre a família, que por sinal é uma opinião bastante válida e bastante histórica, defendendo que o ser humano tem o direito de ter uma mãe e um pai, que nascer in vitro pode ser um capricho e não um direito, depois disto são chamados de fascistas e de intolerantes por aqueles que se dizem tolerantes.
Conclusão os tolerantes só toleram as suas conceções, e tudo que seja diferente à sua ideologia é intolerante.
Mais uma vez, faz-me lembrar o história do George Orwell: "Somos todos iguais mais há uns mais iguais do que os outros!"
Mais uma vez, faz-me lembrar o história do George Orwell: "Somos todos iguais mais há uns mais iguais do que os outros!"
2 comentários:
Top!!
Apesar de respeitar (e não como diz tolerar) a sua opinião, na DUDH (declaração universal dos direitos humanos) temos o direito à vida e à família e não especifica mais nada, por isso a vida in vitro é uma dádiva e qualquer tipo de família é uma sorte.
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