Os pais devem, desde cedo, ajudar as crianças a lidar com os sentimentos e a entender as "nuances" com que a vida as surpreende.
E como podem os pais fazê-lo? Como se processam estas coisas tão importantes com as crianças?
Questões como: - Porque ficamos tristes? O que nos deve dar alegria? Como devemos reagir perante a dor? Porque sofre o nosso coração? São temáticas dentro da inteligência emocional dos mais pequenos com as quais temos o dever de nos preocupar… Como passamos nós estas respostas aos nossos filhos?
Bom, em primeiro lugar, passamos as respostas pelo exemplo, pelo exemplo que nós pais damos aos nossos filhos e pelos exemplos que proporcionamos que eles vejam dados por outros. As crianças imitam com satisfação os pais e outros adultos, e agem segundo os exemplos que observam com mais frequência.
Em segundo lugar passamos estas coisas pela prática dirigida, ou seja, por aquilo que as crianças são levadas a fazer uma e outra vez pelos pais repetidamente, até apreenderem um determinado comportamento. Em terceiro lugar, mas não menos importante, as crianças também apreendem através da explicação verbal que lhes é dada, pois as palavras também são muito importantes na transmissão de emoções, sendo o diálogo fundamental em qualquer família, em qualquer circunstância.
Para sermos bons pais, como sabem, temos efectivamente de ser pessoas melhores, devemos esforçar-nos por isso, por ser "pessoas exemplo" – exemplares. Portanto, graças aos nossos filhos, também nós podemos (e devemos) aperfeiçoar o nosso carácter e engrandecer o nosso coração, (os filhos podem de facto ser muito educativos para os pais).
Perante as perturbações emocionais dos filhos, os pais podem agir de diversas formas, sendo que o ignorar completamente os sentimentos das crianças nunca é uma boa opção. Outro risco que os pais não podem correr é ser demasiado permissivos, tentando apaziguar a criança mas sem a ajudar a encontrar soluções para o seu problema. O mais adequado será sempre tirar proveito da situação de perturbação emocional da criança, tentando entender o que está a perturbar a criança e porquê, ajudando a encontrar formas positivas de acalmar e controlar as suas emoções.
É importante que se explique à criança que há diferentes tipos de tristeza, pode estar-se triste porque um amigo não quer brincar connosco, mas também se pode estar triste porque morreu um avô… e o que se sente é diferente.
A aprendizagem emocional começa na barriga da mãe, nos primeiros momentos de vida do bebé e continua ao longo de toda a vida, sendo que na infância a plasticidade cerebral é maior e portanto é ai que a criança forma o núcleo das suas perspectivas e capacidades emocionais.
Todas as pequenas trocas entre pais e filhos possuem uma legenda emocional, e são importantíssimas para a formação deste núcleo de emoções que vai ser decisivo na formação da personalidade da criança.
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