quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Foodie.

Quem me conhece (e à minha família!) sabe que gosto muito de petiscos, coisinhas apetitosas, ir jantar fora, entradinhas, comer, comer, petiscar, petiscar, yum yum.

Mas não é assim qualquer coisa. Para além de não comer carne (essa história fica para outra altura), também sou a pessoa mais esquisita que existe. É que sou mesmo.
Eu cá diria apenas exigente, digamos. Sou uma pessoa exigente.

E portanto, decidi fazer algo que me parece apenas lógico...falar sobre comida!

Já fiz alguns posts com receitas, algo que vou continuar a fazer, mas agora refiro-me especificamente a restaurantes, cafés, padarias, bars, ou outros "lugares de petisco".

Uma espécie de wannabe crítica de sítios giros, com ambiente, BONS PETISCOS, de preferência baratos, etc e tal.

Parece-vos bem? Começamos amanhã com o restaurante japonês (claro!) TOMO.

Quando um blog junta uma advogada gira, moda e cabelos: O RESULTADO SÓ PODE SER FESTA!

Cá está um evento a não perder, até porque alguém vai ao cabeleireiro..... yeahhhhh
A festa é promovida pelo blog da Maria.
A minha presença é garantida....e a tua?


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mulherzinhas

Queridos amigos,

  Há duas épocas do ano em que não conseguirei vir ao blogue escrever e a razão é sempre a mesma: exames! Estive em plena época de trabalhos na faculdade e quis dedicar-me de corpo e alma ao mestrado, pelo que vim visitando o blogue e fui acompanhando tudo o que foi aqui escrito mas não consegui dedicar-vos palavras algumas, peço desculpa.

  Pois bem, as (boas, esperemos) notícias é que estou de férias e vou voltar à blogosfera. Tenho tanta coisa em mente para vos falar!

  Ontem estive a ver um filme de que tanto gosto... As Mulherzinhas. É um filme de há muitos anos, já, mas continua a ser dos meus preferidos pelo simples facto de os motivos que são tratados não passarem de moda: a família, a amizade, o amor, o trabalho.


 Penso que todos já terão visto a película (e quem ainda não viu ficou com uma certa curiosidade ou não quer estar incluído nos que "ainda não viram" e vai a correr ver, não duvido!). É um filme lindo, a história de quatro irmãs que têm uma amizade fortíssima. Uma história que me faz lembrar a minha própria história de amizade com os meus irmãos (mais especificamente, desculpem-me os rapazes, com as minhas duas irmãs). Faz-me lembrar as horas que ficávamos a falar à noite, antes de dormir, as gargalhadas que soltávamos, as experiências vividas, e os bons conselhos que me dão hoje em dia... e das saudades que tenho de vivermos na mesma casa! 

Com os meus irmãos sempre foi assim: uma enorme amizade, muita diversão, muitas gargalhadas. Em pequeninos, brincávamos às Missas, aos pais e às mães, às "escolinhas", aos autocarros. Os papeis iam rodando: quem era o pai, na brincadeira seguinte, seria a mãe, quem era a mãe passaria a ser o condutor da carris. Mais tarde, em adolescentes, dançávamos ao som das músicas do Titanic. Depois, os meus irmãos começaram a casar e a ganhar seriedade. Já não temos as "palhaçadas de meia noite" mas somos muito amigos e, aos Domingos, a minha casa volta a estar cheia de vida e de alegria com a presença dos bebés todos que foram nascendo ao longo dos anos...


domingo, 27 de janeiro de 2013

The Real Bears.


Perspetivas



Mais uma vez, comprovada esta verdade universal!

Enquanto esperava, fui folheando uma daquelas revistas típicas de cabeleireiro. Numa delas, era dado grande destaque aos Globos de Ouro, e respetivos vestidos. Numa rápida vista-de-olhos, enquanto que alguns me parecem ter o seu quê de elegante, há outros que, na minha opinião, perdem toda a elegância e beleza, quando deixam de desempenhar a função para que foram feitos  - vestir! E isto apesar de a maioria ter um comprimento até aos pés...
Por isso, digo que não terá sido isso que me terá levado a dizer, quando chegou a minha vez de cortar:
- Por favor, cortar isto (nivelar com a mão) abaixo dos joelhos... Ombros! Desculpe :)
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Style-tto

Sabemos que estamos à frente de uma mulher quando, ainda que tenha apenas 1 ano e meio, na noite de Natal, depois de receber mil bonecas lindas, brinquedos, etc, ao receber um par de sapatos, larga tudo o resto e põe-se a correr pela casa, enquanto grita como se tivesse ganho o Euromilhões: 

SAPATOOOS!!

A cena está gravada (sorte de ter uma câmara de filmar nesse preciso momento)!






Talvez saia à mãe, talvez esteja no ADN feminino, tal como vem bem explicado aqui no blog da Maria.
A mãe, vergonha das vergonhas, contabilizou na última semana cerca de 80 pares de sapatos. 80 para 23 anos. Número redondo, que revela bem a futilidade que vai nesta cabeça. O meu lado esquerdo, que pelos vistos é mais o "lado de baixo".
Sempre tive uma paixão por sapatos e sim, aquela terrível compulsão de achar que estes não têm nada a ver com os outros, e que nesta cor são até mesmo um investimento familiar, porque o nude vai bem com tudo e alonga as pernas.
O que se há-de fazer? O pó de que sou feita manifesta-se assim.

