sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Foi assim há 2 anos...Parte II

As portas de Sé abriram-se e de imediato se começou a ouvir o "Laudate Dominum", de Mozart, cantado por uma solista do São Carlos. O coro era formado por membros do coro do São Carlos, da Gulbenkian e amigos nossos. Qualquer coisa do outro mundo, mesmo.
E a pressa de entrar foi tanta que o meu Pai esqueceu-se de tirar os óculos de sol...


E foi assim que me senti naquela que foi, para mim, a mais bela Missa da minha vida. 
A Missa, para os católicos, é a actualização do maior acto de amor alguma vez cometido: e naquele dia, respirava-se Amor.
Entrei e as lágrimas vieram-me logo aos olhos, porque a Sé estava cheia. Cheia de amigos, família, uns de sorrisos rasgados, muitos deles entre lágrimas igualmente. Depois, olhei para o altar e emocionei-me ainda mais: de todos os sacerdotes convidados, só faltaram 2 e o altar estava cheio e lindo também. Não só as minhas amigas choravam copiosamente, mas também os rapazes, acólitos, que assistiram a toda a cerimónia in loco, mesmo à nossa frente. E os sacerdotes, que até os fotógrafos conseguiram captar.
Tenho para mim que o choro é uma forma do corpo dizer que está a sentir algo que é tão forte, tão forte, tão forte, que não cabe dentro de nós, porque é maior que nós. Naquele dia, foi o Amor.


Cheguei e fui para o lado do Miguel. 
A Missa prosseguiu e tudo foi belíssimo: a homilia emocionante do Padre Hugo, que tremia enquanto nos segurava as mãos, o coro que nos levou ao Céu, os olhares amorosos dos nossos amigos.

















Depois do Consentimento, ouviu-se o Avé Maria tão Pura, cantado pela nossa Carminho, e passei para o lado direito do Miguel. Dizia o salmo "À vossa direita, Senhor, está sentada a Rainha do Céu". E a mulher passaria a estar à direita do seu senhor. O Evangelho foi o Magnificat, que caracteriza na perfeição este dia, e que também foi cantado no ofertório, pelas mãos de Palestrina e do coro que tão bem o interpretou 





Antes da bênção final da Missa, foi a Consagração dos Noivos a Nossa Senhora, na Festa da Assunção, e a entrega do Bouquet a Nossa Senhora da Conceição, uma imagem secular que pertence ao Tesouro da Sé e que o Cónego Luís Manuel quis amavelmente trazer para o altar para esta nossa celebração.


A oração de Consagração, lindíssima, foi a oração feita pelos meus avós maternos, Avó Santa e Avô Fernando (de quem já falei neste blog), no dia do seu casamento, no ano em que celebraram 50 anos do seu Matrimónio. Um texto numa linguagem que já não se vê nestes dias, um cuidado na forma de escrever e de amar.


Sublime Senhora, que antes de ser Senhora  fostes menina,
antes de ser Mãe fostes filha, antes de ser Esposa fostes noiva, 
e diante do anjo do Senhor, aliastes ao perfume da flôr da laranjeira
ao fruto do vosso ventre sagrado a coroa de lírios da pureza virginal
E assim levastes Deus a fazer um milagre suavíssimo, 
em que os lírios se fizeram rosas sem deixarem de ser lírios,
A fim de serdes glorificada por todas as gerações - Virgem, Esposa, Mãe - como resumo da mulher perfeita,
Ensinai-nos aos dois a amar-nos como Vós amastes José e José Vos amou a Vós -oh noivos exemplares!

Senhora do Amor Formoso, fazei-nos compreender que o amor cristão é, primeiro que tudo,
União das almas em espírito e verdade; sem suspeitas, desconfianças, nem temores; 
Um santo abandono, uma entrega em que nos trocamos em mútua comunhão

Oh Mãe Amável, fazei que o nosso coração seja um turíbulo de onde suba em aroma delicioso
o incenso e a mirra do nosso egoísmo queimado, inebriando cada um de nós com a felicidade do outro

Oh Aragem Nívea das Alturas, que não viram pecado, ajudai-nos a não cair em tentação, mas livrai-nos de todo o mal, para que o fruto do nosso amor - como o do vosso -seja bendito! Amén

No final, a Sacristia encheu-se de gente e os abraços emocionados multiplicaram-se. A festa tinha começado!!







