sexta-feira, 6 de março de 2015

Blogs no Feminino

Blogs no feminino
A internet tem coisas muito boas. Uma das coisas boas é a criação de modelos. Muitos dos blogs que eu conheço vivem da criação de modelos e exemplos. Uma vontade que se liga bem com a nossa vaidade pessoal. Quem é que não quer ser exemplo para os outros nalgum aspeto?
As bloguistas que eu vou acompanhando aqui e ali, umas são exemplo de mães modernas multifunções, outras menos multifunções, outras são exemplo de mães prendadas, outras mães cozinheiras, outras são divas de estilo e compras de marca. E, claro, não há mulher que não goste de parecer bem, de vestir bem os seus filhinhos, que não goste de ser uma multifacetada de sucesso, ótima cozinheira de bolachinhas e compotas, que não goste de cremes da Mustela e da Uriage no corpinho dos seus bebés.
Estas mulheres mostram nos seus blogs o melhor das suas vidas. Algumas, de vez em quando, têm a necessidade de dizer que o que o publicam é o melhor da vida, mas que nem sempre tudo corre às mil maravilhas. Têm de dar um banho de normalidade a tudo aquilo para não parecer ficção cinematográfica.
Uma ou outra amiga, às vezes, diz-me para me aventurar a fazer um blog. Para além de não ter muito tempo livre, nem dotes informáticos compatíveis, o maior problema é que não tenho assim tantas coisas interessantes para contar, pois a roupa de marca por aqui é muitas vezes emprestada ou dada; sou uma cozinheira na ótica do utilizador- básica; não tenho especiais dons de decoração, nem de trabalhos manuais perfeitinhos, nem de costura. Acresce a tudo isto, o facto de ter uma vida social limitada a algumas, poucas, actividades extra-curriculares e a festas de anos, pelo que também não sei do que se fala por aí.
Com tudo isto, cabe-me dizer que alguns destes blogs, inclusivé de famílias católicas, que falam de oração em Igreja familiar, e mesmo os outros que referi, mais práticos, podem ser uma boa maneira de descobrir outras formas de ver o mundo, de colorir o mundo, outras maneiras de entreter os miúdos, outros caminhos para encontrar a felicidade nos momentos de cada dia.

O que importa e também o que custa mais é ver estas realidades como contributos para que encontremos o nosso caminho, assumindo as nossas fraquezas, as nossas limitações, enfrentando as pedras da calçada e assumindo o papel que nos foi confiando neste tempo em que vivemos.

2 comentários:

Patrícia Silva Coelho disse...

Olá Ritinha! Muitos parabéns e adoro o que escreves. Sim, podias criar um blogue e partilhar as tuas experiências e dicas de como constituir e construir uma maravilhosa família. És um exemplo perfeito de uma maravilhosa MULHER e Mãe de 5 filhos, que pela partilha diária das tuas experiências, podes "animar" e desmitificar muitos medos e receios no momento da decisão/chegada de um filho. Para mim pessoalmente és um exemplo que me anima e trago-te sempre no meu coração. Beijocas grandes.

Rita Gonçalves disse...

obrigada, cara patricia. Também te trago bem pertinho!!!