Mas tenho procurado nos últimos tempos, por razões várias, aderir a uma ascese que me purifique deste mal que me consome a mim, ao meu marido e à nossa conta: por isso vou dando, desfazendo, reciclando, deitando para o lixo.

Sim, e SÓ depois do Adeus, são os tais 80. Porque já foram muito mais.

Tudo isto apenas para desabafar o incompreensível: não sei a causa desta obsessão-compulsão, que tem particular incidência no sexo feminino. Não sei se será vaidade - ainda antes de os imaginar calçados, já eu estou in love por isso não sei se será isso -, tenho antes para mim que é a particular queda para o Belo que nasce com cada mulher.
Calçamos a estética na nossa vida, como se calçássemos os nossos sapatos.
Neste caso, em particular, trata-se de pensar que tendo uma base bela, tudo o que se ergue sobre ela será ainda mais belo.

Vaidade, agora sim? Pois, talvez.
Ou talvez não. Talvez seja uma mera analogia inconsciente com algo muito maior: a certeza de que as nossas bases valorativas, tal como os sapatos, têm que ser belas, para nós, enquanto pessoas, o sermos também.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Maria Sofia

Foi há um ano que a nossa Xana entrou neste projecto do HEart (como o tempo passa rápido!!!), mas também foi há um ano que morreu uma senhora chamada Maria Sofia.


Vou vos falar da Maria Sofia.
Não é que a sua vida tenha tido coisas extraordinárias, mas foi uma vida bonita!
Só falei uma vez com a Maria Sofia, e isso bastou-me para perceber que era uma grande mulher! Uma senhora com uma educação tão simples e ao mesmo tempo tão requintada (como é tão apreciada a humildade), pois era de uma delicadeza a falar que tornava quotidiano e normal  tudo o que tinha feito de grandioso, de aventuroso.
Descobriu a sua vocação a ler um livro.
E tal como os descobridores portugueses, que embarcavam em viagens pelo desconhecido, sem saber se iriam encontrar dragões, assim fez a Maria Sofia, mas fez com a sua vida. 
E naquela tarde de verão, numa casa em Sintra, enquanto eu ouvi a história da sua viagem pelos mares descobertos  lembrei-me que existem pessoas que estão à nossa volta, e até passam despercebidas mas que são o sujeito deste poema (dos meus preferidos!):


Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
Sophia Mello de Breyner

1 ano a blogar

Foi há cerca de 1 ano, a minha estreia neste blog. Os anos passam a correr, e este sem dúvida voou! 80 000 visitas depois, vale a pena parar, olhar para trás e lembrar, que "no matter what" isto :) é uma verdade.
Foi um ano de desabafos, de opiniões, alguns poemas... E considerações várias sobre a vida.
Escrevi sobre a amizade, sobre a paciência, sobre o silêncio.
Escrevi também sobre as mulheres, vi umas muito bem vestidas, e aproveitei sempre que pude para divulgar este projecto do meu coração.
Soube também agradecer sem medo, (é sempre bom dizer obrigada), e soube "só ficar" :)
Escrevi sobre educação dos filhos, uns do avesso, e outros mais certeiros.
Este ano fui tia, entrevistei os meus filhos,
O post que eu escrevi mais lido foi este! não percebi bem porquê, confesso. 
Gostei muito de escrever este aqui, mas o que eu mais gostei de escrever foi este :) 
Se tiverem amigos jornalistas mostrem-lhes este, pois ainda está bem actual!
E uns dias antes do próximo Natal, não se esqueçam deste aqui, ok?
 
Procurei ter sempre estilo, mas se nem sempre consegui desculpem-me...



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Universidade Católica, 28/Jan. 2ª Feira

Às 18h30.



Para saber mais sobre esta Cruz, e a sua construção, vale a pena dispensar 4 minutos do seu dia e visionar este vídeo no YouTube.


A Cruz tem cerca de 2,20 m e tem como título: "Como Cristo Amou a Igreja": Efésios 5:25, “Maridos, amem  as suas esposas, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.”

Tive a graça de acompanhar de perto a construção da Cruz, e perceber a sua história é perceber o seu título. É impossível ver a Cruz e não elevarmos os nossos corações a Deus.
O autor é o escultor Carlos Oliveira e o seu co-autor Pe. Miguel Pereira.

Um pouco do que é a Teologia do Corpo, e o espírito deste IV Simpósio Internacional que vai decorrer em Fátima.  

A Universidade Católica será o primeiro local de uma peregrinação por várias paróquias no país, até à data do Simpósio.

Encontramo-nos lá?
Espero por vós.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Vais ou ficas?