Ao todo, 10 padrinhos!!






Algumas HEart's!!

Outras HEart's!! 




NOTA: a decoração da Igreja foi toda feita por nós e pelos nossos amigos. Na véspera, fomos ao mercado da Ribeira, trouxémos as flores que queríamos e passámos o sábado na Sé entre tesouras, folhas e flores. Tínhamos uma equipa de protocolo feita de amigos que, entre outras coisas, tratou de colocar os arranjos feitos no dia anterior em todos os bancos e pilares da Sé no próprio dia...


TO BE CONTINUED...


As vantagens de não saltar etapas

Ontem, em conversa com uma amiga solteira, falávamos sobre aquilo que deve ser o namoro. Dizia ela que já passou pela fase em que só queria largar o estatuto de solteira, ainda que tivesse que abdicar de um homem com que ela verdadeiramente se identificasse. Mas essa fase (felizmente!) passou. Agora percebeu que escolher namorado com base no medo de ficar para tia não é critério aconselhável.

Muitas vezes, ao longo de um namoro de quase 4 anos que já levamos, ouvi pessoas perguntarem porque não íamos viajar só os dois, porque não fazíamos jantarinhos românticos integrados em fins-de-semana de sonho, como conseguíamos passar uma tarde inteira na conversa, etc. Hoje, a nove meses de me casar, vejo que todo o tempo do nosso namoro foi tempo ganho, não perdido.

Vejo o namoro como um investimento. Um investimento forte e gordo para um futuro mais ou menos distante. Não sinto que tenha perdido nada de nada. As nossas escolhas foram sempre muitíssimo livres - e liberdade é coisa que não sinto existir em tantos namoros hoje em dia. A ausência (e que, uma vez casados, compensaremos sem dúvida!) dos fins-de-semana e das viagens a dois obrigaram-nos a sermos criativos (ele mais do que eu, mas vou sempre a tempo) nos programas, a não nos encostarmos a um namoro já longo.

E é por isso que, quando daqui a nove meses eu entrar na Igreja e nos casarmos, vou sentir que conheço verdadeiramente o homem que será meu marido, com todas as suas qualidades e defeitos, e que a ele quero livremente entregar a minha vida. Uma entrega que - porque inserida no casamento - terá um sabor muitíssimo especial. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Mulheres e blogs

Hoje li um artigo sobre blogs, foi interessante lê-lo, ainda que o tenha feito em pleno supermercado, com os meus filhos aos pinotes, a trazerem todos os livros da secção infantil enquanto iam dizendo "mãe, pode ser este para os meus anos?" ao que eu, instintivamente acenava que sim com a cabeça (eu sei, eu sei, não devia, mas estou a escrever como mãe e agora não como Psi, ok?).

O artigo era sobre as "Rainhas da blogosfera" e passei os olhos nele, percebendo algumas coisas importantes e interessantes disto de ter um blog. 1ª ideia a reter - quem tem um blog deve escrever nele todos os dias (Bahhhhh estamos out, completamente out meninas... e nós que somos mais que muitas, isto deveria dizer que deveriamos ter mais de 1 por dia, não?). Resultado: cheguei aqui e vi que o último post ainda era o meu de terça feira...logo, conclusão: há que escrever outro post rápidamente nem que seja para "encher chouriço" e fazer juz a isto de ter um blog.

Pronto, dever cumprido, aqui está um post, de quinta feira, dia 30 de Agosto de 2012, que pretende isso mesmo, ser o post de dia 30 de Agosto de 2012.

Amanhã voltaremos, não percam o nosso post de dia 31 de Agosto de 2012. Fica no entanto o suspense... será um post sobre futebol? Um post sobre casamentos, noivas, vestidos e bodas? Um post sobre maternidade e filhos, educação e noites mal dormidas? Será um post sobre arte, cultura e recreio? Um post sobre moda, tendências e afins? É que como sabem, nós por cá temos tudo isto e muito mais. Aguardem-nos, amanhã é que vai ser...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Obrigada!


