sexta-feira, 29 de junho de 2012
Educação dos filhos
Pode parecer "ingrato", pois todos os pais têm apenas uma e só uma oportunidade na vida de educar bem os seus filhos, convém pois que a aproveitem e proporcionem aos seus filhos a melhor educação possível.É certo que as crianças são também fruto do meio que as rodeia e das relações que estabelecem com outras pessoas que não os pais, mas também não há dúvidas em relação ao papel determinante dos pais na formação do carácter dos filhos.Bom, proponho-me isto por vários motivos, em primeiro lugar por ser mãe, e como mãe sentir o desejo enorme de formar bem os nossos filhos, não se tratando apenas de preservar o seu carácter mas sim de o formar! Em segundo lugar como psicóloga que trabalha com crianças e seus pais, e que tem constatado sérias dificuldades e pedidos de ajuda por parte destes que aflitos e com razão sentem que a boa vontade e o querer não chegam...A educação dos filhos é a maior responsabilidade que temos a nosso cargo, sendo que a nossa tarefa é formar "adultos" e não crianças, devemos desde cedo apostar em educar o seu autodominio, ou seja, a capacidade de se negarem a si próprios, de desfrutarem as coisas boas da vida com moderação, de prescindir dos "louros" e gratificações, de ser "senhor/a" de si. Desde cedo também devemos apostar na educação da coragem, coragem em superar as dificuldades, mesmo a falta de conforto físico e a dor. Certamente já reparámos que muitas vezes as crianças caem, e por vezes se ninguém olha para elas continuam a sua brincadeira levantando-se contentes da vida, mas se olhamos ou tecemos qualquer comentário desatam num pranto... Aqui começa a educação da coragem:)!O ser prudente, ser capaz de fazer bons raciocinios das coisas e das pessoas, de perceber o que é bom e o que é mau o que é feio e o que é bonito, também não pode ser descurado desde a infância, o mesmo acontece com a noção de justiça, que implica a aceitação do outro, esse outro que tem direitos e que também me cabe a mim tratar da sua felicidade.Como é que nós passamos estas coisas tão importantes às crianças? Bom, em primeiro lugar, passamos pelo exemplo, pelo exemplo que nós pais damos aos nossos filhos e pelos exemplos que proporcionamos que eles vejam dados por outros. As crianças imitam com satisfação os pais e outros adultos! Em segundo lugar passamos estas coisas pela prática dirigida, ou seja, por aquilo que as crianças são levadas a fazer uma e outra vez pelos pais repetidamente, até apreenderem um determinado comportamento. E em terceiro lugar, mas não menos importante, as crianças também aprendem através da explicação verbal que lhes é dada, pois as palavras também são muito importantes na educação.Para sermos bons pais, como certamente já constataram, temos efectivamente de ser pessoas melhores, devemos esforçar-nos por isso, por ser "pessoas exemplo" - exemplares. Portanto, graças aos nossos filhos, também nós podemos (e devemos) aperfeiçoar o nosso carácter e engrandecer o nosso coração!
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Laços Europeus
Quando o que une diferentes pessoas constitui algo tão precário e fraco como o dinheiro, a relação tem tudo para fracassar. Mesmo que se diga que não, que o que move as partes é algo mais profundo e altruísta, as únicas pessoas que perdem em manter a fachada são as próprias. Inevitavelmente, a bomba vai estalar quando o dinheiro acabar. E inevitavelmente, se se trata de um casamento nos moldes do verdadeiro casamento, estala a bomba mas aguentam-se à bronca. E desta forma, crescem, traçam novos esforços e desafios e limam as arestas que primeiramente os levaram à decisão de se manterem juntos.
Vou voltar atrás neste romance, porque me parece essencial analisar a razão que levou as partes a dar o nó, em 1957. O que os moveu? Uma genuína vontade de tomar decisões em conjunto, uma visão a dois, a cinco, a vinte e sete. Um interesse comum feito de visões únicas. Uma união mais forte, mais capaz, mais indestrutível, mais una, mais deles.