Eu tenho uma Chanel preta no lado esquerdo da vida


Porque ganhei-a num concurso no Blog da Maria, com o suor da minha imaginação de um sábado de manhã. E, não há volta a dar, com isto está montado o cenário de lado esquerdo.
É de 1989, o ano em que eu nasci. O que me faz pensar romanticamente que ela já foi feita a pensar em mim (por aquela senhora funcionária da Chanel, de cabelo muito arranjado e sorriso maravilhoso, enquanto a costurava à mão). Mas isto é o meu lado esquerdo da vida.
“É daquelas carteiras clássicas que ficam bem com tudo”, mas que nunca sai do armário porque tenho mais medo de perdê-la do que todo o seu interior. Neste caso, o interior não é o mais importante. Não é o coração do ser, mas a pele que o reveste. Oh! A pele da Chanel! Preta, brilhante, duradoura! Digam lá se isto não é de lado esquerdo…
“O problema não está nas coisas que temos, mas na importância que lhes damos.”
O problema não é ter um lado esquerdo da vida, é quando o deixamos de olhar do lado direito.

O lado esquerdo da vida


(Foto tirada durante o meu estudo, enquanto o lado esquerdo da vida apareceu!)

O lado esquerdo da vida.
Toda a gente tem um lado esquerdo.
Atenção, o lado esquerdo da vida, não é o Lado Lunar do Rui Veloso. 
O lado esquerdo da vida, é um lado que de vez em quando saí cá para fora, que desarruma o quarto, que decide fazer um bolo, que come todos os chocolates que estão no pacote, que distraí o nosso pensamento com musicas pimbas pseudo comerciais, que faz constantemente sketch nos apontamentos importantes, que um dia decide abrir as gavetas e arrumar as meias por cores (mesmo sabendo que é um trabalho impossível de acabar!)... este é o lado esquerdo da vida, todas as pessoas têm um, mas há pessoas que têm mais do que outras.

sábado, 19 de janeiro de 2013

TOB*


* Theology of The Body.
 

Como dizer isto com suavidade?

Eu não sei, por isso sirvo-me da voz de João Moreira Pinto, marido, pai e cirurgião pediátrico, aqui:

O nascimento do segundo aproxima-se. Os preparativos para o parto incluem a programação da agenda de visitas: umas à maternidade, outras já em casa. Eis algumas considerações. O período neonatal compreende os primeiros 28 dias de vida do recém-nascido. É um período crítico, durante o qual o bebé está muito susceptível a infecções. Infecções essas que levarão sempre a hospitalização. Qualquer recém-nascido com febre exige visita hospitalar, para rastreio séptico e, muito provavelmente, internamento em unidade de cuidados neonatais.

Pensem nisto. O recém-nascido viveu os últimos nove meses debaixo de água. Recebeu sempre os nutrientes já digeridos e prontos a consumir. Pelos seus pulmões e pelo seu intestino, só circulava líquido amniótico. Os sons que ouvia eram filtrados pela barriga da mãe, que também o protegia de todas as agressões mecânicas. Todas estas 'regalias', ele perde de um dia para o outro. Este organismo fechado numa 'redoma' terá agora que lidar com ar (mais frio e mais seco, do que ele alguma vez sentiu), com a alimentação oral (leite que terá de digerir e 'partir' em todos as pequenas substâncias que fazem funcionar o corpo), com vírus e bactérias a gravitar à sua volta (a colonizarem-lhe a pele, o intestino, o nariz e a boca), com barulho, com frio, com calor. Passa de 8 para 80, em minutos, o que debilita o seu corpo frágil. Tem de ser o mais protegido possível.

Agora, o lado materno. A gravidez é um processo desgastante para qualquer mulher. Apesar de algumas não se sentirem fatigadas psicologicamente, socialmente e biologicamente o impacto é enorme. Sempre. As últimas semanas são de uma privação ao sono monstruosa. Privação esta que se manterá seguramente durante os primeiros meses de vida da criança. Depois há toda a adaptação do recém-nascido à mãe e da mãe ao recém-nascido. É uma aprendizagem que (dizem-me) é sempre nova. Não há filho igual ao outro. É o 'pegar' na mama (ou tetina), são as cólicas, as fraldas, as manchinhas, o choro por isto, o choro por aquilo, o choro por coisa nenhuma. Enfim, os primeiros dias de vida são difíceis. Bonitos de recordar, mas difíceis de viver.

Se em cima disto tudo, a Mãe tem que fazer boa cara para cumprimentar a prima, o bebé tem que se aperaltar para receber o tio da mãe da amiga, os dois têm que aturar uma sala cheia de gente a contar lugares comuns. O francisquinho nasceu assim, o outro parecia um leitão, a menina comia assado, outra nem por isso. Para além disso, existem patogéneos (vírus, bactérias, fungos) que transportamos inconscientemente nas mãos, nos cílios do nariz, na própria roupa, que entrarão em contacto com o recém-nascido frágil e com poucas defesas. Se existe alguma coisa boa (e acredito que seja das únicas) pelo facto de as famílias viverem mais isoladas, é o facto de poderem se proteger deste tipo de agressões. 