Como é público aqui no blog, fiz anos. As minhas companheiras de blog não deixaram passar a data, e por isso também publicamente aqui fica o meu agradecimento, embora a primeira reacção quando hoje aqui vim e vi (sim, porque estive propositadamente "infoexcluida" nos últimos 10 dias) tenha sido "epá... elas não deixam passar nada" :)

Sobre fazer anos, e em concreto sobre o meu aniversário poderia escrever um post inteiro, mas deixo apenas umas notas para não ser uma "seca" valente... e vocês leêm até acharem que não é seca, e desta forma eu escrevo o post e já está (que trapalhada).

A saber:
Já gostei MUITO de fazer anos, já fiz anos em sítios que vocês não imaginam, fiz anos na Vendinha, fiz anos em Odiáxere, fiz anos em Almada, fiz anos em Israel (num Sabath e tive de soprar o bolo ás escondidas - se pedirem muito posso contar isto em pormenor:), fiz anos na Guiné, em plena missão humanitária e este ano, á semelhança de alguns outros fiz anos na Vila do bispo - Sagres - Algarve. O gostar muito, verdade seja dita, não tem a ver com o sítio, mas com a idade que vou fazendo... Quando era miúda gostava mesmo de fazer anos, contava os dias que nunca mais chegavam para o meu aniversário, e acho que deve ser um padrão mais ou menos normal, tendo em conta os meus filhos, que estão sempre a perguntar quem é o próximo a fazer anos, e o a seguir e a seguir até chegarem aos anos deles.... Agora já não é bem assim. Não posso dizer que me esqueço que faço anos, mas a verdade é que também não ando a contar os dias! Se por um lado não sou assim tão velha... por outro muitas vezes simplesmente não me apetecia fazer anos.

Não, não estou em crise de meia idade, não estou a chegar à ternura dos 40 (ainda falta MUITO sim?), nem estou à beira de um ataque de nervos. Mas às vezes não me apetecia fazer anos, topam?

Ainda assim fiz anos na mesma, e foi muito bom! Ainda bem que fiz anos!

sábado, 25 de agosto de 2012

Carta de uma gorda à magra

A Margarida Rebelo Pinto, senhora do social português, rasca que só ele, mas que se auto-considera uma mulher de nível, decidiu publicar há uns dias uma crónica sobre as gordinhas. Diz a ossuda autora que as gordinhas são um espécimen típico dos grupos masculinos, que se comportam como se fossem rapazes, vestem-se à rapaz, dizem asneiras e mais uma série de coisas absolutamente sem interesse, próprias de quem não tem uma vida minimamente estimulante.
Ora as respostas não tardaram e a melhor de todas está aqui: http://princesinhalu.blogspot.pt/2012/08/carta-de-uma-gorda-magra.html.

É de um blog de uma mãe, que relata a sua experiência numa resposta adequada e ao tom. Não concordo a 100% com tudo, mas espero mesmo que sirva para a Sra Rebelo Pinto sair do seu falso pedestal.

Está na hora de descobrir que ninguém é mais do que ninguém para se julgar ou dissertar com tanta maldade. E sem razão nenhuma. E de pararmos de avaliar a vida dos outros com tamanha mesquinhez, sem antes olharmos para a nossa e tentarmos melhorá-la.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Presentes preciosos

Quando há um casamento para preparar, um caderno não só é útil como é absolutamente indispensável. Lembrando-se disto, a Ana decidiu que o meu tinha que ser personalizado, já que seria muito giro daqui a uns anos ir rever tudo o que se passou em quase um ano de noivado.
Como é muito artista, eu tinha a certeza de que ia ficar qualquer coisa de espetacular. E acertei!





Todos os vestidos têm missangas ou outras aplicações em cima - bom para ir tirando ideias, não? As flores são feitas de um tecido de seda desfiado em linhas e coladas sobre o papel. Original!

Já agora, ficam aqui umas fotografias de uma manhã muito animada de provas de vestidos de noiva na loja Pronovias (não nos deixaram tirar fotografias dentro da loja - por razões óbvias - mas isso não nos impediu de deixar registados - para pôr no dito caderno - alguns desses divertidos momentos).



E enquanto uma experimentava véus, outra experimentava chapéus!



 E, por fim, o anel de noivado para as que ainda não o viram ao vivo e a cores e tinham curiosidade nisso:



Vamos restaurar a Capela Sistina?

Why not?