E mais nossa. Portugal aderiu à União Europeia nos anos 80. Uma união que procurava acima de tudo um aumento da capacidade económica através de uma abertura a novos mercados, a novas transações e a um mundo até então inacessível. Os drivers para além dos económicos, nunca forma bem comunicados. Nem assimilados. Não era fácil porque não lutámos juntos, os 27, desde o início. Porque tivemos guerras feias e frias entre as suas partes. Porque temos formas de pensar tão diferentes, que quase se anulam. Porque em várias dessas transações, eu ganho, se o outro perde.
As obrigações são títulos de dívida onde uma das partes, seja neste caso o Estado Português, emite um título em troca de um montante acordado, pago pelo investidor X. Na forma mais simples das obrigações, o X pagaria hoje o montante de uma obrigação a 5 anos, receberia juros pelo custo de oportunidade do dinheiro emprestado ao longo dos 5 anos, e receberia no final deste período o valor que tinha emprestado, atualizado a essa data, uma vez que cinco euros, por teoria, valem mais hoje (isto revela-se óbvio quando pensamos nos depósitos a prazo).
Já uma Eurobond é uma obrigação emitida pela União Europeia, composta pela dívida dos países que a constituem. A participação dos países neste tipo de obrigações tem que ser inevitavelmente ponderada uma vez que a solidez da dívida que apresenta uma Alemanha nada tem que ver com a solidez da dívida de uma Grécia. Uma das propostas relaciona-se com o rácio de dívida em % do PIB do país (debt-to-GDP ratio), o que se trata de um forte indicador mas ainda assim insuficiente: por força da nossa estrutura, a palavra dívida, debt, schuld, deuda, dette, pode querer dizer muita coisa.
Vantagens? Países de menor dimensão, com acesso mais fraco aos grandes mercados, ganham uma nova liquidez e mais depressa vêm a sua dívida transformada em ativo do que anteriormente.
Desvantagens? Como referiu a MT, e muitíssimo bem, é uma praga para países como o nosso. À partida esta opção revelar-se-á um el-dourado: a dívida que inunda as nossas contas, unida à dívida de países como a Alemanha, dará à eurobond uma estrutura de dama de ferro, como se de uma garantia de ouro se tratasse. Do tipo "óbvio que se a Alemanha está metida ao barulho, não pode dar para o torto e vou receber o dinheiro que investi". Mas pode correr mal, porque em tempos já falámos do conceito de default. E é por isso que, este mês, a chanceler alemã, Angela Merkel disse um redondo Não às Eurobonds.
Sou da opinião de que este instrumento não é descabido de todo, mas que tem que ser mais limado e regulado. Nos moldes atuais, beneficia os países que se encontram sobre-endividados - "vale a pena dever muito dinheiro!". E só resolvendo a crise como o estamos a fazer, sem soluções fáceis, é que este nó, dado em 1957, pode crescer, traçar novos esforços e desafios e limar as arestas que primeiramente os levaram à decisão de nos mantermos juntos.
Porque no final do dia, querido Estado Português, teremos que parar de fugir com o rabo à seringa e pagar o que devemos. Quer seja daqui a dois, cinco ou vinte e sete anos.
Um muito obrigada à nossa leitora que sugeriu este tema para publicação no blog, Mariana Taylor: pelo interesse demonstrado no assunto e pela confiança que depositou em que o iríamos abordar da melhor forma que sabemos.
Vou voltar atrás neste romance, porque me parece essencial analisar a razão que levou as partes a dar o nó, em 1957. O que os moveu? Uma genuína vontade de tomar decisões em conjunto, uma visão a dois, a cinco, a vinte e sete. Um interesse comum feito de visões únicas. Uma união mais forte, mais capaz, mais indestrutível, mais una, mais deles.
E mais nossa. Portugal aderiu à União Europeia nos anos 80. Uma união que procurava acima de tudo um aumento da capacidade económica através de uma abertura a novos mercados, a novas transações e a um mundo até então inacessível. Os drivers para além dos económicos, nunca forma bem comunicados. Nem assimilados. Não era fácil porque não lutámos juntos, os 27, desde o início. Porque tivemos guerras feias e frias entre as suas partes. Porque temos formas de pensar tão diferentes, que quase se anulam. Porque em várias dessas transações, eu ganho, se o outro perde.