Não me interpretem mal, porque quem tem um blogue gosta de socializar. Não sou excepção. São só 28 dias, para Mãe e bebé se adaptarem convenientemente a esta nova vida. Para mim, e para a maioria dos pediatras com quem trabalhei, é uma imposição médica: as visitas durante o primeiro mês deverão ser espaçadas no tempo e restritas no número de pessoas. Aos primeiros dias, só a família mais próxima. Os outros terão muito tempo para adorar o menino.
['La Madonna dei Garofani', Rafael; fonte: nationalgallery.org.uk]

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

9º Almoço Mulheres do Séc.XXI

Queridas Leitoras deste nosso Blog (homem não entra:) Reservem já o dia 8 de Março, das 12h30 às 14h30 nas vossas agendas. Vai ser neste Dia Internacional da Mulher o 9º Almoço MSXXI Em busca dos Valores Quem alinha?

E... não demorou!

Chegou, à meia hora, uma notícia tão boa, mas tão boa, mas tão boa, que pode fazer com que aquelas de que falei aqui em baixo não passem de ninharias!!

Para não deitar foguetes antes do tempo, não adianto ainda do que se trata, mas peço as orações de todas as leitoras e leitores do blog por uma intenção muito especial!!

Obrigada!

VENHAM AS BOAS NOTICIAS!

Há dias em que acordamos para as más notícias...
 
1.º - Depois de vermos cerca de vinte sítios (não estou a exagerar) para o casamento eis que decidimos fazer numa Quinta bonita e onde coubessem tudo e todos; mostrámos às mães e ficou tudo ok. Segundo a dona da Quinta, cabem 500 pessoas ali dentro.
 
2.º - Passado 1 mês (ontem), empresa de decoração faz o plano das mesas e conclui que cerca de 70 convidados não cabem nesse espaço, com espaço (e nós não temos nem de perto 500 convidados);
 
3.º - Ontem: empresa de decoração sugere novo sítio, que não vimos porque não nos atraiu. Resposta: já estou por tudo, vamos para o novo sítio se tem que ser.
 
4.º - Hoje: Sugestão de novo sítio: ocupado.
 
5.º - Há duas semanas: vimos uma casa que adorámos, em conta, e pareceu-nos que tinham gostado de nós. Combinámos que o contrato seria assinado esta semana. Sonhámos mil vezes tudo o que íamos fazer e remodelar naquela casa.
 
6.º - Ontem: depois de enviarmos todos os documentos e declarações e comprovativos e falarmos por email sobre contornos do contrato, e nos dizerem que por eles esta semana ficava tudo tratado, não recebemos resposta.
 
7.º - Hoje: Ligamos ao senhor a perguntar se está tudo bem e recebemos uma simples resposta:
Esqueçam, já não vai haver arrendamento. E desliga-nos o telefone na cara.

Não se faz.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Desde pequenino...


Comigo é assim desde que me lembro...e assim o será para sempre!

Acreditas na vida após o nascimento?

 
"No ventre de uma mulher grávida estão dois bebés. Um pergunta ao outro:
- Acreditas na vida após o nascimento?
- Claro. Algo tem de existir após o parto. Talvez nós estejamos aqui porque precisamos de nos preparar para o que virá mais tarde.
- Parvoíce! Não há vida após o nascimento. O que seria essa vida?
- Eu não sei, mas certamente haverá mais luz. Talvez andaremos pelos nossos próprios pés e nos alimentaremos pela boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? Isso é ridículo! O cordão umbilical é onde nós comemos. Vou-te dizer uma coisa: a vida após o parto está excluída. O cordão umbilical é muito curto.
- Bem, eu acho que deve haver alguma coisa. E talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos acostumados aqui.
- Mas ninguém nunca voltou do pós-parto. O parto é o fim da vida. E acima de tudo, a vida não é mais do que uma angustiante existência na escuridão e que não leva a nada.
- Bem, eu não sei exactamente como será depois do parto, mas com certeza vamos ver a nossa mãe e ela vai cuidar de nós.
- Mãe? Tu acreditas em mãe? E onde pensas que ela está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! É nela e através dela que vivemos. Sem ela, o mundo inteiro não existiria.
- Bem, eu acho que não! Eu nunca vi mãe, por isso, é lógico que não exista.
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio podemos ouvi-la a cantar ou senti-la a acariciar o nosso mundo. Sabes... Eu acho que há uma vida real que nos espera e que aqui apenas estamos a preparar-nos para ela..."

Não fui eu que escrevi e não sei quem é o autor, mas gosto imenso, dá que pensar!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O que me tranquiliza


é que tudo o que existe
existe com uma precisão absoluta.

não para nos cravarmos na ignorância e ficarmos mudos a ver os dias passar, mas simplesmente para constatarmos que o que podemos fazer é sempre pouco num total que tende para o infinito; que podemos sacudir, mas nunca interferir com a perfeição com que fomos criados.

o que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fracção de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete
tudo o que existe é de uma grande exactidão.

hoje, no meio de tanta boa disposição e simpatia, baixa o tom e diz entre lábios “doutora, é que eu fiz uns abortos, sabe…” E isto, ao quarto dia de internamento, fez-me encaixar uma peça no puzzle daquela mulher: acabamos desarmados quando remamos no sentido contrário. Tristeza é o que fica, mas convenientemente camuflada com paroxetina.
 
pena é que a maior parte do que existe
com essa exactidão
nos é tecnicamente invisível.
 
talvez fosse mais fácil: eu saberia o que eles têm de doente, ela saberia o que levava no útero; sabia a molécula, sabia a sinapse, sabia porque é que está triste e porque é que não dorme. Sabia várias coisas mas, mesmo assim, sabia o essencial? O que é isto de estarmos aqui “plantados” que advém de nos equilibrarmos na “planta” dos pés?
 
