Para
a menina/mulher do vestido branco.
Querida tu, não sei o teu nome. Cruzámo-nos
agora mesmo, nem a nacionalidade devemos partilhar. Vim ao teu país mas não me
tomes por estrangeira, hoje em dia somos cidadãos do Mundo. Não queres que te
trate por querida? Ok, desculpa, é a minha confiança do costume tens razão.
Querida menina/mulher, amiga, porque o seríamos com certeza se eu soubesse a
tua língua e estudássemos as duas gestão: o teu vestido branco, discreto,
chamou-me à atenção. Estava perdida nos meus disparos, esquerda-cima-direita e
de repente a objetiva deparou-se contigo. Contigo e com o teu mais-que-tudo.
Não disparei, nunca o faria, ainda menos ao ver-vos tão juntos.
Querida tu, esse teu vestido contrasta com
toda a cena. Faz-me lembrar estes leitores do nosso blog que ultimamente são
bombardeados com temas cor-de-rosa sobre o casório, casar, e tudo o que deriva
da palavra casamento (e gostam!). Não te vou falar sobre isso para já, por duas
razões: porque há tantos outros caminhos e tu ainda não tens anel de noivado no
dedo e porque eu percebo pouco do assunto.
Querida tu, a vossa imagem – quase fotografia
– fez-me pensar nisto que te queria dizer: vales tanto! E cabe-te a ti
menina/mulher descobrir isso e defendê-lo com unhas (das mãos e dos pés) e
dentes. Cabe-te a ti mostrar isso mesmo aos outros. Começando no princípe. Tu e
eu conhecemos o nosso 6º sentido. Serve-nos tanto, às vezes tão bem e outras vezes
tão mal. Serve para os pormenores e para desenvolver ou moderar o
poder-tentacional que temos sobre o sexo oposto. Esse ao teu lado, o príncipe,
está nas tuas mãos. Vejo, na minha objetiva, que se ele pudesse, arrancava o
seu coração e dava-to. Sem pensar três vezes. É uma maravilha o amor humano, o
quanto somos capazes de amar pessoas iguais a nós, conhecendo-lhes todos as
qualidade mas também todos os podres. Sorris e eu percebo o que estás a pensar:
que o amor é a invenção mais incrível que existe. Mais do que a eletricidade,
porque é Luz, mais do que o fogo, porque é Calor, mais do que o Homem, porque vem
do Verdadeiro Homem.
Querida amiga, sim, acho que já o és. Estou
feliz por ti e pelo teu mais-que-tudo. Mas esse ao teu lado, não é teu. Nem tu
dele. Independentemente do sentimento querer mostrar exatamente o contrário.
Bem é simples. O 6º sentido pode ser lixado se não o soubermos aproveitar como
deve ser. Se nos deixarmos crescer em intimidade, com todas essas manifestações
de amor que de amor têm pouco e de sensualidade têm muito. A intimidade é uma
coisa lindíssima, mas no seu lugar. Não és dada a arrumações? Não faz mal, eu
também não.
Esse vestido branco contrasta, porque na
objetiva da minha máquina, aparecem duas pessoas apaixonadas e agarradas numa
intimidade brutal, com todas as manifestações que lhe estão associadas. Estás
de branco. E que bom seria se ele fosse realmente teu, e tu dele. Não são, ainda.
E este 6º sentido passa para 1º quando nos mostra que, é por esse não querer
esperar nas coisas pequenas, que um dia, quando pensares no grande, e no
vestido branco até aos pés, o princípe já não quererá tamanho compromisso.
E eu
percebo, porque é muito tecido e porque tem tudo o que quer, sem ter o “para
sempre”.
6 comentários:
A importância das coisas pequenas...gostei muito de ler!
Lindo
Ana, parabéns pelo post! Gosto muito mesmo!
ADOREEI! Mesmo muito bem conseguido!
MC
Queridas/os!
Gostei do conceito...descontraído e realista!Visite o meu blogue mqueridacrise.blogspot.com ;-)
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