As obrigações são títulos de dívida onde uma das partes, seja neste caso o Estado Português, emite um título em troca de um montante acordado, pago pelo investidor X. Na forma mais simples das obrigações, o X pagaria hoje o montante de uma obrigação a 5 anos, receberia juros pelo custo de oportunidade do dinheiro emprestado ao longo dos 5 anos, e receberia no final deste período o valor que tinha emprestado, atualizado a essa data, uma vez que cinco euros, por teoria, valem mais hoje (isto revela-se óbvio quando pensamos nos depósitos a prazo).
Já uma Eurobond é uma obrigação emitida pela União Europeia, composta pela dívida dos países que a constituem. A participação dos países neste tipo de obrigações tem que ser inevitavelmente ponderada uma vez que a solidez da dívida que apresenta uma Alemanha nada tem que ver com a solidez da dívida de uma Grécia. Uma das propostas relaciona-se com o rácio de dívida em % do PIB do país (debt-to-GDP ratio), o que se trata de um forte indicador mas ainda assim insuficiente: por força da nossa estrutura, a palavra dívida, debt, schuld, deuda, dette, pode querer dizer muita coisa.
Vantagens? Países de menor dimensão, com acesso mais fraco aos grandes mercados, ganham uma nova liquidez e mais depressa vêm a sua dívida transformada em ativo do que anteriormente.
Desvantagens? Como referiu a MT, e muitíssimo bem, é uma praga para países como o nosso. À partida esta opção revelar-se-á um el-dourado: a dívida que inunda as nossas contas, unida à dívida de países como a Alemanha, dará à eurobond uma estrutura de dama de ferro, como se de uma garantia de ouro se tratasse. Do tipo "óbvio que se a Alemanha está metida ao barulho, não pode dar para o torto e vou receber o dinheiro que investi". Mas pode correr mal, porque em tempos já falámos do conceito de default. E é por isso que, este mês, a chanceler alemã, Angela Merkel disse um redondo Não às Eurobonds.
Sou da opinião de que este instrumento não é descabido de todo, mas que tem que ser mais limado e regulado. Nos moldes atuais, beneficia os países que se encontram sobre-endividados - "vale a pena dever muito dinheiro!". E só resolvendo a crise como o estamos a fazer, sem soluções fáceis, é que este nó, dado em 1957, pode crescer, traçar novos esforços e desafios e limar as arestas que primeiramente os levaram à decisão de nos mantermos juntos.
Porque no final do dia, querido Estado Português, teremos que parar de fugir com o rabo à seringa e pagar o que devemos. Quer seja daqui a dois, cinco ou vinte e sete anos.
Um muito obrigada à nossa leitora que sugeriu este tema para publicação no blog, Mariana Taylor: pelo interesse demonstrado no assunto e pela confiança que depositou em que o iríamos abordar da melhor forma que sabemos.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Relações complicadas
Nunca foi uma relação fácil. Ficava sempre alguma coisa por dizer, alguma coisa 'subentendida' que eu não entendia. Havia ali mais qualquer coisa, mais para dar, não podia ficar por ali. Mas eventualmente ficava, e quando eu esperava mais, a conversa acabava. Vocês insistiam em ser três, quando três é multidão.
A minha relação com as reticências nunca foi fácil. Nunca usei três pontinhos a não ser nas composições de português do 7º ano. Porque me parece um excesso. Mas já lá vamos.
Um ponto. Gosto. Um ponto diz tudo, straight and simple.
A minha relação com as reticências nunca foi fácil. Nunca usei três pontinhos a não ser nas composições de português do 7º ano. Porque me parece um excesso. Mas já lá vamos.
Um ponto. Gosto. Um ponto diz tudo, straight and simple.
Mas há quem veja no ponto final uma resposta que se impõe, quase 'seca'. Quem só usa pontos finais nas suas frases corre o risco de parecer frio, distante. Falta emoção naquela vida! Falta alegria desmedida! Faltam pontos de exclamação desenfreados!!