A exactidão das coisas: o que nos dá o rumo é exterior a nós e não depende da nossa loucura. É uma âncora. É uma conversa amena que, às vezes, não é fundamental entendermos.
 
o bom é que a verdade chega até nós
como um sentido secreto das coisas.
nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.


Poema de Clarice Lespector “Precisão

Educação e televisão

Fotos da cronologia
Temos de concordar que a televisão é muitas vezes "inimiga" do diálogo, e o diálogo é regra de ouro na família.
A televisão, embora possa ter algumas coisas boas, se não é usada com prudência e sabedoria pode "disfarçadamente" deseducar os filhos e desencorajar hábitos que tanto trabalho deram aos pais a fomentar. É imprescindivel ter muita atenção e cuidado com os média, nomeadamente com a televisão. A regra deve ser a televisão apagada, sobretudo durante as refeições. Quem acende a televisão devem ser os adultos, sendo que os filhos se quiserem terão de pedir autorização aos pais para verem determinado programa. O deixar ou não ver determinado programa, concurso, filme ou documentário, deve ser uma decisão ponderada pelos pais com base na qualidade do programa em si e não com base no comportamento da criança ou na sua vontade. Há de facto algumas coisas boas na t.v., ela pode proporcionar um entretenimento saudável e moderado se for usada de forma razoável e inteligente (como meio de unir a família portanto! e não o oposto).
O ideal é que haja apenas um aparelho de televisão na casa, isto dá aos pais um maior controle e faz com que todos sejam mais responsáveis na sua utilização. O desejado é que a família possa assistir em conjunto a bons programas, filmes, eventos desportivos, que sejam fonte de diálogo, de troca de ideias, risos e emoções em conjunto. Claro que as crianças podem fazer sugestões e pedidos para ver determinada série, mas são os pais que decidem como, o quê e quando (depois de se informarem bem acerca do programa e do seu conteúdo educativo). Esta liderança enfatiza a autoridade dos pais.
O que os pais devem procurar no uso moderado da t.v. não é apenas proteger as crianças, mas também ensiná-las a discernir por meio de critérios firmes, o que é bom e o que é mau.
Quando se tem um controlo sobre a televisão e esta sai "do centro da sala", acontecem espaços de tempo (inicialmente estranhos mas depois maravilhosos) para a vida em família. Mais tempo para pais e filhos se conhecerem, jogarem juntos, lerem bons livros, ajudarem-se mutuamente nas tarefas de cada um... Regra de ouro: saber tirar o melhor partido do pequeno ecrã!
Temos de concordar que a televisão é inimiga do diálogo, e o diálogo é regra de ouro na família. A televisão, embora possa ter algumas coisas boas, se não é usada com prudência e sabedoria pode "disfarçadamente" deseducar os filhos e desencorajar hábitos que tanto trabalho deram aos pais a fomentar. É imprescindivel ter muita atenção e cuidado com os média, nomeadamente com a televisão. A regra deve ser a televisão apagada, sobretudo durante as refeições. Quem acende a televisão devem ser os adultos, sendo que os filhos se quiserem terão de pedir autorização aos pais para verem determinado programa. O deixar ou não ver determinado programa, concurso, filme ou documentário, deve ser uma decisão ponderada pelos pais com base na qualidade do programa em si e não com base no comportamento da criança ou na sua vontade. Há de facto algumas coisas boas na t.v., ela pode proporcionar um entretenimento saudável e moderado se for usada de forma razoável e inteligente (como meio de unir a família portanto! e não o oposto).
O ideal é que haja apenas um aparelho de televisão na casa, isto dá aos pais um maior controle e faz com que todos sejam mais responsáveis na sua utilização. O desejado é que a família possa assistir em conjunto a bons programas, filmes, eventos desportivos, que sejam fonte de diálogo, de troca de ideias, risos e emoções em conjunto. Claro que as crianças podem fazer sugestões e pedidos para ver determinada série, mas são os pais que decidem como, o quê e quando (depois de se informarem bem acerca do programa e do seu conteúdo educativo). Esta liderança enfatiza a autoridade dos pais.
O que os pais devem procurar no uso moderado da t.v. não é apenas proteger as crianças, mas também ensiná-las a discernir por meio de critérios firmes, o que é bom e o que é mau.
Quando se tem um controlo sobre a televisão e esta sai "do centro da sala", acontecem espaços de tempo (inicialmente estranhos mas depois maravilhosos) para a vida em família. Mais tempo para pais e filhos se conhecerem, jogarem juntos, lerem bons livros, ajudarem-se mutuamente nas tarefas de cada um... Regra de ouro: saber tirar o melhor partido do pequeno ecrã!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

sábado, 12 de janeiro de 2013

Por falar em famílias numerosas...


