Blogs no feminino
A internet tem coisas muito boas.
Uma das coisas boas é a criação de modelos. Muitos dos blogs que eu conheço
vivem da criação de modelos e exemplos. Uma vontade que se liga bem com a nossa
vaidade pessoal. Quem é que não quer ser exemplo para os outros nalgum aspeto?
As bloguistas que eu vou
acompanhando aqui e ali, umas são exemplo de mães modernas multifunções, outras
menos multifunções, outras são exemplo de mães prendadas, outras mães
cozinheiras, outras são divas de estilo e compras de marca. E, claro, não há
mulher que não goste de parecer bem, de vestir bem os seus filhinhos, que não
goste de ser uma multifacetada de sucesso, ótima cozinheira de bolachinhas e
compotas, que não goste de cremes da Mustela e da Uriage no corpinho dos seus bebés.
Estas mulheres mostram nos seus
blogs o melhor das suas vidas. Algumas, de vez em quando, têm a necessidade de
dizer que o que o publicam é o melhor da vida, mas que nem sempre tudo corre às
mil maravilhas. Têm de dar um banho de normalidade a tudo aquilo para não
parecer ficção cinematográfica.
Uma ou outra amiga, às vezes, diz-me
para me aventurar a fazer um blog. Para além de não ter muito tempo livre, nem
dotes informáticos compatíveis, o maior problema é que não tenho assim tantas
coisas interessantes para contar, pois a roupa de marca por aqui é muitas vezes
emprestada ou dada; sou uma cozinheira na ótica do utilizador- básica; não
tenho especiais dons de decoração, nem de trabalhos manuais perfeitinhos, nem
de costura. Acresce a tudo isto, o facto de ter uma vida social limitada a
algumas, poucas, actividades extra-curriculares e a festas de anos, pelo que
também não sei do que se fala por aí.
Com tudo isto, cabe-me dizer que
alguns destes blogs, inclusivé de famílias católicas, que falam de oração em
Igreja familiar, e mesmo os outros que referi, mais práticos, podem ser uma boa
maneira de descobrir outras formas de ver o mundo, de colorir o mundo, outras
maneiras de entreter os miúdos, outros caminhos para encontrar a felicidade nos
momentos de cada dia.
O que importa e também o que
custa mais é ver estas realidades como contributos para que encontremos o nosso
caminho, assumindo as nossas fraquezas, as nossas limitações, enfrentando as
pedras da calçada e assumindo o papel que nos foi confiando neste tempo em que
vivemos.
2 comentários:
Olá Ritinha! Muitos parabéns e adoro o que escreves. Sim, podias criar um blogue e partilhar as tuas experiências e dicas de como constituir e construir uma maravilhosa família. És um exemplo perfeito de uma maravilhosa MULHER e Mãe de 5 filhos, que pela partilha diária das tuas experiências, podes "animar" e desmitificar muitos medos e receios no momento da decisão/chegada de um filho. Para mim pessoalmente és um exemplo que me anima e trago-te sempre no meu coração. Beijocas grandes.
obrigada, cara patricia. Também te trago bem pertinho!!!
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