Mas depois há aquelas pessoas que não conhecem os limites, que nunca ninguém lhes explicou que um parágrafo cheio de exclamações corre o risco de confundir o leitor e tudo o que é frase vira notícia de que o mundo vai acabar em 2013. Ele é ponto de exclamação no 'olá!', ele é ponto de exclamação no 'hoje tive exame!', ele é ponto de exclamação no 'beijinhos!'.
O que eu gosto mesmo mesmo é dos dois pontinhos. Nunca impõe, mas propõe. Resolvem sempre as conversas chatas porque se revelam extremamente dúbios: 'achas que me podias pagar os 8 euros que me deves à cerca de dois meses? É que corres o risco de eu tocar à tua porta às três da manhã, porque me têm feito muita falta..' ou 'querido/a vamos combinar como fazemos hoje? Eu posso ir buscar-te, ainda tenho dois litros de gasolina.. ou então vens tu..' ou 'João, epá tás bom? Olha hoje vou beber café com a tua ex-namorada, a Rita, ali ao Le Chat.. Alta cena! Espero que esteja tudo bem contigo! Abraço, Diogo". Love them!
Esta relação desce aos abismos quando se tratam dos três primos. Na minha cabeça, quando recebo uma mensagem com três reticências, passa-se o seguinte: "Mas 'tás-te a passar? queres que eu perca aqui 17 minutos a tentar decifrar se não te apetece ir porque vai estar lá não-sei-quem, ou se não te apetece ir porque está calor, ou se não te apetece ir porque está a jogar Portugal?".
Exemplifiquemos com algo mais concreto para este dia quente de Verão:
Exemplifiquemos com algo mais concreto para este dia quente de Verão:
'Querido/a, podíamos ir comer um gelado ali ao Santini...'
Ahh.. Isso quer dizer que vamos comer um gelado? Ou depois és capaz de me levar à Disney só naquela? Ou queres que seja eu a oferecer desta vez? É isso? Mas essas três reticências significam que vais comer três bolas?..
Ahh.. Isso quer dizer que vamos comer um gelado? Ou depois és capaz de me levar à Disney só naquela? Ou queres que seja eu a oferecer desta vez? É isso? Mas essas três reticências significam que vais comer três bolas?..
E eu fico cansada. E é por isso que tu e eu nunca nos vamos entender. Sempre será uma relação difícil, pautada por desentendimentos. Tu a quereres dizer uma coisa, eu a querer perceber outra.
Onde fica o in-between?
Peço desculpa aos leitores que acharam, pelo título do post, que se tratava de um desabafo de relações complicadas. Não tenho disso, porque imaginem só, nunca tive uma única discussão....
Onde fica o in-between?
Peço desculpa aos leitores que acharam, pelo título do post, que se tratava de um desabafo de relações complicadas. Não tenho disso, porque imaginem só, nunca tive uma única discussão....
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Home made
Ando numa onda de do it yourself como diria a VP. Ela é aprender a fazer pão caseiro (que boa ideia E!), ela é fazer bolos extra-rápidos para levar quando vamos jantar a casa de amigos, ela é pintar e arranjar unhas em casa, enfim. Um rol de "ela's é".
Das coisas que menos gostava quando era pequena era do dia trimestral em que levava O corte de cabelo. Sentada ao lado da T, para que ficássemos bem iguais (e nunca ninguém nos conseguisse distinguir - thanks mom!) via a minha mãe de tesoura em punho, a deixar-nos, a meu ver, Carecas.
Mas isso era antes. Há poucos dias, aconteceu isto:
Ao chegar a casa cansada depois de um dia de trabalho intensivo, e olhando para o espelho, pensei: querido cabelo, TU precisas de um corte bem dado. Seguindo esta onda do "ela é", acrescido o facto de me p-a-s-s-a-r por gastar dinheiro no cabeleireiro (saio mais leve, sem cabelo e sem carteira), juntei um mais um e fui buscar a tesoura de cortar cabelo da casa, própria para o efeito (a mesma que me deixava careca com cinco anos..).
E que sensaçãoooo tão boa! Corta daqui, agarra ali, mais um acertozinho aqui, e o lado direito já está.
