Ultimamente tenho sido
surpreendida com uma série de relações que chegaram ao fim. As palavras não são
o meu forte. Fico frequentemente calada, é que nada do que eu diga pode aliviar a situação. As reações são mais maduras como é de esperar. Sem "crimes passionais" à mistura.
Há finais felizes e há
finais necessários.
O desapego. O desapego não é “não
querer saber mais mas falo disso
a toda a hora”. Não é encontrar um encosto noutros braços. Não é fazer
de conta que nunca se conheceu. Ou não trocar palavras numa mesa de café.
Não fui ver ao dicionário o
significado da palavra. Mas tenho quase a certeza que o desapego é um lugar
frio.
Também não tem nada que ver com
uma atitude de pasmaceira de não fazer nada por isso. Pelo contrário, às vezes
implica uma atitude corajosa. Porque às vezes o primeiro passo para largar é
assumir “que seja feita a Tua vontade e
não a minha”. Mesmo que se tenha de repetir esta frase mil vezes em 24
horas. Numa média de 0,6944 vezes por minuto.
Paciência!
Depois o café esfria, depois a prioridade muda, depois o encanto se
perde, depois o cedo fica tarde, depois a saudade passa… Depois tanta coisa
muda.
É como o novo look que sempre
quiseste ter: só começa quando decides abandonar o antigo. E não faz mal se
vires fotografias antigas e pensares “oh
o meu cabelo estava tão comprido”. Porque estás decidida nesse recomeço e o
cabelo volta sempre a crescer.
Não fui ver ao dicionário o
significado da palavra. As palavras nem são meu forte. Mas de uma coisa estou
certa agora: é que duas linhas paralelas se cruzam no infinito.
Resta descobrir as linhas.
3 comentários:
Wowwww!! :)
Gosto mesmo muito deste texto... É tudo tão real :-)
Querida Migaça tão bom te-la por aqui!
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