Imperativos mais que categóricos

Minhas queridas, nunca se abre um saco de gomas só para comer uma, se tiverem esse pensamento ingénuo...  esqueçam pois antes de se arrependerem já acabou o pacote!
Não digam que não avisei!

Sporttv isto não se faz...


Último exame na 3ª e amanhã a Sporttv apresenta as seguintes alternativas:

2 dos melhores derbies ingleses:

Manchester United - Liverpool às 13:30h

Arsenal - Manchester City às 16:00h

1 derby português:

Benfica - Porto às 20:15h

E como não podia deixar de ser, o meu clube:

Sporting - Olhanense às 18:00h


Chamem-me maluca, mas com os meus irmãos em casa acho que não vou conseguir deixar de ver estas 6 horas (!!!) de futebol espectáculo (ok, o meu Sporting não anda a jogar grande coisa por isso neste jogo não deve haver muito espectáculo...é mais chuto para a frente e fé no Wolfswinkel!)

Ok, é muito tempo mas como o estudo já vai encaminhado, com um bocadinho de ordem tudo se arranja!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

2013.

Bairro Alto.
Fotografia "Fotos de Rua".

WHAT I WISH FOR 2013

Objetivo do dia 1 de Janeiro do ano que começou:
Ter imensos objetivos.
Não me limitar a pensar a nível profissional, académico, familiar, espiritual.
Em grande.

Pensar nas pequenas coisas:
o que é que eu gosto de fazer?
O que me faz pensar que o fim-de-semana já valeu a pena?
 

Muitas coisas mini-mini.

 

-7ºC

Este é o meu primeiro amor.

Mas depois chegou um segundo:
http://setegrausnegativos.blogspot.pt/

Espero ver-vos também por lá. Mas.. eu daqui não saio!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

LUZ


Há pequenas coisas que têm uma importância tão grande, tão grande que até nos esquecemos de lhes conferir valor.
Gosto tanto de luz. Fico irritada quando estou a escrever, a ler ou a pintar e há pouca luz à minha volta.
Não sei o que seria de mim se vivesse noutro país que não Portugal. Já viram que estamos em Janeiro e a chuva só começou ontem? E não sei bem se veio para ficar. Temos tido uns dias radiosos, cheios de sol.


Não sei... hoje deu-me para isto. De que me lembrarei amanhã?

MANUEL MOTA

 
Ontem morreu o estilista Manuel Mota. Com 46 anos.
 
O espetacular estilista da Pronovias.
 
Nestes meses de wedding' prep vi coisas dele que me fascinaram. O bom gosto do homem!
 
O que vai ser da casa sem ele?
 
 

A Chanel Preta

A Pépa, Filipa Xavier, é blogger. Gere o Fashion-à-Porter, porque um dos maiores interesses da sua vida é a moda.
O Fashion-à-Porter é um dos blogs de moda mais conhecidos e mais visitados da blogosfera e graças a ele a Pépa tem tido alguma projecção mediática, fazendo alguns trabalhos importantes na área.
A Samsung decidiu fazer uma campanha de marketing dos seus produtos, através de uma entrevista a alguns bloggers, onde falam dos seus desejos para 2013.
O vídeo da Pépa tornou-se viral porque...a Pépa assume que tem o desejo "consumista" - ela própria assim o apelida" - ter uma Chanel preta, modelo clássico. Pelos vistos ficaram todos muito ofendidos e, neste momento, chovem os insultos, as brincadeiras de mau gosto (já há uma "petição" A Pepa quer uma mala, com cerca de 4.000 "subscritores"), e a redução da dignidade da Pépa por parte de muitos que nem a conhecem. 
Mas eu conheço.

A Pépa é minha amiga. Não de ontem, já de alguns anos.
Por isso, embora nos vejamos pouco porque ambas temos pouco tempo, sinto que tenho de intervir.

A Pépa sempre gostou de Moda. Sempre. Como podia de gostar de Engenharia, ou de Literatura, ou de Teatro. É uma miúda fantástica, sempre sorridente, com bons valores. Não, não estou a dizer que é perfeita, nem nunca vão ouvir dizer isso de uma amiga minha, mas trabalha muito para fazer o que gosta, faz o que gosta e fá-lo bem!
Assumiu, neste mundo do politicamente correcto, que gostava de ter uma Chanel preta clássica.
Um desejo, que, deixando modéstias e escrúpulos à parte assiste a qualquer mulher.
Sim. Que mulher não desejava ter uma Chanel preta clássica?
E qual é o problema de admitir isso???
A Pépa não diz que sem isso não vive, que sem a Chanel o ano vai ser uma desgraça.
Assume um desejo, reconhece que é um laivo consumista, mas isso não a pode reduzir. Se o desejo da Pépa fosse a paz no Médio Oriente, ainda que não fosse sentido, seria muito bem aceite por toda esta gente. Se ela tivesse dito que o queria mesmo era que as normas do OE não fossem declaradas inconstitucionais, até vinha o Morais Sarmento dar-lhe um beijo.
Mas não. Portugal só convive bem com o "falar para agradar a todos". A tão falada "tolerância", que todos exigem, mas que afinal só serve para algumas coisas.

