segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Para pequenas lutas, grandes vitórias

Hoje, mais do que nunca, vejo com clareza o resultado de pequenas lutas. Com apenas 4 anos (quase 5) o nosso pequeno V foi um exemplo para uma família que não é, nem por sombras, pequena. 

Durante 5 meses o nosso V foi um homenzinho, com apenas 4 anos já percebia mais ou menos o que se estava a passar. Sabia que estava doente, que não podia ir à escola, que não podia comer batatas fritas ou beber coca-cola. Sabia que tinha de fazer análises, tirar sangue. Sabia que tinha de ser mais crescido do que aquilo que a idade lhe exigia e perguntava "Mãe, posso chorar?". E chorava como os adultos: apenas com lágrimas que lhe escorriam pela cara. 

-Foram 5 meses de viver um dia de cada vez.
-Foram 5 meses a rezar mais, pedir mais, confiar mais.
-Foram 5 meses de oferecer por ele todos os "não" e os baldes de água fria.
-Foram 5 meses de admiração por uma mãe coragem que se desfez em mil bocadinhos (a vários níveis) e aguentou pé firme.
-Foram 5 meses de esperar por boas notícias e ser mais forte nas menos boas.
-Foram 5 meses de saber quando ouvir e quando calar (porque há quem saiba sempre a melhor solução para os problemas dos outros).
-Foram 5 meses de pequenas lutas que acabaram numa grande vitória.


Rodeado de muitos e bons amigos, de muitas e boas orações, o nosso querido V conseguiu uma grande vitória depois de pequenas (apesar de enormes) lutas. 

E hoje, ao fim de 5 meses tenho mais fé em Deus. Porque ao fim de 5 meses ouvimos o médico dizer:

"Estou muito feliz, porque nunca pensei que o V melhorasse. Devia ir pôr uma velinha ao Santo a quem rezou"

5 meses de uma esperança que é a última a morrer.

Sem comentários: