Sentir orgulho de si próprio é normalmente uma tontice, mas
sentir orgulho de um amigo é muito bom.
Fiz a minha pausa a meio da manhã para ir tomar café, e como
é comum passo os olhos na televisão, estava num canal de notícias e aparecia
numa faixa vermelha com letras gordas: Última hora: prémio Leya entregue ao mais jovem
escritor Afonso Cabral.
Eu conheço o Afonso, eu sou amiga do Afonso, naquele momento
não tinha ninguém com quem partilhar isso, mas senti orgulho: porque é sempre
bom ver o trabalho dos amigos reconhecido, porque eu já passei férias naquele
lugar que está descrito no livro, porque temos um outro amigo em comum que orgulhosamente fez a correção daquele texto, porque faz bem ao país ter jovens escritores.
Hoje o Afonso é capa do Jornal Público e da Revista Ípsilon.
Com o seu livro Meu irmão conquistou o júri, ao
contar as vivências e o amor entre dois irmãos, um deles com síndrome de Down,
uma história que talvez para o Afonso seja muito real.
O lançamento do livro está marcado para o dia 21 de
Novembro, e eu aguardo na distância.
O Afonso é um amigo reservado, fala muito mas fala pouco
sobre si, conheço mais da sua vida profissional do que da sua vida familiar. E tal como tem aparecido nas entrevistas, é uma rapaz envergonhado, mas descontraído, simples e
muito convicto no que diz. É aquele amigo que ganha sempre nos jogos de caça
palavras, pois usa vocabulário que ninguém domina.
O Afonso é o nosso amigo escritor e que por acaso ganhou o
prémio Leya.
Parabéns Afonso pois deixaste os teus amigos com orgulho.
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