Sim, era aquele. Era exatamente com aquele que eu me identificava, mesmo
havendo outros. O certo era que, com este, eu me via e ao dia-a-dia do meu
quarto. Este era aquele que finge que limpa, finge que arruma. Mas depois havia
o que dorme, só dorme e sofre de preguicite aguda. E depois o que tem mau
feitio. E depois o envergonhado e diz-se que só há vergonha quando nem tudo
está nos conformes.
Das coisas
que me ficaram na cabeça, depois de ver aquele filme, foi a cena em que um dos
anões varre o pó da sala para debaixo do tapete. Era mini e muita coisa entrava
sem aviso e assentava diretamente na cabeça – se os anõezinhos fazem, deve
estar moralmente certo (!). Mas aquilo.. Nunca aceitei muito bem e quando
pensava em fazê-lo, nas lides domésticas dos 13 anos, tinha um feeling que
ainda ia acabar por sair caro e ter mais trabalho – varrer + levantar tapete + viver
com o pó + desistir da ideia + sacudir tapete + voltar a varrer + ir buscar a
pá + descasca.
Tenho pensado sobre isto. Não especificamente sobre os sete anõezinhos e
as suas sete preguicites, que longe vai o tempo em que pensei ser a feliz
contemplada com um trevo de 4 folhas e o pote de ouro. Mas aquele anão tem-me
feito pensar. Pelas vezes em que arrumo mas não arrumo. As coisas dançam, saem
dos sítios, são limpas, ganham um novo espaço, tudo! Mas continuam desarrumadas.
E depois lembrei-me daquilo que, deliberadamente, desconhecia. Que nunca haverá arrumação, e entenda-se, ordem, se não há UM espaço inteligente para cada coisa e se cada coisa não tiver UM espaço próprio. E tem-me feito ganhar anos de vida. É chato, chatíssimo, nem imaginam (?).
Ter que levar cada coisa para o seu sítio quando eu gosto tanto do verbo 'pousa aí'.
E depois lembrei-me daquilo que, deliberadamente, desconhecia. Que nunca haverá arrumação, e entenda-se, ordem, se não há UM espaço inteligente para cada coisa e se cada coisa não tiver UM espaço próprio. E tem-me feito ganhar anos de vida. É chato, chatíssimo, nem imaginam (?).
Ter que levar cada coisa para o seu sítio quando eu gosto tanto do verbo 'pousa aí'.
Mas dá-me anos de vida quando, ao precisar
de qualquer coisa, sai um 'sei exatamente onde está'!
2 comentários:
Hihih. Beijinho grande desta tua Branca!
a minha avó que Deus tem dizia-me sempre, "cada coisa tem seu lugar e cada lugar sua coisa" :)
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