Livro fascinante. Escrito por Homem fascinante, como foi recentemente proclamado. Hoje, em modo ritual-da-manhã-onde-leio-os-headers-dos-jornais, deparei-me com isto:
"Divórcio à Portuguesa: elas acusam falta de comunicação no casal, eles a ausência de amor"
A verdade é que:
1. Não sou casada
2. Não sou portanto divorciada
3. Estas coisas assustam-me mas não me fazem perder a garra
Já sei, já sei. Estou fartinha de saber que não vale a pena ir ler os comentários às notícias-bomba, porque a maior parte é um grandessíssimo disparate.
O que me apetecia colocar lá, era um parágrafo do livro que referi. Diz assim:
" Por natureza, ou, por outras palavras, em razão da sua essência ôntica, a pessoa é senhora de si mesma, inalienável e insubstituível quando se trata do concurso da sua vontade e do compromisso da sua liberdade. Ora o amor arranca a pessoa a essa intangibilidade natural e a essa inalienabilidade porque faz com que a pessoa queira dar-se a outra, àquela que ama. Deseja cessar de pertencer exclusivamente a si mesma, para pertencer também a outro. Renuncia a ser independente e também inalienável. O amor passa por esta renúncia, guiado pela profunda convicção de não conduzir a uma diminuição ou a um empobrecimento, mas, ao contrário, a um enriquecimento e a uma expansão da existência da pessoa. É uma espécie de lei de 'êxtase': sair de si mesmo para encontrar noutro um acréscimo de ser. "
Pensando bem, vou escrever lá isto. Mas não vou ler os comentários. Só leio os que deixarem aqui.
4 comentários:
ROMÂNTICO! Obrigada Ana. Isto é mesmo muito romântico e amoroso!
Querida Maria, os seus comentários são um luxo e uma grande força para continuarmos a escrever. Um obrigada do fundo do coração (inHeart hihi).
E complexo! Esses comentários são sempre tão edificantes Ana... Não sei quantos comentadores do Público se darão ao trabalho de ler, pensar e perceber o que esta frase quer dizer, mas já fazes a tua parte! *
esses = os do Público
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