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pipoca doceeeeee

A Mãe vai tomar banho, a bebé desaparece por uns segundos e depois volta a aparecer junto à banheira, enquanto diz "banho" e estica as mãozinhas para dar à Mãe os brinquedos que ela costuma usar no banho.
Não dá para não derreter.. ; )

E sabem do que é que eu gosto mesmo, mesmo, mesmo?

Daquelas pessoas que não conhecem o conceito de "tresandar": eu tresando, tu tresandas, ele tresanda.. a perfume. E que ao entrarem num restaurante, transformam os pratos do dia, adicionando esse condimento extra que é a sua fragância.
E hoje foi sopa de feijão e legumes com ralph lauren. Très chic!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Poesia


Afinal, ainda há almoços grátis (e eu provei um!)

Tenho conhecido pessoas verdadeiramente extraordinárias ao longo da vida, a começar, desde logo, pelas minhas amigas. Ninguém é perfeito, nem igual a ninguém, mas eu gosto de ver aquilo que cada um tem de melhor e aprender.

Este fim-de-semana conheci alguém de quem vale a pena falar. Uma daquelas pessoas que apetece ter por perto, por conseguir ter a boa disposição que nem sempre vem ao (meu) de cima. Não vos acontece, pensarem que há certas pessoas que seria muito bom ter sempre ali, porque certamente nos tornaríamos melhores só por vermos a maneira de elas serem, reagirem, pensarem? 

Para não ser demasiado vaga, vou contar. 

Andávamos indecisos em relação ao chão da nossa futura casa, por querermos uma coisa mesmo moderna mas termos algum medo de arriscar. Sabendo disto, a pessoa de que vos venho falando fez uns contactos para irmos ver uma casa (linda, daquelas de revista, um sonho, tudo o que possam imaginar!). Claro que nos mostrámos radiantes com a ideia, mas seria só daí a umas semanas. 

Normalmente, quando uma pessoa quer uma coisa, mexe-se para isso. 

Mas neste caso não foi preciso. Não foi preciso pedir nem mais uma vez para que tudo se concretizasse. Levou-nos ela à dita casa, falou com os donos que mal conhecia, fez todas as perguntas e mais algumas, ficou o tempo que foi preciso, fez conversa, ajudou muito. 

Eu com a minha mentalidade de ervilha só pensava: "Deve ser uma chatice vir ver uma obra arquitetónica destas quando já se tem uma casa que não vai receber obras tão cedo". Mas não: pura generosidade. E muita alegria, boa disposição e descontração. Se eu o fazia? Se eu pensava em fazer tudo para ajudar dois miúdos - que não me são nada - a tomar as suas decisões? Provavelmente não. E por isso, este fim-de-semana aprendi como ser alguém melhor.

Ao lado desta podia ter falado de outras pessoas que, no mesmo fim-de-semana, me mostraram outras - as suas - qualidades. Daquela que prontamente se ofereceu para nos ajudar (e que grande ajuda que vai ser) sem que sequer tivessemos que o pedir,  daquela que se preocupou - de igual para igual - com o futuro que para nós se avizinha, daquela que nos fez sentir em sua casa como se estivessemos em nossa, daquela que se preocupou com todos os pormenores para que fosse, verdadeiramente, um fim-de-semana de descanso. 

Não é incrível o quanto - pequenino, pequenino - podemos aprender com cada pessoa que passa ao nosso lado?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

E sabem do que é que eu gosto mesmo, mesmo, mesmo?

Daquelas pessoas que, acabadinhas de chegar de férias, ainda frescas do mar e cheias de areia da praia, entram pelo escritório e.. parece tudo menos que foram de férias.
Mesmas caras cabisbaixas, mesmo ar cansado, embora todo um novo bronze!

