Costuma-se dizer que "De santos e de
loucos todos tempo um pouco".
Diria que que de gestores também. Melhor ou pior,
temos sempre algo para gerir. Gerimos o tempo. O ordenado. Os
mails nas caixas de correio. Gerimos os programas. Gerimos as emoções.
As emoções. Arrisco-me a dizer que são as mais
difíceis de gerir.
Ou porque nos escapam entre os dedos sem darmos conta.
Ou porque nos saltam do peito e andam meias à
solta.
Ou porque se escondem quando as coisas apertam.
Ou porque nos gritam aos ouvidos quando ninguém lhes pediu opinião.
Seja como
for, são difíceis de gerir.
Principalmente quando, por mais que se tente trazer a casa às costas, se deixa para trás o que não pode vir numa
mala. Principalmente quando o que deixámos ocupa um vazio impossível de
ignorar. Ouvi dizer que isto passa com o tempo, será?
Dizem que se nos falta uma certa pessoa o mundo inteiro fica vazio.
Felizmente o meu mundo inteiro não está vazio. Infelizmente não me falta uma
única certa pessoa. O estranho disto é que acho que nem que os trouxesse na
mala esse vazio acabava.
Porque sinto falta deles na mesa de jantar.
E dela no banco do costume para fumar o cigarro.
E dela a contar os preparativos do casamento.
E dos almoços com ela em Alvalade.
E dos cafés com elas mais ele entre Miraflores e o Restelo.
E delas na nossa segunda casa.
É estranho. Mas eu nunca disse que era boa gestora.
2 comentários:
:') ja tinha saudades!!
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