Ontem falaram-me no meu avô, o meu avô materno, que não cheguei a conhecer pois faleceu quando eu tinha 1 ano. Gosto sempre que me contem coisas dos meus avós, e achei muita graça, quando um certo senhor da aldeia me disse "Ah, a neta do Domingos Calado! Sabias que ele andava sempre com um pão com carne no bolso (no alentejo chamam "carne" a um bocadinho de linguiça ou chouriço). Sabias? Com ele era sempre a rir, muito amigo de dar, sempre bem disposto, gostava muito dele".
E este encontro fez-me lembrar outra história, que acho muita graça e que vou partilhar convosco. Quando a minha mãe era nova, uma jovem rapariga, acabada de tirar a carta de condução, a minha avó teve um tempo no hospital. Dizem-me que o meu avô sempre gostou de jogos, de "arriscar" e nessa altura (como noutras terá feito) comprou uma fracção da lotaria. Ao que parece ganhou um prémio não muito significativo, mas bom - 500 escudos. Agarrou no dinheiro e deu-o aos médicos e enfermeiros que tomavam conta da minha avó na enfermaria, e guardou apenas o suficiente para comprar uma nova fracção da lotaria.
Com esta nova fracção ganhou o primeiro prémio - 200 contos na altura! (Deve equivaler a uns 25 mil euros de agora digo eu). Sorte a da minha mãe que ganhou um carro novo!
Encontrei o Francisco que me fez lembrar esta história, ontem, aqui:
Moral da história: a generosidade compensa! Sempre:)
1 comentário:
Gostei do post!! A generosidade compensa sempre.=o)))) Há realmente histórias que nos fazem ficar com um sorriso enorme e darmos graças a Deus pelo nosso passado. Que saibamos contar todas estas histórias aos nossos filhos e que saibamos deixar um rasto bem generoso para que um dia os nossos netos também recordem os avós com a mesma saudade e orgulho com que a Alexandrachumbo o fez aqui!!
Beijo
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