Oh não. Oh-NÃO.
Lado direito começa a secar e a ficar mais curto. E agora?? E agora? O lado esquerdo tem que ser igual, ou corro o risco de me passar para o lado rockeiro da malta do Monsanto. Fechar os olhos (forma de expressão) e cá vai disto, lado esquerdo fica resolvido. É hora de enfrentar novamente o espelho e começar a acalmar os ânimos.
Começa-se sempre por pensar se é real. É. Depois passa-se para "o que vão achar disto". É aqui que entra o pico de criatividade da mulher: "já viste o calor que anda pelas ruas, isto é o que se vai usar neste Verão, cabelos curtos é o mais in!", "precisava de um refresh" - amigas começam a pensar que o conceito delas de refresh não envolve tesouras, bolas esta não vai dar para usar, "é uma forma de me distinguirem da T" - esta vai resultar, e as pessoas agradecem.
Estou convencida. Esticadores, secadores e algum tempo depois, aqui vou eu.
Porque neste campo, mais do que a estética vale o saber que fomos capazes.
Porque neste campo, mais do que a estética vale o saber que fomos capazes.
Um recado à Cláudia Vieira
Eu não vejo o Ídolos, por razões que não interessam para aqui. Mas com tanto zum zum da rapaziada no Facebook, decidi espreitar a causa de tanto alvoroço: o silicone de Cláudia Vieira.
Eu explico: um vestido que simula top e mini saia, o top preto e no meio do top um rectângulo gigante transparente, a fazer ver os melões (ou meloas, que é o que se aproxima mais àquele molde) da dita.
Considerações:
1. Quanto às transparências:
Ainda hoje comentava com 2 grandes amigas que também escrevem aqui, que gosto imenso de transparências, se souberem ser bem usadas: para sugerir, não para desvendar, mostrar, expôr. Com classe.
2. Quanto à Cláudia Vieira:
É uma pena. Um querida, gira, a ter que se descascar desta maneira na televisão nacional. Para além do facto de ficar extremamente mal e artificial de um esterno tão proeminente, tal a magreza, surgirem duas bolas, cada uma para seu lado, de plástico. Nem é sexy, nem atrevido, nem sensual. Não é nada, senão triste, uma miséria.
Aquela rapariga é mãe e tem um namorado, pai da sua filha. O que lhes passará pelo coração neste momento? Pela cabeça já sei que sim, que a mãe está linda, um espanto (porque é isto que a sociedade impõe), mas e pela alma? Decerto que se o Pedro Teixeira a pudesse vestir, não a vestiria assim. Ela, que é tão bem feitinha, que lhe ficam tão bem tantas coisas, vai logo aparecer assim, Monsanto by night style.
E uma pergunta à Cláudia: Sente-se bem assim? É que não me parece. As suas mãos denunciam o incómodo, a vergonha. Sempre a pôr o cabelo para a frente, sempre a pôr as mãos à frente. É de fazer doer o coração.
3. Quanto à SIC
A guerra de audiências vale mesmo isto? A sério?
domingo, 24 de junho de 2012
Sou Tia!
Que coisa mais amorosa,
mais cheirosa e pequenina
como é possível agora,
depois de mãe experimentada, ficar tão emocionada, com o facto de ser tia?
Que amor de criatura, que encaixa no meu colinho,
e dou por mim a pensar, que sensação tão docinha Deus havia de me dar.
Como é possível amar, alguém que é nosso sem ser?
Como é possível pensar, e o pensamento ocupar, com alguém tão pequenino, de quem não se sabe o destino, e que não nos pôde escolher...
Que coisa deliciosa, que boa esta sensação,
de ter cheio o coração, de um amor muito diferente, do sentido até então!
Sent from my blackberry *
E às vezes custa tanto deixar para trás. Não olhar mais, não pensar, não querer recordar. Sim, 'olha que é o melhor' e 'não vale a pena pensares nisso'. Mas só cada pessoa sabe de que forma a sua vida mudou com acontecimentos do passado. Acontecimentos que podem incluir pessoas, situações, alegrias e decisões. Coisas que não, definitivamente não queremos apagar. Mas que às vezes também não deviam voltar.