Pépa, não necessariamente para o ano, mas também eu, mulher de um homem exigente, mãe, dona de casa, estudante e trabalhadora, que estou cheia de problemas e apertos financeiros, desejo que o meu marido, um dia, me ofereça uma Chanel preta. E um casaco de Vison, coisa que aliás, já está prometida desde o primeiro ano de casamento.
É triste criticarem pela superficialidade, aquilo que superficialmente é avaliado.



Troikem lá a crise por um sorriso porque:



Eu avisei que ia conseguir...

com poucas horas de sono

Bate-se com o carro a tentar estacionar.
Há um segundo de dúvida - aquilo já ali estava??
E logo a seguir, com medo de ir ver - deve ser um risco inocente.
Acaba-se estacionado em cima de uma passadeira com o stress da bendita EMEL aparecer à porta do meu black.
Parte-se o cinzeiro de casa dele, na primeira aparição pública como "a dele".
Faz-se zero conversa porque abrindo a boca sairia apenas um onde está a minha cama?
Tem-se mau feitio. Dá-se erros ortográficos. As horas não passam. Só se pensa em comer um leitão inteiro.

E está para ficar. Onde está a minha cama?
 

Ho ho ho!


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Os corredores


são compridos. Há pessoas a passar, muitas, às vezes demais, mas é quase sempre pior quando são de menos. Há outras paradas, de caras inquietas viradas para a janela (à espera do horário das visitas). Há umas batas brancas que passam sozinhas ou em grupo, devagar ou apressadas, a falar ao telefone ou a falar com os botões. Há doentes que vão para o corredor, andá-lo de uma ponta à outra. Uns porque querem, outros por obrigação. Há uns que passam sobre rodas e há o que vem lá ao fundo, pequenino, de pijama, com o soro atrás dele. Depois chega ao pé de nós (quando esperamos) e afinal ele é grande e o soro é ainda maior.

Nas paredes dos corredores há coisas que mudam, mas há outras que ficam. Mudaram agora os enfeites de Natal, arrumaram-nos. Mudam os posters com os trabalhos dos alunos, os casos interessantes dos doutores, os casos raros do Serviço. Volta e meia pintam-nas, mudam-lhes a cor. Mas ficam as notícias, o inesperado, aquilo que nos disseram (ou que dissemos) e que não queríamos ouvir (mas principalmente, a forma como nos disseram – a forma como eu o digo), a dor que isso provocou, a incerteza, o abandono. Fica o dia em que começou a doer menos. O dia em que descobriram a cura. O momento em que se lhes diz adeus e se vai para casa, de preferência, para não mais voltar. Fica aquela pequena conversa que fez a grande diferença. Fica ele, terno, meigo, enquanto esperamos que chegue, antes pequenino agora grande, de pijama: dá-se uma palavra amiga e aproveita-se para ajustar o soro.

Olá a todas e, embora não tenha conseguido sair do corredor, benvindas ao hospital :)
 

Troikem lá a crise por um sorriso porque:

Gostava de colocar aqui uma imagem... mas o blog não quer nada comigo. Andamos assim há uns dias, eu a tentar e ele a rejeitar.
Há dias assim, o que queremos, não conseguimos. Mas há que ser persistente. E eu sou. Por isso, até breve, com o mesmo título, mas com imagem :)

3 minutos de diversão - Lado B


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

BACK TO BLOG



Última aquisição dos saldos vem direta para este blog ao qual volto como filha pródiga.

LINDOS!
 

If you're a bird, then I'm a bird

Aconteceu-me quando vi L’Amour há umas semanas atrás.
Aconteceu-me quando soube que a T e o L iam casar.
Aconteceu-me quando vi a entrega das manas em Calcutá.
Aconteceu-me várias vezes nos últimos 23 anos.















If you’re a bird, I’m a bird. Do filme The Notebook.

Haverá melhor expressão para explicar a perfeita sintonia
que é possível criar entre duas pessoas?
  

domingo, 6 de janeiro de 2013

Ano Novo, Luta Nova... será?


Queridos leitores,


  Estive ausentada durante algum tempo. O entusiasmo das festas de Natal, ano novo e dos meus anos fez com que não andasse tão atenta ao mundo virtual a que estamos habituadas. Foram tempos de muita correria, dias muito cheios (ainda bem!) e parei pouco por aqui.

É impressionante como o ano novo move tantas pessoas. Durante uma semana só se ouve falar da festa do ano novo, das roupas que se vai usar, da comida que se vai comer e de muitos outros aspectos relacionados com o mesmo assunto. A mim, o ano novo não me diz nada. Isto é, a festa em si. É como uma outra noite qualquer, com a diferença de que tenho um bom pretexto para estar com amigos. Este ano, (como em todos os outros, aliás) a minha passagem de ano foi muito calminha e, por isso mesmo, foi das que mais gostei. Jantámos em casa de amigos e depois conversámos...foi muito bom!

Em relação a esta algazarra a que assistimos, a meu ver, só há uma hipótese: aproveitar o motivo do ano novo para algo de bom. Eu, pessoalmente, aproveito para fazer uma "revisão" do que foi o meu ano, daquilo em que "me portei mal" e fazer projectos para o que aí vem. É como se fosse uma nova etapa da minha vida, em que deixo o passado para trás e, com ele, construo um novo futuro, mais perfeito. 