Vem aí a tempestade tropical

(foto do Gordon - Tempestade tropical em direcção aos Açores)
Como muita gente sabe eu sou dos Açores, estudo no Continente mas sou dos Açores e sou mesmo açoriana, daqueles que fala mal (mas não é com o sotaque de São Miguel é um falar mal terceirence) sou daquelas que tem saudades de casa a toda a hora, sou daquelas que gosta de comer a sua morcela frita e peixe é só do mar e fresquinho se faz favor!
Ou seja: sou açoriana de corpo e alma.
Hoje fui de manhã percorrer uns trilhos no interior da minha ilha Terceira e fiquei a achar mesmo que Deus não estava a dormir quando criou os Açores, nem poupou do bom gosto, é que estas ilhas são mesmo bonitas!
O bom de ser dos Açores para além da cultura é o nosso contacto real com a natureza, qual livros e enciclopédias de biologia ou geologia, nós temos todas as lições práticas. A minha infância sempre foi rodeada de ar puro, de calhaus, dos diferentes verdes, das matas, do mar, dos animais, das vacas e do que delas saí.. Em miúda andava sempre "pisada" pelas quedas de bicicleta, pelas correntes marítimas e quando uma água-viva nos picava já sabia bem o que fazer... 
Uma criança açoriana sabe perfeitamente qual o comportamento a ter durante um sismo, todos os anos escolares temos aulas práticas, as chamadas "simulações", toca sirene, tudo debaixo da mesa, contar até 10 no mínimo, depois tudo em fila, tudo no pátio e tudo a rir, é que nós adorávamos as simulações e se por acaso fosse na aula de Inglês, mais gostava eu das simulações.
Depois as tempestades tropicais vindas d'Ámérica, se os continentais dizem que na Espanha nem bom vento nem bom casamento, nós açorianos já não pensamos assim dos nossos vizinhos afastados, até porque existe mais açorianos na América do que nos Açores, de lá vem sempre bons casamentos mas os ventos nem por isso.
Este ano as tempestades viram mais cedo, costuma ser em meados de Setembro, mas sempre com o mesmo ritual as notícias alarmam de tal forma (por vezes exageram!) que a pessoa sente necessidade de agir, cá em casa véspera de tempestades é: fechar janelas (mais do que o habitual, por vezes com barrotes) tirar tudo que tem no quintal, mesas, vasos, cadeiras, baloiço, redes, guarda-sol, espreguiçadeira.... depois ver se os canos da janela estão limpos e os animais, cães, gatos tem direito a dormir dentro de casa (no seu devido lugar)!
Houve um ano que o portão do jardim voou.
A despensa está cheia, os filhos debaixo do tecto, e se faltar a luz joga-se às cartas com velas. Até arrisco a dizer que as tempestades são muitas vezes factores de união da família.
Agora cá estamos nós,  em pleno Agosto com uma tempestade tropical, o Gordan, com ondas de 16m!
Recebi umas quantas mensagens das minhas amigas continentais a perguntar se sobrevivia, aproveito o post para dizer que sim eu sobrevivo e vivo! 
Esta é a rica vida de um açoriano!

sábado, 18 de agosto de 2012

Parabéns Xana!


Ainda me lembro no dia que conheci a Xana Chumbo
Foi num dos almoços das mulheres do século XXI,  a Xana tinha sido a oradora, pelos visto a substituir a convidada, mas como eu acredito que nada é por acaso, vi e ouvi uma palestra extraordinária de uma mãe de família, psicologia e que ainda tinha tempo para organizar muitas coisas... foi aí que pensei como a Xana podia e devia fazer parte do projecto HEart, passado uns meses combinamos um café. Na realidade foi um dos cafés mais complicados que tive, cheguei um pouco antes da hora para carregar o telemóvel e para levantar dinheiro, mas a caixa do multibanco engoliu-me o cartão, nem dinheiro para ligar, nem dinheiro para oferecer o café, pensei para mim que isto já estava a correr mal, mas depois veio a pior parte, estava eu à espera da Xana passaram 10 minutos, 15m, 20m... por aí fora... e eu sem poder ligar e sem perceber o que se passava, sabia que a Xana era ocupada mas que era uma pessoa pontual, "será que aconteceu alguma coisa com os filhos? Será que aconteceu algo no caminho" Quando toca o meu telemóvel, Alexandra Chumbo a chamar! Afinal tínhamos combinado num café no Lumiar e na mesma zona existia dois cafés da mesma companhia, e cada uma estava no seu. Mas este começo não impediu que nascesse uma boa amizade!
XANA MUITOS PARABÉNS!

PARABÉNS XANA CHUMBO!!!


Um enorme beijinho de parabéns!!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Decidir para crescer ou crescer para decidir?

A capacidade para tomar decisões insere-se no crescimento de uma pessoa, e este será tanto maior quanto mais difíceis forem as decisões a tomar.