E se se pensa bem, são capazes de corresponder a poucas horas de todas as que já vivemos. Para a maior parte dos casos, ainda bem que o cérebro não se rege desta forma e guarda tanta coisa boa que demorou perto de poucos minutos. Para as coisas menos boas, apesar de muitas vezes guardar bagagem a mais para o nosso camião, tem a vantagem de fazer ganhar músculo, no topo superior esquerdo, logo abaixo da cabeça.
* Por isso as minhas desculpas pelos eventuais erros ortográficos
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Olha aqui o que eu descobri!
Um blog que é o gémeo do nosso porque se chama From the Heart. Que família gira, que forma linda de falar dos filhos, que alegria em casa. Deixo algumas das fotografias, para nos inspirar o fim-de-semana que está à porta:
E ainda por cima sábado é dia de um dos meus sobrinhos afilhado-mais-querido-do-mundo fazer anos.
This is gonna be good!
Temos tanto a aprender com estas famílias e com as vossas. No "nós" incluo todas as que ainda não constituíram as suas próprias famílias. No "vós" incluo as que já o fizeram.
Obrigada pelo vosso exemplo, por serem alegres, por ficarem derretidas, e por não terem esquesitices de o assumir e mostrar a quem quiser ver!
Está para breve um post de uma americana, nossa conhecida, que apoia a educação dos filhos em casa.
Uma perspetiva diferente, muito à frente.
E quando..
E quando os dias não passam, as horas não correm e os minutos não voam?
E quando estás no meio de uma multidão mas no fundo, no fundo, sentes-te como se não houvesse lá mais ninguém para além de ti?
E quando olhas, não acreditas, voltas a olhar e queres estalar os dedos e mudar de vida, porque há quem viva com tão pouco e se queixe ainda menos?
E quando percebes que a pessoa que mais amas neste mundo é também aquela que, com um pequenino toque, te pode tirar o tapete debaixo dos pés?
E quando temos a certeza, sabemos, queremos.. mas “tens a certeza?” e “acho que já não sei..” e “afinal não”?
E quando queres respostas e elas não chegam, porque andam ocupadas a fazer outras coisas?
E quando aquela música vem dizer exatamente o que sentes mas que ainda não tiveste coragem de lhe dizer?
E quando somos a força dos outros e vamos perdendo a nossa?
E quando está tudo ali, tudo o que podes querer, mas tu não crês?
O que eu não me rio quando
oiço palavras que saem do meu leque, mais que reduzido, de vocabulário.
E hoje, enquanto falava com o cliente sobre futebol, porque longe vai o tempo em que tentava falar com "eles" sobre o estado do tempo, evolução da moda, situação da economia atual, e temas afins, e mandava o meu bitaite "pois mas o CR7 só dedica os golos ao filho e o miúdo ontem nem fazia anos*, vá lá que se saiu com aquele cabeceamento na grande área!", o dito cujo responde:
"Pois, a Irina deve andar piúrsa!"
Aa.. o quê? Ouvi bem? Pi quê? Ela é I-RI-NA, não é Piúrsa. Ou isso tem esquema? Piúrsa, ah!! Pior-que-ursa, claro..
* a saber: no jogo Portugal-Holanda, o CR marcou dois golões e dedicou ao filho, que fazia nesse dia dois anos.
E hoje, enquanto falava com o cliente sobre futebol, porque longe vai o tempo em que tentava falar com "eles" sobre o estado do tempo, evolução da moda, situação da economia atual, e temas afins, e mandava o meu bitaite "pois mas o CR7 só dedica os golos ao filho e o miúdo ontem nem fazia anos*, vá lá que se saiu com aquele cabeceamento na grande área!", o dito cujo responde:
"Pois, a Irina deve andar piúrsa!"
Aa.. o quê? Ouvi bem? Pi quê? Ela é I-RI-NA, não é Piúrsa. Ou isso tem esquema? Piúrsa, ah!! Pior-que-ursa, claro..