Fico cheia de vontade de mudar, de fazer coisas grandes, de chegar a tudo e a todos....

Acontece, porém, que me apercebo de que são apenas bons propósitos... de que dois ou três dias depois do ano novo tudo volta ao mesmo e a preguiça torna a apoderar-se de mim! Mas não faz mal. Depois é só fazer com que todos os dias sejam dias de ano novo, cheios de vontade de recomeçar e de emendar o que ando a fazer de mal ou o que poderia fazer com mais brio. E chego à conclusão, também, que não vale a pena começar por querer fazer coisas grandes, muito estrambólicas. Basta que, primeiro, tente chegar ao pouco, ao do quotidiano. E, para ser muito sincera, isso é o mais difícil: fazer bem e com perfeição o que me é pedido em cada instante: o estudo, a bibliografia bem feita de um trabalho, mudar a fralda a um sobrinho, dar de comer a outro, pôr a mesa, ser simpática, sorrir... Aqui entre nós: não é tão mais difícil contrariar o orgulho de que padecemos?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

161212


A 9 dias do Natal, dois amigos foram ao cinema.

A 9 dias do Natal, sairam contentes. Afinal, embora triste, era um filme interessante porque apelava à consciencialização da degradante experiência que, diariamente, milhões de mulheres vivem por todo o país.





Conheciam as estatísticas – a cada 21 minutos uma mulher é violada na Índia. A cada 16h uma mulher é violada na capital. Conheciam a zona, viviam nas redondezas. 
O que a idade e a ingenuidade própria dos dois ainda não lhes permitia conhecer era a capacidade do Homem, ser racional, de perder o auto-controlo e ter tendências piores que as animais, na busca cega de algo que não lhe pertence. A capacidade do Homem para ser livre, na mais pura essência do termo, e confundir essa sensação com poder. Sobre os mais fracos.

Sairam do cinema e seguiram até à estação de autocarros mais próxima. Esperaram algum tempo, o suficiente para trocar ideias sobre o filme. Os dois concordavam – era um filme pesado, bem feito, muito real. Demasiado real.

A protagonista principal do filme, Damini - Luz em hindi - era uma lutadora. Sabia o que queria. Sabia que ninguém a demoveria. Queria ser médica, independentemente da família não ter qualquer forma de pagar as elevadas propinas da Faculdade de Medicina de Delhi.

A protagonista vivia no campo, com toda a família e com as dificuldades próprias de quem luta pela sobrevivência, enquanto pouco sobra e tudo falta. Era possível, convencia-se ela e, de facto, passados largos anos, chegou o momento da decisão. Damini conseguira aquilo que acreditava ter nascido para fazer – tratar dos mais fracos, dos doentes, aliviar as dores de quem não se podia defender da doença. O sacríficio era enorme. Implicava vender o terreno em Uttarakhand e mudar-se toda a família para a confusão de Delhi, onde cada dia era uma dádiva e a sobrevivência se fazia da criatividade.

Mas Damini, a protagonista, estava decidida e assim foi. Como em tantos outros casos, chegada à Universidade, foi uma aluna brilhante. Os pais não sabiam quando é que a filha arranjava tempo para dormir, porque todo o tempo era dedicado ao estudo. Queria honrar a decisão da família e um dia, quando tivesse o primeiro emprego, devolver o investimento que haviam feito na sua formação.

Depois de muitos anos de estudo, a protagonista forma-se em fisioterapia. A poucos dias de começar o estágio, às 21h, entra num autocarro que, pensa, a levará a tempo de jantar em casa com os pais. O condutor pede-lhe 10 rúpias pelo bilhete e enquanto ela conta o dinheiro que tem na carteira, este diz-lhe, baixinho: ‘sabes que apenas as meninas de má vida andam nas ruas a esta hora não sabes?’. Foi pouco o tempo que lhe deram para reagir. Damini é brutalmente violada por 6 homens, numa viagem que dura mais de uma hora. No final, abrem-se as portas do autocarro e o seu corpo é atirado para o meio das ruas. Sem roupa e quase sem vida. O condutor ainda tentou atropelá-la mas falhou o alvo. O álcool tem destas coisas..

Tinha 23 anos. Tinha a minha idade, pensava Damini. Curiosamente, tinha o mesmo nome que a protagonista do filme.. Eram 21h e o autocarro finalmente chegava à paragem. Subiu. Ele estava ali também, não deveria haver problema.

A 9 dias do Natal, nunca teriam imaginado que seriam o caso nº 637 de violação em Delhi, só em 2012. Damini e o amigo, engenheiro de 28 anos, entraram no autocarro que pensavam levá-los ao seu destino. Um outro destino.

Damini tum sangharsh karo, hum tumhare sath hain.

Ver a notícia aqui.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Parabéns!!!!!!!!!!!!












Happy 

B-DAY

Rosarinho!!

Depois de ver isto

Quem é que consegue manter o relógio biológico caladinho? eu


Quero levar o miúdo da estrela comigo.
Dentro da carteira.

Coisa mais querida!