Ultimamente, esta é a palavra de toque para mim. Decidir. Tudo e mais alguma coisa. Coisinhas e coisas grandes. Sempre fui uma grande indecisa, demorando séculos a escolher o que quer que fosse, sempre com grande ponderação e calma. Mas o dia a dia da gente grande não é assim. Todos os dias é preciso tomar decisões, escolher caminhos, e segui-los com confiança. Poucas vezes se poderá voltar atrás, repetir, tentar de novo.

As decisões puxam um corpo que quer ficar quieto, confortável, calmo, obrigando-o a crescer minuto a minuto. Olho para trás, ainda não pronta a dizer adeus à menina que eu era e que - bem sei - nunca deixarei de ser. E olho para a frente, e vejo quem tenta ser mulher sem acreditar muito que algum dia o será verdadeiramente. 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Há 2 anos foi assim - Parte I

Há 2 anos tornei-me uma só, com o meu marido Miguel. Dia 15 de Agosto de 2010, cerimónia marcada para as 13h na Sé de Lisboa.
Acordei por volta das 7h. Tinha conseguido dormir bem, sem os pesadelos que me assolaram as noites nos últimos dias antes do dia D. Às 8h tínhamos que estar no cabeleireiro da Mãe e da minha irmã, em Oeiras.

Assim que chegámos a Oeiras descobri que me tinha esquecido da tiara e do véu em casa (PÂNICO 1), pelo que regressei a todo o vapor com o Daddy para recuperar o perdido.
Às 9h tinha encontro marcado com cabeleireiros, maquilhadores e fotógrafos na York House, onde me iria preparar, por convite do seu proprietário,  tio José Tomaz Mello Breyner, a quem nunca é demais agradecer.

Cheguei, tomei banho e aguardei. Os fotógrafos chegaram, mas o resto da equipa não (PÂNICO 2). Eram cerca das 10h quando as madrinhas começaram a chegar e  depararam-se com uma noiva inconsolável que achava que ia despenteada e au naturel para o seu próprio casamento.


Mas nada disso. Entretanto, o quarto já se tinha transformado nos bastidores de um desfile, véu para aqui, chapéus para ali, umas ao telefone, outras a juntar o pouco que tinham trazido para retoques: blush, lápis, rímel.
Quanto ao cabelo, o facto estava consumado: Domingo + feriado, meio de Agosto = ninguém. Mas há sempre um Anjo da Guarda. O meu foi a tia Ana, que ia de férias nesse dia, mas que antes decidiu que ia ajudar uma miúda que praticamente tinha visto crescer. Trouxe tudo: spray, laca, rolos, pente e escova, ganchos elásticos, e a habilidade de uma mãe de 3 raparigas. E salvou a noiva.


Bouquet Frederico Oliveira e Sapatos Rosa Clará 



Entretanto, o autor do bouquet entrou também naquela babilónia de quarto entregar a sua obra de arte. Não resisti a dar-lhe um beijo pela pontualidade, que, naquele dia, me pareceu a coisa mais preciosa do mundo. Obrigada Frederico Oliveira, da República da Flôr!





Enquanto a Carlota me punha o véu e a tia Ana consertava com a tiara, eu mesma finalizei a maquilhagem. 

Vesti-me e o atraso já era imenso. 







Luta seguinte: fotógrafos. Já estava tão atrasada que não me apetecia nada tirar fotografias. E o que gritei eu com aqueles pobres senhores! Que o noivo ia-se embora, que era uma tolice tirar fotografias quando o mais importante estava à espera, etc. Escusado será dizer que todas as raparigas se riram muito de mim por me encontrar naqueles preparos. 
Se soubessem como estava furiosa quando me tiraram estas fotografias...
FURIOSA!!

Metemo-nos no carro - cuidadosamente decorado com laços gigantes cor de rosa choque pela minha Mãe e irmã, mesmo a combinar comigo - e seguimos para a Sé em alegre caravana, que teve direito a escolta e tudo.

Chagados à Sé (miraculosamente arranjámos lugar meeesmo à porta), olhei para o vidro do carro e lembrei-me que não tinha batôn! Madrinha Inês já se tinha precavido, trazido o da tia Graça, num tom que não compromete e apliquei sem mais, ali, à porta da Sé.
Preparei-me, meninas das alianças à frente e Afonso, o meu irmão mais novo, segurei o braço do meu Pai, e as portas da Sé abriram-se...




TO BE CONTINUED...