* a saber: no jogo Portugal-Holanda, o CR marcou dois golões e dedicou ao filho, que fazia nesse dia dois anos.
E quando..
E quando chegas à casa-de-banho e não há papel higiénico, e tu sabes MUITO BEM quem foi, Rita?
E quando cais do alto dos teus saltos e enquanto sonhas que NINGUÉM te tenha visto, passa o teu boss e pergunta, “tem medo das alturas”?
E quando te dizem, num jantarão: “bora dividir a conta?” e tu só comeste uma sopa e uma empada?
E quando estás muito bem a cantar no carro, música aos berros e cabelo despenteado de tanto rock n' roll e.. passa o carro da polícia?
E quando percebes que fazes, hoje, aquela idade que vias tão distante há uns anos atrás?
E quando olhas para trás e nada, mas mesmo nada foi como esperavas, mas foi, só, M-I-Lhentas vezes melhor?
E quando pintas as unhas, vais dormir com a sensação de dever cumprido, e no dia seguinte estão para lá de mal com tanta marca de lençol?
E quando está um dia de sol intenso, tudo na praia, e tu tens uma lista de to do’s que vai daqui até bem longe da praia?
E quando pões o telemóvel a carregar durante a noite e chegas de manhã, a sair de casa, e vez que a ficha não estava ligada à corrente?
E quando corres até ao metro e as portas fecham à frente da tua cara, enquanto lá de dentro olham para ti com aquele sorriso de pen-inh-a?
E quando ofereces o último quadrado de chocolate, aquele chocolate, na esperança de que digam que "não, achas?!". E após momentos de hesitação, a contraparte lança-se ao teu MAIS-QUE-TUDO, sem dó nem piedade? acabou de acontecer..
E quando te perguntam com o ar mais inocente do mundo, se vais a caminho do quarto filho quando estás a fazer tudo para recuperar do segundo?
E quando ofereces o último quadrado de chocolate, aquele chocolate, na esperança de que digam que "não, achas?!". E após momentos de hesitação, a contraparte lança-se ao teu MAIS-QUE-TUDO, sem dó nem piedade? acabou de acontecer..
E quando te perguntam com o ar mais inocente do mundo, se vais a caminho do quarto filho quando estás a fazer tudo para recuperar do segundo?
E quando vais com uma amiga ao W, começas a contar a tua vida para uma das portas onde achas que ela entrou, ninguém te responde e ao fim do minuto 3 sai de lá não a amiga, não uma outra mulher, mas um homem?!
E quando recebemos um comment fantástico com as vossas histórias, do tipo “e quando”?!
Let's go Girls!
Querido Par de Sapatos, não me sais da cabeça
e tens uma pintarola! Podemos encontrar-nos para um café, on me. Isto se quiseres fazer deste dia o all star da minha semana.
Aren't they G-O-R-G-E-O-U-S?
Mil desculpas pela futilidade do post! Não resisti..
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Amor e Responsabilidade
Livro fascinante. Escrito por Homem fascinante, como foi recentemente proclamado. Hoje, em modo ritual-da-manhã-onde-leio-os-headers-dos-jornais, deparei-me com isto:
"Divórcio à Portuguesa: elas acusam falta de comunicação no casal, eles a ausência de amor"
A verdade é que:
1. Não sou casada
2. Não sou portanto divorciada
3. Estas coisas assustam-me mas não me fazem perder a garra
Já sei, já sei. Estou fartinha de saber que não vale a pena ir ler os comentários às notícias-bomba, porque a maior parte é um grandessíssimo disparate.
O que me apetecia colocar lá, era um parágrafo do livro que referi. Diz assim:
" Por natureza, ou, por outras palavras, em razão da sua essência ôntica, a pessoa é senhora de si mesma, inalienável e insubstituível quando se trata do concurso da sua vontade e do compromisso da sua liberdade. Ora o amor arranca a pessoa a essa intangibilidade natural e a essa inalienabilidade porque faz com que a pessoa queira dar-se a outra, àquela que ama. Deseja cessar de pertencer exclusivamente a si mesma, para pertencer também a outro. Renuncia a ser independente e também inalienável. O amor passa por esta renúncia, guiado pela profunda convicção de não conduzir a uma diminuição ou a um empobrecimento, mas, ao contrário, a um enriquecimento e a uma expansão da existência da pessoa. É uma espécie de lei de 'êxtase': sair de si mesmo para encontrar noutro um acréscimo de ser. "
Pensando bem, vou escrever lá isto. Mas não vou ler os comentários. Só leio os que deixarem aqui.
