Ando numa onda de do it yourself como diria a VP. Ela é aprender a fazer pão caseiro (que boa ideia E!), ela é fazer bolos extra-rápidos para levar quando vamos jantar a casa de amigos, ela é pintar e arranjar unhas em casa, enfim. Um rol de "ela's é".
Das coisas que menos gostava quando era pequena era do dia trimestral em que levava O corte de cabelo. Sentada ao lado da T, para que ficássemos bem iguais (e nunca ninguém nos conseguisse distinguir - thanks mom!) via a minha mãe de tesoura em punho, a deixar-nos, a meu ver, Carecas.
Mas isso era antes. Há poucos dias, aconteceu isto:
Ao chegar a casa cansada depois de um dia de trabalho intensivo, e olhando para o espelho, pensei: querido cabelo, TU precisas de um corte bem dado. Seguindo esta onda do "ela é", acrescido o facto de me p-a-s-s-a-r por gastar dinheiro no cabeleireiro (saio mais leve, sem cabelo e sem carteira), juntei um mais um e fui buscar a tesoura de cortar cabelo da casa, própria para o efeito (a mesma que me deixava careca com cinco anos..).
E que sensaçãoooo tão boa! Corta daqui, agarra ali, mais um acertozinho aqui, e o lado direito já está.
Oh não. Oh-NÃO.
Lado direito começa a secar e a ficar mais curto. E agora?? E agora? O lado esquerdo tem que ser igual, ou corro o risco de me passar para o lado rockeiro da malta do Monsanto. Fechar os olhos (forma de expressão) e cá vai disto, lado esquerdo fica resolvido. É hora de enfrentar novamente o espelho e começar a acalmar os ânimos.
Começa-se sempre por pensar se é real. É. Depois passa-se para "o que vão achar disto". É aqui que entra o pico de criatividade da mulher: "já viste o calor que anda pelas ruas, isto é o que se vai usar neste Verão, cabelos curtos é o mais in!", "precisava de um refresh" - amigas começam a pensar que o conceito delas de refresh não envolve tesouras, bolas esta não vai dar para usar, "é uma forma de me distinguirem da T" - esta vai resultar, e as pessoas agradecem.
Estou convencida. Esticadores, secadores e algum tempo depois, aqui vou eu.
Porque neste campo, mais do que a estética vale o saber que fomos capazes.
Porque neste campo, mais do que a estética vale o saber que fomos capazes.
1 comentário:
És doida! Nesta não me meto!!
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