"Divórcio à Portuguesa: elas acusam falta de comunicação no casal, eles a ausência de amor"
A verdade é que:
1. Não sou casada
2. Não sou portanto divorciada
3. Estas coisas assustam-me mas não me fazem perder a garra
Já sei, já sei. Estou fartinha de saber que não vale a pena ir ler os comentários às notícias-bomba, porque a maior parte é um grandessíssimo disparate.
O que me apetecia colocar lá, era um parágrafo do livro que referi. Diz assim:
" Por natureza, ou, por outras palavras, em razão da sua essência ôntica, a pessoa é senhora de si mesma, inalienável e insubstituível quando se trata do concurso da sua vontade e do compromisso da sua liberdade. Ora o amor arranca a pessoa a essa intangibilidade natural e a essa inalienabilidade porque faz com que a pessoa queira dar-se a outra, àquela que ama. Deseja cessar de pertencer exclusivamente a si mesma, para pertencer também a outro. Renuncia a ser independente e também inalienável. O amor passa por esta renúncia, guiado pela profunda convicção de não conduzir a uma diminuição ou a um empobrecimento, mas, ao contrário, a um enriquecimento e a uma expansão da existência da pessoa. É uma espécie de lei de 'êxtase': sair de si mesmo para encontrar noutro um acréscimo de ser. "
Pensando bem, vou escrever lá isto. Mas não vou ler os comentários. Só leio os que deixarem aqui.
Welcome back summer!
Há mulheres que se perdem muito mais naquelas lojas "tudo a cinco euros", preferindo sair da loja com um saco pesado do que com uma peça única e que tem todo o ar de ser quase-exclusiva. Eu não me incluo nesse grupo (salvas raras exceções de "oportunidades imperdíveis"): prefiro ter uma coisa, só uma, mas de muito boa qualidade, que posso usar vezes sem conta e não se vai estragar na primeira lavagem, ainda que para isso tenha que desembolsar mais uns €€.
Nisso tenho o exemplo da minha mãe. É talvez das pessoas que menos compra roupa que eu conheço, mas tem um armário recheado de coisas cujas marcas são absolutamente proibitivas (para a minha carteira). O segredo? Foi comprando ao longo dos anos, trata super bem todas as roupas (não sei como, mas sempre que alguma delas me é emprestada perde logo esse "parecer novo"), e nunca passam de moda porque são intemporais.
Neste primeiro dia de Verão de 2012 (que só se nota em teoria...), fica aqui a minha seleção de roupa de uma marca que considero fantástica - Uterque! Lá está, é das lojas que eu gosto porque: é muito clean e cheia de pinta, com poucas peças em exposição (não há a típica pilha de S, M, e L) que fazem sentir que se está a adquirir alguma coisa bastante exclusiva, a roupa tem pormenores (ligo muito a pormenores, detalhes que quase ninguém repara mas que eu vejo e lhe dá um toque especial), o atendimento é muito bom (loja do Colombo) e quase tudo o que vende é original e lindo.
As carteiras a tiracolo são lindas!! Qualquer uma delas! Se estivesse aqui o meu querido L dizia a frase preferida dele no que diz respeito a estas aquisições:
"Coisas que custam 1 euro a fazer...".
O que é que se responde a isto?
O que é que se responde a isto??
A) Custam 1 euro a fazer... na Índia. Mas nós não estamos na Índia!
B) Pois, talvez. Mas já que falas nisso... tenho boas notícias! Se fores ao site (www.uterque.com), algumas destas minhas prediletas estão com GRANDES descontos, e eu faço anos daqui a poucos meses, e são mesmo lindas, e eu PRECISO. Ainda não é a Índia, mas aproxima-se :)
Resposta correta: B).
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